Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mensagem!...


Bolas de sabão,
são como projectos de difícil idealização...
Por tanto as querer-mos ver a deambular no vento,
enchemos,enchemos,mas sempre com o cuidado na intensidade de sopro,
para que o seu brilho e transparência nunca se faça rebentar,
sem ser por si próprio,
e assim o sonho de as ver livres e garbosas
se concretize e nos delicie a mente...
É como que deixar parar o tempo e visualizar os seus trajectos desconcertantes,
em um silêncio sentido seguir-lhe o ondular de silhuetas de requintada áurea luminosa...
Elas dependem de nós,
e nós dependemos delas...
Nós não podemos só querer,
mas também saber dar a liberdade ao seu movimento original...
Se nos limitarmos só ao nosso interesse,
caímos na solidão de um sentido e rumo labiríntico,
e de tanto correr,
até pensamos que temos o mundo na mão...
A incoerência começa por nós,
porque entendemos que se as enchemos de ar
também devem fixar o seu brilho num limite orientado à nossa volta,
e não há nada mais errado do que isso,
nada mais limitativo de uma liberdade individual que se quer respeitada,
até porque elas nos podem encantar na contradição...
Se elas fogem,
logo corremos para as apanhar,
e pelos movimentos bruscos desse dado momento
fazemo-las estoirar num só segundo,
sem lhes dar a oportunidade de que por elas mesmo regressem ao seio de quem as criou...
Controlar,controlar,controlar,
só saber controlar!...
Pois é,
nada de limitar a liberdade das outras "coisas",
porque se corre o risco de nós próprios ficarmos presos a um só movimento...
Bolas de sabão,
são lindas porque as deixo nascer,viver...
e morrer só por elas próprias...
Custódio Cruz