Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 30 de junho de 2013

Um texto longo,e um dia feito de emoções tão antagónicas...



Dia 29 de Junho de 2013,até podia ser um dia parecido com os demais,ainda que uns corram melhor do que os outros,jamais esta data e a partir das perdas que tive em 2009,poderão também por mais alguma vez começar bem,pois a falta dos sons que nos preencheram de uma companhia fiel,dos acordes que nos  aqueceram com carinho,das letras que nos ensinaram a ler a vida,dos momentos em que a magia soletrava o encanto dos olhares,aqueles olhares de um brilho sem fim...e empolgado entre o amor de Mãe e a paixão de um filho,aquela química maternal que já cá não está, e que para quem teve uma Mãe de verdade,por mais tempo que passe,mais como certo tem um sofrimento ainda que conformado,de um enorme vazio e uma crescente saudade.
Comecei assim o dia previsivelmente triste,mas por força das lições,sempre devemos confiar que poderá haver também algum tempo para sorrir.
Toca a levantar,e mesmo que de rosto fechado lá fiz rumo ao Mercado da Figueira,abri a loja e sentei-me à espera das emoções que me quisessem conquistar.

Entre os sons e as cores de um Mercado cheio de gente,entre os pregões e os movimentos estonteantes de uns e mais pausados de outros,assim se envolviam naturalmente os clientes e vendedores em apostas de um melhor negócio na compra e venda.
Já pela minha parte, me perdia em pensamentos negativos,assombrados por uma manhã de promessas concretizadas em maus negócios,e com a mente demasiado livre a saltar de problema em problema,de preocupação em preocupação,recuperando ocorrências recentes e passadas que me atormentam a alma,e que me motivam a galgar as rédeas da revolta,não por teimosia,mas por injustiças provocatórias de quem cada vez mais mostra uma face,ou de incompetência,ou de mau carácter,ou de muito mais do que a vontade da qual não é dono.
Ser humilhado uma vez ao telemóvel,para tentar colocar a actividade dos talhantes no Mercado Provisório,e ter que tentar esquecer porque fui ensinado a perdoar,pois,mas ninguém me ensinou a esquecer,e agora nem eu sei até quando,ou se de facto consigo passar à frente,e seguir na vida sem dar a resposta que se impunha na altura,e que agora até pode ainda vir no tempo certo,e quem sabe no lugar exacto.
Não,nem tudo está tranquilo no novo Mercado da Figueira,e se preparam o meu derrube na vida,acho melhor apressar-me e acabar de vez com  a presunção de quem pelos vistos não a merece.

Definitivamente,e com a ajuda dos poucos clientes que solicitavam os meus préstimos,o tal dia triste arvorava-se a passos largos e parecia mesmo sem remissão de pecado,com as nuvens negras no horizonte cada vez mais a tomar conta do raio de esperança que sempre me acompanha enquanto um espírito de luta que tem "sufocado" muitos...
Eis que mais uma vez interrompido na mais profunda das introspecções, estremeço sem esperar,não com medo,pois esse estado de alma já pouco me assiste,mas no receio das consequências com que mais um cliente ao tentar perguntar-me onde era o Multibanco,tropeça na entrada do módulo,que tem contra a segurança de todos 10 cm de elevação,mesmo que depois de eu ter alertado um amigo em quem ainda gostava de acreditar como em outros tempos,para aquela estupidez da engenharia de gabinete pudesse ser corrigida.
Na altura,disse-me que tinha todos os vistos em dia,e que não haveria problema,agora está visto e comprovado que um dia destes o Câmara Municipal da Figueira da Foz vai ter que criar um fundo só para indemnizações por culpa própria,e não de certeza dos concessionários, que até tiveram quem alertasse para esta patetice ou esperteza saloia.
Continuava negro muito negro este dia 29 de Junho de 2013,não me bastava a escuridão das verdades que até gostaria que fossem mentiras,e eis que "uma pantera" de velhos e já ultrapassados hábitos no diz que disse,e depois de no dia anterior me ter informado que no futuro seria um concessionário do Mercado(?) a certificar ocorrências que no próximo regulamento a poderiam colocar em causa,e isto por deferência informativa de uma amiga bem colocada no assunto,entrou assim no módulo que exploro,e sem cair na entrada me pediu para a acompanhar para ver uma coisa,por educação acedi,e qual não foi o meu espanto quando se aproximou da banca de uma amiga de estimação,e me tentou envolver na crítica a "céu aberto" para me comprometer com a vizinhança,virei-lhe as costas e só não a mandei à m....,por isso mesmo,pela idade e o respeito com que se deve fazer desconto com pessoas deste tipo.
Hirra,já só me dava vontade de fechar o módulo e ir para casa...
Voltei para o meu poiso profissional,e olhando para o corredor,vejo uma velhinha dos produtores com duas alfaces na mão,aproximou-se de mim e disse-me,ó senhor Custódio, quer estas duas alfaces do meu quintal que não consegui vender?
O seu rosto era a cara da pura simplicidade,os seus olhos a luz da humildade mais contagiante,e o seu sorriso era o de um agradecimento do muito que parecia estar "a ser pago" com pouco,mas mal ela sabia o valor enorme que para mim tinha aquele gesto.
Aceitei,sorri e voltei a adverti-la que tivesse agora de novo cuidado para não tropeçar na saída,agradeci e coloquei-lhe a mão no ombro,para que também sentisse o quanto eu estava contente com a sua dádiva.
Finalmente,e mais não digo,pois dá para perceber...

Estava na hora,havia que passar por casa para recolher três velinhas,uma para a minha Mãe,outra para o meu Pai,e ainda outra para a minha Tia,rumar ao cemitério e tranquilizar o espírito com a luz de vida que lá deixaria.
Passava junto à igreja,e reparava que em mais um casamento ali tão perto da minha casa,se encontravam muitos convidados,mas o que me despertou ainda mais à atenção,foi o carro estiloso de áureas passadas,que neste presente se tornava para além de diferente,e de certo também marcante para noivos que capricharam para um momento tão bonito na vida como o que quando se jura perante Deus as suas convicções de amor.
Ia depois eu em direcção ao meu Fiat Uno,quando um carro carregado de rapazolas e as suas "amigas especiais",travava a fundo,e qual não é o meu espanto que dentro deste se encontravam meus ex.jogadores,que gritaram em uníssono pelo Mister que um dia os liderou no futebol do Cova-Gala.
Fiquei surpreso,e lembrei-me então que era o casamento do Lambreta,o capitão da tal equipa que nos fez sonhar um dia,e mesmo concretizou feitos históricos na categoria de juniores com as cores do clube da margem sul.
Despedi-me deles,e sorri de novo,o dia afinal até estava a compor-se,aquelas reacções foram bem elucidativas de "algo" que é muito mais forte do que a solidão de boas emoções que alguns desenharam para mim no futebol e na vida,e agora falam sozinhos nos seus cantos ignorados.

Pronto,já sei, esses mesmos tais que agora estão a perguntar a si mesmos porque não fui eu convidado para o casamento do Lambreta.
Ora estão muito enganados,não só fui convidado,como até fui à sua despedida de solteiro,ainda que quatro anos depois de nunca mais ter qualquer actividade social que não a do dia a dia.
Falhei mais um casamento de um grande amigo,como o fiz também com outros meus grandes amigos e ex.jogadores,e tudo porque para além de mim,existe um estrutura estranha ao entendimento de qualquer um,direi que enigmática não por vaidade,mas por convicção,muito mais por uma vontade que me manipula o desejo estabelecido socialmente,e me afasta ainda que triste de momentos aos quais até não devia faltar.
Não perceberam nada pois não?
Ora ainda bem,era essa a ideia...
Quanto a ti Lambreta,meu grande capitão,embora eu fosse o comandante,ficas a saber que para além da sorte de encontrar nas bombas de gasolina o Tuca para te mandar um grande abraço,também calhou pela casualidade da vida conseguir ir mesmo atrás do teu "carrão" junto à Camara Municipal,e ver-te assim tipo abaixado lá dentro,porque o tejadilho deveria estar mesmo a bater-te na cabeça.
Pois,que te fizessem mais pequeno,o que não foi o caso,depois seguiste direito a Vila-Verde,e não te conto mais nada,o que quero agora é que tu mais a Andreia Balbino sejam muito felizes.
Quanto ao meu dia,e que era o tema principal deste meu texto,que pode ser chato,longo e presunçoso,pois que o leia quem quiser,que por mim serviu para terminar um dia que parecia muito mau,mas acabou por ser muito melhor do que esperava.
Então boa noite, e um muito bom resto de fim de semana.

Custódio Cruz

Mas há mais senhor Nelson Mandela...


Um bom Domingo...

sábado, 29 de junho de 2013

Dia de Aniversário...

Mãe

Espalhou-se no tempo,
e esvaziou-se no imenso ar...
flutua no vento
e sinto que a estou a tocar!..

Já não a vejo,
nem aqueço essa ilusão,
apenas sei
que a encontro no meu coração!..

Nunca de certo perder te vou,
por doces lembranças que ninguém detém,
este silêncio ninguém mo tira,
e assim perto de ti...
sempre estarei...

Como um manto branco estendido na mente,
tão doce e amargo,
tão frio e tão quente...

Num gelo de sombras fito teus olhos escondidos,
naquele olhar...
que apenas se sente...

Por aqui estás
e por ali andas,
numa breve brisa que sei de onde vem,
como sempre foi
e sempre será,
o carinho de minha mãe!..

Custódio Cruz

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dr.João Ataíde, vai mesmo avançar na recandidatura à Autarquia Figueirense...

Pronto...enganei-me,afinal sempre se vão encontrar nos debates políticos mais acesos,na confrontação ideológica mais expectante,no combate mais ansiado por muitos,ainda que para outros nem tanto...
Enfim,com a CDU a apresentar um candidato dentro da sua norma política do costume,ainda que com um verdadeiro lutador das ideias estipuladas,mas pouco mais do que isso,já o Bloco de Esquerda cheio de vontades nas palavras,mas mais uma vez pouco ou nada a "investir" nas acções,está visto,será entre os dois protagonistas previstos por um sistema que já é como o algodão,e não engana mesmo,que a Figueira e os Figueirenses se verão confrontados lá para o fim de Setembro,a decidirem quem pega no leme.
Pois,já eu reconheço que me enganei relativamente ao Dr.João Ataíde,sempre pensei que com as contrariedades subjacentes à principal força política que o apoia,não avançá-se,e até mesmo por vontade própria,mas como nem sempre o que parece é,encheu-se de coragem e foi em frente...
Já o Dr.Miguel de Almeida(Miguel),cedo se disponibilizou para liderar uma candidatura mais que prevista,e aí, já eu  tinha acertado há muito,e também há muito já anda no terreno assumido nesse propósito,de freguesia em freguesia no procura do voto dos fregueses,pois,nada de más interpretações,porque sei pouco de português,mas o suficiente para saber que à malta das freguesias lhe chamam fregueses,ou não?
Olhem,quem vai ter que dar ao chinelo para convencer  afreguesada,é o Dr.Ataíde,pois entre indecisões,recuos e avanços do PS,ninguém "se concentrou" nele até agora,e isso não o beneficiou em nada.
Já o Dr.Miguel de Almeida(Miguel),mesmo os que têm dito mal dele,o têm feito com tanto espalhafato,que até parece de propósito,e assim até lhe fazem uma promoção extra,ainda por cima não havendo nenhuma confrontação assumida até ao momento.
Bom,já falta pouco,mas no pouco por vezes faz-se muito,e ter certezas por agora,ainda assim é demasiado cedo...
Vamos à ver,como diria um qualquer brasileiro...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Voz da Figueira,no trilho das nossas emoções.

Quem é da Figueira ou sente esta terra abençoada,não pode,não consegue,não deixa nunca de tentar saber e perceber o pulsar de uma alma personalizada em cada um de nós,e que através das acções individuais ou colectivas,procura de todo engrandecer e tornar notável esta cidade e este concelho do nosso coração.
A história, e através da preseverança de uma respeitada família, criou uma janela aberta para o quotidiano figueirense,que tem resistido a altos e baixos,que não vira a cara à luta na missão para o qual se propôs,e é hoje um ícone marcante que se assume com todas as letras "A Voz da Figueira".
Por ali já passaram muitos e bons jornalistas,por ali já se ensinaram muitos curiosos da comunicação social a articular letras e pensamentos,e sempre na busca de transmitir a pureza da tal alma(notícia) da nossa mais que tudo,que dita e falada com justiça,não se envolve na preocupação "do  preço",e assume isso sim,uma voz de verdade e encanto,para quem sente que este órgão de comunicação social e por isso mesmo, também é seu,assim o saiba cada figueirense que tenha possibilidades,de ajudar na responsabilidade de preservar a história da história de todos,e mais do que tudo,desta menina de olhos lindos que ainda hoje e apesar da crise que nos devasta,continua a brilhar na competência,na sensibilidade e na devoção à Figueira da Foz.
Faça-se assinante de A Voz da Figueira,ajude a encaminhar o eco das nossas emoções.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um dia 25 virado ao contrário,com muito de contentamento à mistura,numa vida cada vez mais difícil para quase todos...


Ainda que os gestos dos amigos nunca se devam agradecer,mas sim guardar no coração,expresso aqui nesta ocasião,a felicidade que senti ontem dia 25 de Junho de 2013,pelas inúmeras manifestações de amizade que para comigo tiveram aqueles que se lembraram do meu aniversário.Na certeza porém,que cada amigo que tenho,os identifico perfeitamente e reconheço em cada um dos seus gestos,por isso àqueles não o fizeram,fiquem cientes que sei quem são,como são,e nunca faltariam com a possibilidade de me felicitarem.

A vida acelera as nossas intenções e emoções,e muitas vezes quando damos por ela,até de nós próprios nos esquecemos.

Grande abraço para eles e beijos para as meninas,sem qualquer tipo de excepção para com os meus 334 amigos do Facebook,e os outros que se distribuem por cada canto da minha vida.

Custódio Cruz

terça-feira, 25 de junho de 2013

52 anos depois...


52 anos depois,
já nada tenho a temer,
por mais incrível que pareça esta minha convicção...
A vida pode continuar a pregar-me partidas,
e vai sempre perder...
A justiça pode ser falsa,
que eu vou desmascará-la...
O cinismo pode ser do tamanho de uma montanha,
eu vou escalá-la...
"O mundo"  pode colocar-me de pernas para o ar,
até ao dia em que por isso mesmo lhe consiga colocar as mãos,
e nessa altura,
 não o largarei mais,
ficando-se a saber então,
quem fica na mão de quem...

Custódio Cruz



A melhor prenda de Aniversário já a tenho:











Parabéns Pai...

  

De facto somos só um...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mais de 44 mil dias depois,a história continua,(Parte ll).

Vem de longe a história do Mercado da Figueira,vem de longe "algo"que para os Figueirenses é verdadeiramente mais do que só o tempo que perfaz o caminho entre o nascimento de ontem e a sua realidade de hoje,mais de 44 mil dias depois,a história vai continuar,esperando todos nós os que amamos a Figueira da Foz de alma e coração,que nunca por nunca haja a veleidade e o atrevimento  de quem quer que seja,em colocar em causa a essência ou mesmo a efectiva existência de um espaço de eleição nas suas mais genuínas tradições e virtuosismos que o distinguem como uma das já poucas pérolas preciosas que identificam uma cidade,um concelho,e um povo que se apaixonou em respirar a maresia do mar,ou em se deliciar com a dança de um rio que percorre muitos quilómetros para beijar a foz de uma figueira que é o mel do nosso contentamento.
Hoje foi a (Re)inauguração do Mercado Engenheiro Silva,em Dia de Aniversário e ainda que sem os festejos afectivos da circunstância,descerrou-se uma placa comemorativa da intervenção física,e que já aqui a classifiquei em uma outra oportunidade,de muito boa em termos gerais,assim saibam os concessionários adaptarem-se aos seus novos espaços e realidades específicas,e ao mesmo tempo,que do lado dos responsáveis pela obra, haja também a humildade que faça agora colmatar algumas deficiências funcionais,que naturalmente são da sua responsabilidade,e por isso têm a obrigação de com outra sensibilidade as tentarem corrigir para bem de todos.
Chegou depois a altura dos discursos,que a partir da "mesanine"alicerçada em primeiro andar,se espalharam(?) pela instalação sonora do espaço,aludindo as entidades responsáveis a uma satisfação e orgulho em uma obra,que tem o eco credível de todos aqueles que têm visitado o nosso Mercado.
Ainda que os convidados oficiais "estivessem de esguelha" para o povo,que cá em baixo tentava perceber as emoções vindas de cima,lá se foi ouvindo por uma instalação sonora com um som mal distribuído técnicamente pelos cantos da casa,alguns pontos referenciais(como no discurso do Dr.João Ataíde),de alusão à homenagem de uma figura(Engenheiro Silva) como o patrono histórico deste Mercado,e ainda ao significado não só afectivo desta intervenção de fundo,mas também objectivamente às necessidades de natureza estrutural e técnica.
Acho que ouvi isto que aqui reproduzo,sem ter certezas absolutas como gostaria de ter tido,e se tenho esperança de não estar a faltar de todo à verdade,foi porque me refugiei (a espaços) no corredor interior e circundante aos módulos,e onde se ouvia muito melhor.
Depois descerrou-se a placa comemorativa,e ainda o som dos aplausos não tinham findado,já os jornalistas corriam para obter declarações de gente marcante desde sempre no Mercado da Figueira,que motivados pela presença dos Autarcas ali mesmo ao lado,proferiram palavras de verdadeira sinceridade e sentimento profundo,como aliás é apanágio das gentes simples daquele Mercado.
Nos "restos" que sobram do Jardim Municipal,criou-se um repasto para a raia miúda,que se divertiu toda a tarde,deliciando-se com febras e sardinha assada,bem regados por tintos e brancos,e o respectivo acompanhamento musical para um pé de dança a preceito.
Um dia de festa para mais tarde recordar,e que se espera seja também o princípio de uma nova etapa que solidifique para sempre o Mercado Engenheiro Silva,como a verdadeira "Sala de Visitas da Figueira da Foz".

Custódio Cruz

Mais de 44 mil dias depois a história continua...


121º Aniversário do Mercado da Figueira...

domingo, 23 de junho de 2013

O poder de uma onda...


O poder de um onda é tudo aquilo que possa significar,
robusta,vigorosa, e capaz até de nos colocar só a sonhar...

Bom Fim de Semana,
 também para aqueles a quem a vida lhes corre bem...

Custódio Cruz

sábado, 22 de junho de 2013

O "segredo" foi nunca ter desligado do sonho de ser quem sou...


Puto,puto e mais puto,
desde sempre a ouvir o mesmo adjectivo,
mas quando fui para a Naval como treinador já tinha 20 anos !
Ok,com cara de 15,enfim...
De facto,
sinto que a minha vida tem sido feita sempre de diminuitivos,
por ser pequeno chamavam-me "baixinho",
por amizade apelavam-me de "pequenito",
por ser sincero,
de irreverente...
Bem,
mas isso ainda hoje...
Confesso,
que com tantas insistências adjectivantes,
"quase" ficava possesso...
Por exemplo nesta foto,
e lembro-me bem,
combinei com o Ruizito,o Paulito e outros meus "pupilos" para me acompanharem
 ao relvado do Bento Pessoa antes de um treino no pelado,
e tentarmos uma foto de antecipação a um golo que ainda não tinha acontecido...
Pois isso,
um fazia de fotógrafo,
e nós tentávamos no banco de suplentes protagonizar reacções a um golo imaginado.
Sim,
estão-se a rir-se de quê?
Onde é que está a graça?
Isso mesmo,
um golo que não estava a acontecer...
E depois?
Achava eu que,
era motivante e um belíssimo treino mental,
ou seja para exercitar a vontade de vencer,
mas não só...
Pois,
eu sei,
depois diziam que eu era maluco...
Azar deles,
pois nunca liguei ao que os outros diziam destes métodos empíricos,
e sabem que mais?
Deve-se ter agravado a situação,
é que hoje ainda ligo menos...
Bem,
 esta era só uma tentativa para testar reacções posteriores,
tentar saber até que ponto a mente poderia ser treinada fora da quatro linhas,
depois era só ficar quedo,
observar posturas e comunicações no treino que iríamos ter passado alguns minutos,
Assim,
  por exemplo como reflexo no empenhamento,
ou ainda na capacidade de se jogar para um só objectivo,
pois,
para se poder vencer como equipa.
Isso mesmo,
era mesmo isso que procurava com estes "atrevimentos excêntricos" para a época...
Admirava ao tempo,
 Joaquim Meirim,
e identificava-me muito com ele...
Ele e eu,
 sabíamos que era na mente que estava o segredo...
Sei lá,
o que sei é que tinha resultados de forte  atitude colectiva,
e mais qualquer coisa nesse campo psicológico...
Na foto parece que estamos mesmo a delirar não é?
Que grandes artistas eram os meus jogadores,
e depois comigo ao leme que tinha a mania que era mestre...
Quer dizer,
tentava ser...
Sou muito humilde não sou?
Olhem,
querem que vos diga a minha opinião sincera?
É que sou mesmo,
e não mudei nada...
Bem,
estou para aqui a pensar,
serei mesmo um puto até morrer,
um anormal até acordar,
ou por demais inteligente sem remissão desse pecado?
É que nem eu sei bem explicar,
"olhem" mais uma vez,
enquanto deixo cada um a decidir a sua própria opinião sobre este interessantíssimo desabafo confidência,
vou fazer caldo verde para o jantar,
disseram-me para lhe colocar cenoura,
mas com cenoura o caldo verde continuará a ser verde?
Ná,
eu acho que não,
e como cada um é como é,
eu sou como sou,
e não devo ser "puto" por não fazer o que os outros querem que se faça...

Custódio Cruz

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mais uma grande festa...no grande Vilaverdense...


Quanto eles ficam felizes com este tipo de concretizações,
quantos sonhos antecipam cenários de felicidade durante os dias e as noites que antecedem o dia "D",
quantos golos marcam e impedem numa imaginação que só em eles floresce...
Aquele passe de mestre que fez saltar o treinador do banco e arrancar aplausos das bancadas,
aquele golo puxado de uma raiva só feita de amor pelo futebol,
aquele vôo do guarda-redes que arranca "bruás" de uma enorme emoção,
aqueles sentimentos puros vindos do coração...
Divirtam-se os puros,
os tais que não medem simetrias mal desenhadas pelos adultos,
que não brilham em bicos dos pés,
mas de plantas bem assentes no chão,
que no final rejubilam com a vitória,
ou "fogem" para o canto triste da derrota...
Enquanto isso,
 e em qualquer uma das situações,
ignoram o ruído de convicções maiores
 e pelas quais não estão nem pouco mais ou menos interessados em saber,
nem perceber...
Que seja mais um torneio para depois recordar,
crescer e aprender...

Custódio Cruz

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um texto longo,triste e cheio de uma dor lancinante...




"Uma vida..."no futebol de formação,tanto me trouxe grandes momentos como enormes tristezas,mas foi na minha passagem pelo Grupo Desportivo de Buarcos,em que o pico de infelicidade me derrubou impiedosamente.
Perder e ganhar jogos,vencer e ser vencido nos campeonatos arrepiavam-me o estado dos meus sonhos,mas ver sucumbir à vida seres que sentia como filhos,como irmãos,ou nem sei o que diga,foram socos que esmagaram para sempre o meu bem estar pleno,que me feriram de uma dor lancinante a cada momento que revejo o meu passado de vida,de uma vida em que eles eram,e repito, parte de mim,e eu deles,numa família tão solidária quanto amiga uns dos outros.
Quis Deus(acredito eu...),ensinar-me a viver com o reverso da alegria,o Carramona,o Giróbia,o Raité,e depois o João Pedro Mascarenhas Bessa,todos abalaram fiéis no aviso que me fizeram,mas aos quais eu nunca me conformei,e tentei mudar o curso do destino.
Não consegui,e ainda hoje choro por vós.
Eu sabia tudo sobre os meus jogadores dentro e fora das quatro linhas,sobre algumas coisas fazia-lhes chegar orientações que os pudessem ajudar a eles,e ao nosso sonho de vencer.
O Carramona,o Giróbia e o Raité,tinham afinal de contas e só feito uma escapadinha àquela discoteca em Condeixa,fora de um fim de semana de jogo,e apenas para abanar o capacete e se insinuarem às ninas da cidade dos doutores.
No regresso à Figueira,com o Giróbia ao volante e sem idade para conduzir,foram bater com um carro,que vejam só,tinha como dono o proprietário da Discoteca de onde vinham,e foi mesmo isso que fez este senhor  dispensar a Polícia, e acreditar nestes adolescentes,que no fim de semana seguinte lá iriam pagar os estragos que por suas culpas tinham proporcionado ao patrão da "Disco" das preferências. 
Pois é,só que nesse fim de semana seguinte,havia jogo,e o Carramona chegou-se junto a mim no treino de sexta-feira,contou-me o sucedido fora das minhas exigências comportamentais,mas pediu-me para os autorizar a irem de novo a Condeixa pagar a dívida.
Depois de me arrepiar com as incidências do acidente,depois de saber que tinham um amigo maior de idade que era o dono do carro,de os advertir de forma dura sobre o comportamento e inconsciência naquela aventura inadvertida,respirei fundo e segui em frente perante os seus rostos cabisbaixos.
Perguntei de uma vez,e então onde estava o dinheiro para o fazer?
O número dez chamou o cinco,e explicaram os dois que o Raité que já andava ao mar tinha ganho uns trocos,e que iriam agora servir para tapar o buraco inconsciente,e que depois fariam contas os três em altura mais propícia.
Lá os autorizei,no compromisso de me telefonarem assim que chegassem,e de forma instintiva e protectora,aconselhei-os que desta feita fossem os dois para o banco de trás.
Bem,o certo é que eu não sabia o que dizer para os trazer de volta para junto de nós,e saí-me com aquela solução tão pouco consistente.
Ao outro dia o telefone não tocou,resolvi ir ao Café Epanema jogar flipers,passado um pouco,bateram-me nas costas,era o capitão António Carlos que me dizia que o seu pai e nosso director de categoria me queria falar,que estava parado com o seu carro ao pé da Bijou à minha espera,o número 3 estava com o rosto muito fechado mas contido,quando lá cheguei,o senhor António pediu-me para entrar no carro e logo arrancou em movimento,olhei para ele e verifiquei que só olhava em frente.
Voltei a perguntar,mas afinal o que se passa?
De forma o mais calma possível,me tentou explicar que o Carramona,o Giróbia e o Raité,tinham cumprido o pagamento ao dono da discoteca de Condeixa,mas que...
Senti um frio enorme na barriga,as lágrimas invadiram-me as faces,o senhor António disse-me que estavam no Hospital dos Covões em Coimbra,que o acidente foi contra uma carrinha funerária,e que me tinha que preparar para algo de mau.
Numa réstia de esperança,pedi-lhe que fosse imediatamente para Coimbra comigo,ao que ele prontamente anuiu,pelo caminho foi me contando a história,e até me disse que também comigo estavam a cumprir a palavra,mas que o embate frontal tinha sido logo em Santa Clara, e numa lomba complicada,mais à frente,e já íamos nós em Montemor,deu-me a conhecer que o Giróbia e o Carramona tinha sido os últimos a dizer adeus à vida,que iam no banco de trás,e que foi muito difícil aos bombeiros fazer o resgate dos seus corpos.
Começou a chover,e ainda hoje ouço os pára brisas do carro do senhor António a marcar o compasso da minha tristeza,do meu desespero,e perante o silêncio que me apagou a voz,e me deixou sozinho junto de dois amigos e elementos de mais esta família do futebol CNC.
Chegámos aos Covões,e não me deixaram ver os meus rapazolas,regressámos a casa,e fechei-me no meu quarto até ao dia do funeral,daquele dia de uma dor que jamais esquecerei.
O tempo passou,e o terror não haveria de nos deixar em paz,já depois do "gigante" Pedro Bessa rumar à União de Coimbra,vinha eu do cemitério de Buarcos onde fui visitar as campas dos seus companheiros de equipa no clube dos "taraus",estava ele sentado junto às muralhas de cabeça caída e exausto no fisíco.
Parei,e perguntei-lhe o que se passava?
Respondeu,que nada...Mister...só estava cansado.
Sorriu e levantou,falou um pouco comigo e abalou para casa logo de seguida.
Estranhei,com os meus jogadores quem acabava as conversas era eu, e não eles,não porque eu quisesse,mas porque acontecia...
Passado pouco tempo,e porque o verão estava a chegar,pedi-lhe que fizesse parte de uma equipa que iria levar a competir nos torneios de futebol de salão nos Caras Direitas,aceitou a sorrir,e como sempre chamou-me "pequenito",dando-me um abraço de contentamento pela escolha.
Iria ser dos mais utilizados,e por isso entrou logo no "primeiro no cinco" do primeiro treino no Pavilhão do Ciclo,passado poucos minutos pediu-me para sair,e logo a seguir para entrar,de repente para sair de novo...e depois para experimentar mais uma vez...
As minhas desconfianças transformaram-se em receios pouco definidos,mas preocupantes,alertei-o para ir ao médico,o que fez logo ao outro dia.
Também ao outro dia e logo de manhã,estava eu no Mercado a abrir a minha banca, de costas para a banca da Dª Saudade,ouvi uma senhora lamentar que um rapaz da sua terra tinha ido ao médico e lhe tinham diagnosticado leucemia,que era jovem,forte e parecia vender saúde.
Virei-me para a senhora e perguntei-lhe de quem estava a falar,ao que me respondeu que era de um rapazinho de Buarcos,que jogava futebol,e que se chamava Pedro Bessa.
As minhas pernas tremeram,fechei de novo o meu negócio,corri para sua casa onde encontrei um corrupio choroso,falei com a família,e a partir daquele dia jamais o larguei em viagens consecutivas e diárias entre Coimbra e Figueira,e só mesmo quando foi para França fazer o transplante, o deixei de ver,apoiar e animar numa luta tão difícil de vencer...
Chegou um dia e perdeu-a,fui a uma capelinha de Buarcos e despedi-me perante o seu corpo consumido de sofrimento,voltei a "cair no poço",como também voltei a não me conformar com uma das regras mais elementares da vida.
No Futebol tive muitas alegrias,mas também aprendi o quanto a vida vale tanto enquanto quem gostamos está perto de nós.
Até um dia rapazes,e não arranjem nenhum treinador no céu,porque tudo farei para também um dia a aí chegar...

Custódio Cruz

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Enrolado nas palavras e no medo de falhar...


Medo!
Que sentimento tão estranho.
Todos o vivemos é verdade.
Muitas são as vezes em que o medo suporta o peso do nosso corpo,
dificulta a acção,
mas estimula a afirmação.
Cativa a adrenalina,
e estabelece o vigor das nossas convicções,
desafia-se a si próprio,
e surpreende-nos nas emoções.
Medo!
Oscilamos na audácia,
e passamos a pensar de mais e agir de menos,
deixamos de sonhar acordados,
e automatizamos a mente,
repetimos as respostas e não experimentamos outras perguntas,
acomodamo-nos nos resultados
e moldamos o tamanho dos nossos passos.
Medo!
Enrolamo-nos em certezas viciadas,
e já quase tudo também  temos como certo.
O pior,
 é quando o medo nos passa a perna,
nos manipula a essência do ser,
e lhe perdemos o controlo.
Aí tanto faz ser o que se é,
porque também deixamos de ser o que deveriamos ser.
Medo!
Só tem o verdadeiro  medo quem é apanhado pelo que se lhe diga,
de resto sem o medo a vida era improvável,
e só com ele se pode percorrer um caminho em linha recta.

Custódio Cruz

terça-feira, 18 de junho de 2013

Mercado da Figueira,entre Deus e o Diabo...

Não,comigo não existem hipocrisias,gosto pouco ou nada de bajular quem quer que seja,e apenas tenho como certo o sentido de justiça que jamais abdicarei por aperfeiçoamentos limitativos da minha consciência.
Se o Dr.João Ataíde terá falhado em ter feito promessas em 2009 que não vai conseguir cumprir até Outubro de 2013,terá esta constatação de ser observada,analisada e justificada sob.dois prismas perfeitamente distintos,e assim,se arriscou em sonhos que a priori seria de difícil concretização,terá revelado audácia na predisposição,mas pouco realismo no conhecimento "dos terrenos" que iria calcar para materializar um mandato o mais perto possível do êxito que catapultasse a sua consciência de dever cumprido..
Depois de confrontado com esse eventual erro de cálculo,teve seguramente de fazer opções que servissem a sua estratégia de brilho,e mais do que tudo,que fossem ao encontro dos interesses de natureza pública.
Falar sobre o seu mandato na generalidade,ainda aqui vou ter muito tempo,assim como de quem se propõe a fazer melhor no futuro,mas hoje só vos trago uma comparação que bem pode ilustrar a preceito o mérito ou não das suas concretizações enquanto líder de uma equipa,por uma obra que possa ter servido a Figueira e os Figueirenses.
Não irá repor o Coreto,mas ao invés concretiza a dita obra de requalificação do Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz,como tal,pode reforçar-se o mérito de que entre um objectivo e o outro,e deparando-se com a particularidade de possíveis intervenções nestes espaços físicos de enorme natureza histórica,e onde estão muito presentes sentimentos do mais profundo valor para os figueirenses,convivendo ainda com um cenário de crise económica na Autarquia,no País e na Europa,mesmo que entre avanços e recuos,hesitações e oscilações,entre pressões e convicções,valeu mais a obra do Mercado do que vinte coretos no actual jardim municipal,e isso, tenho eu como certo nas convicções que me dominam.
Afinal que significado teria a recolocação do Coreto num Jardim Municipal literalmente assassinado na esmagadora das virtudes que lhe davam a fama e o proveito de um recanto tão belo quanto acolhedor da alma de crianças e adultos,que por ali,ora experimentavam as primeiras emoções da vida,ora se caminhavam num silêncio reconfortante,e para um fim que se poderia apresentar quando quisesse.
Depois de muitas histórias que ficam para a história deste novo respirar do Mercado Eng.Silva da Figueira da Foz,entre vencidos e vencedores de "batalhas" que escreveram um livro de emoções que traçassem o destino que pudesse fazer sorrir com a maior expressividade a história,as tradições,as cores e as emoções genuínas que não se querem perdidas nunca na vida da "Sala de Visitas da Figueira da Foz",prefiro afirmar que são muitos os vencedores,desde o menos barulhento ao mais espalhafatoso,do mais ambicioso ao mais comedido,e até do mais errante ao mais assertivo.
O Mercado da Figueira está lindo,está com a mais conseguida presença de caractrísticas que expressam e volto a referir, a sua génese,a sua face,e os trajes de cor e claridade que enchem a alma dos figueirenses e o coração de quem nos visita,entre portugueses e estrangeiros,que assim fidelizam a Figueira da Foz como um destino,e não só como um ponto de passagem.
Quanto a aspectos de índole funcional que contrastam com a generalidade da dita e brilhante face,acredito eu que se lança um desafio de enorme reflexão,ou os engenheiros apesar de não lhes retirar os méritos do que está bem feito,continuam a achar que percebem muito mais do que leram nas Universidades,dando prioridade a estéticas excessivas e que se revelam de mau gosto,recusando-se por essa presunção infantil a fazer uso da humildade no  pisar de terrenos e dar atenção a quem por lá está,e por isso sabe muito melhor do que precisa e como o deseja na mais objectada funcionalidade,ou então,volto eu com as minhas desconfianças,e mesmo com facas distribuídas no lombo,alerto os sobreviventes desta odisseia,que se preparem,pois o último capítulo deste livro sobre a história do Mercado da Figueira,está para breve,e tanto pode ser tenebrosa,como e por acreditarei sempre,será o princípio da queda de um sistema que sobressai no actual panorama social de forma bem negativa e cínica para com os mais desfavorecidos.
Vai uma aposta ?

Custódio Cruz

Câmara da Figueira,higiene e segurança no trabalho...



Uma casa tão grande,deve demorar muito a arrumar, e a limpar...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mercado Engenheiro Silva com uma sala de cinema?





Hoje falou-se à boca cheia no Mercado da Figueira, que iria por lá surgir cinema,e mais,que a película de estreia será "Minas e Armadilhas".
E mais ainda,que esta película iria manter-se até Setembro ou Outubro.
Bom...não entendi nada,fiquei surpreso com tal notícia.
Será que as projecções vêm do primeiro andar?
Ainda me coloquei a olhar para lá na esperança de detectar razões para esta novidade,qual não foi o meu espanto,quando desata a cair água de um cano provavelmente em rotura,e enche um módulo de água,pelo sim pelo não fui verificar se aquela saída da tal água invasora de módulos,e também colocada no meu espaço,estaria em condições ou não.
Susto dos sustos e feito o diagnóstico,verifiquei eu e o encarregado Florindo que tinha uma peça toda partida,o que quereria dizer que a qualquer momento poderia estoirar com a pressão,e mais ainda,fiquei a saber pelo senhor encarregado que ele mesmo tinha pedido aquela "boca perigosa" para o lado da escada.
Pois,mas logo haviam de a colocar toda danificada no meu módulo.
Azar...
Hoje levo calções de banho para a eventualidade mais desagradável,e já agora vou renovar o seguro do conteúdo da loja,não vá o Diabo tecê-las.
Há...
sobre o cinema...
já me ia esquecendo.
Hummmmm,
deve ser BOATO.

sábado, 15 de junho de 2013

fernando CAMPOS GANHA PRÉMIO CARICATURA


Tem gente no mundo que se quer que passe despercebida dos demais,mas ainda assim,notam-se à distância,ainda que não agradem ao discurso dos cordeiros,bem...quer dizer...não só destes,mas também das "cabras e cabrões" que pintam e desenham o mundo só nas cores que lhe convêm,que abominam a verdade das coisas e o "geito" frontal de quem não tem pachorra para hipocrisias a monte,pois...é isso,se for só um "bocadito",ainda um sorriso de desprezo selecciona o momento,agora quando a mentira é grossa,a este tipo de "personalidades inadaptadas" salta-lhes a tampa e não têm pejo nem receios que os inibam de avançar nas suas convicções de liberdade plena.

Fernando Campos não pede opiniões alheias nos traços das suas caricaturas,não as ilustra com as tais cores ou com discursos de circunstância que lhe encham os bolsos,mas ao contrário prefere dar prioridade à mente e à alma,na procura de um repouso doce para quem se viciou a viver de consciência tranquila, e a encarar o "sol e a escuridão" na mesmíssima perspectiva com que muito dificilmente poderá ser atingido por uma cegueira que lhe obstrua os passos que quer dar e bem entende...

Mas as surpresas também acontecem nesta "bola redonda"que consegue meter todos de pernas para o ar sem que dêem por isso,e em tempos onde os desequilíbrios sociais se acentuam,os olhos dos desfavorecidos são maioritários,os talentos ganham ênfase porque nunca a deixaram de ter, e agora só fazem vingar as linhas de uma arte que não engana,nem no que dizem,no que nos fazem pensar.

Fernando Campos merece este prémio que lhe dá um gozo comedido,ele gostou,mas habituado a alguns esquecimentos que vêm de longe,agradece,mas não vai agora para o balé,isto é,e melhor clarificando, aprender a andar de bicos de pés,porque também já sabe que um dia destes ainda faz arrepender alguns dos que agora o felicitam...
Enfim,feitios...
Caricaturas não são textos ?
Ai não que não são,e ás vezes tão cativantes que fazem os ponteiros do relógio andar,andar...como que buscando em cada pormenor a essência da mensagem...
Fernando Campos,um figueirense com predestinação para a arte de desenhar,escrever e pensar,constata-se que ao longo da vida não viveu distraído,e por isso mesmo é respeitado por dar importância a valores de toda,e para toda a vida...

Foi o Prémio Especial do Júri "Correia Dias", no XV Salão Luso-Galaico de Caricatura/Douro 2013.
Ao certame concorreram 74 trabalhos de 40 artistas.

Que continue a marcar pontos com mais prémio menos prémio...


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Inspiração enviada por um semelhante...


Não há inferno que me apague,
nem labaredas que me assustem,
mas apenas cores de vida que me encantam,
que me afagam tristezas que um sol aberto não conseguiu iluminar...
Vivo num mundo que não é só meu,
mas de todos os que o souberem disfrutar,
como num sonho de nuvens andantes, 
que flutuam para embalar.
Mesmo de sorriso negro e alma ardente,
ainda assim fico contente,
espírito calmo e confidente,
que seduzes no sentimento de tanta gente...
Olhas para mim,
e eu falo por ti,
sopras no vento o calor da minha paixão,
soletras um poema infinito e cintilante,
   que me adorna a mente
e me enche o coração...

Custódio Cruz

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Hoje é dia do meu padrinho de baptismo...

Já aqui o referi por mais que uma vez que nunca por nunca me motivou por aí além a curiosidade de tentar saber junto dos meus pais,porque razão o Santo António é meu padrinho de baptizado.
Também é verdade que face às evidências históricas da minha humilde família,e à medida que fui paralelamente crescendo e tomando noção do estrato social a que os meus progenitores pertenciam,não seria de todo  fácil à época "arranjar" um daqueles padrinhos que nos "ajudam" para sempre,e pelos vistos nem "um qualquer" que se desse à pachorra de me apadrinhar nem que fosse por um dia.
Enfim,devota à religião católica como minha mãe o era,e sempre eficiente em todo o tipo dificuldades que a vida lhe colocava na frente,amando-me como sempre o provou durante toda a sua vida,foi fácil,e até de certo conseguiu mentalizar o meu pai de que ficava bem entregue a um padrinho que nunca me aparecesse  para me dar prendas,mas ainda assim seria certamente o melhor protector do seu terceiro filho que surgindo fora de congeminações planeadas,seria acarinhado por uma alma divina que também nunca deixaria um afilhado "pobre"... e em maus lençóis...
Água benta na "cabecita",e sem assinar o registo católico lá fiquei eu com o Santo António como padrinho de baptismo...
Não sei sinceramente se ele está arrependido hoje de o ter permitido,mas com o "feitiozinho"que tenho seguido nesta vida,das duas uma,ou já se esqueceu de mim há muito,ou então passa a vida a lançar "bênção sobre bênção" para que eu vá sobrevivendo a um mundo onde cada mais estou um perfeito inadaptado...
Acredito sinceramente mais na segunda hipótese,pois já sobrevivi a dois atropelamentos quase mortais que me fizeram conhecer duas casas de saúde(Casa de Saúde e Hospital da Misericórdia),já senti ódios que me feriram a alma sem dó nem piedade,mas apesar de tudo,caminho digno e de consciência tranquila,já senti algumas vezes a falsidade empurrar-me para um buraco negro,mas ainda assim saltei do abismo muito antes da sua elaboração pragmática,e muito mais tinha aqui a acrescentar do que podia ter acontecido e não aconteceu,e vejam só, para meu bem...
Se sou feliz na vida?
Claro que sou.
Se gosto do padrinho que tenho?
Há medida que o tempo passa acreditem,cada vez mais.
A minha mãe tinha um "dom" que mo confiou na sua partida deste mundo,o meu pai tinha o "espírito" que o despiu para mim quando resolveu partir em busca da sua amada,eu estou por cá para honrar os seus nomes,e fazer jus a uma enorme felicidade,a de Santo António ser meu padrinho por escolha da acção de Deus.
Hoje é dia de Santo António,e por isso para mim é dia de festa...

Santo António de Lisboa
Santo António ou Antônio de Lisboa, também conhecido como Santo António de Pádua, OFM, de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII. Wikipédia
Nascimento15 de agosto de1195,Lisboa
Falecimento13 de junho de1231,Pádua, Itália