Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O lateral direito subiu no flanco...e não voltou...

Quem gosta da Naval 1º de Maio da Figueira da Foz como eu gosto,nunca pode ser indiferente ao desaparecimento do mundo dos vivos de "almas" que alimentaram sonhos,de seres que marcaram "épocas andantes" por um brilho identificável na dedicação,no exemplo, e no mérito com que entusiasmaram outras gerações a olhar para a Naval sempre com o intuito de a fazer crescer e ser também sempre melhor...
Como se consegue esquecer este número 2,que subia no flanco com a ambição de um campeão,e o defendia com a humildade e garra de um apaixonado pela bola...
Como pessoa pouco conhecia do Barraca,só sei que ele fez parte de equipas que em miúdo me fizeram estremecer de emoção,que me ensinaram como a atitude era o bem de todas as filosofias,e o sonho a estrela que guiava os vencedores...
Esquecer hoje o Barraca,e um dia o Belo, o 115,o Herculano,o Simão,"os Camegins",o Teixeira,o Vitor,o João Maria,o Tó Pinto,o Simões de Oliveira,e tantos outros,era esquecer protagonistas da verdade que deram corpo à velhinha e prestigiada senhora que morava na Rua da República...
Em tempos,arderam bens que nunca mais se poderão tocar,mas ainda assim nunca morrerão as memórias colectivas de quem as conquistou dentro ou fora do "campo de batalha"...
Paz à alma do raçudo lateral direito verde e branco,e que a sua partida mais do que um fim,seja uma outra oportunidade de relembrar um passado gratificante para quem o soube ocupar e dignificar...
O tributo que deixa o Barraca mesmo agora que já cá não está,é conseguir-me transportar para essas lembranças refletivas,e constatar o tal ensinamento protagonizado por ele,por outros e para todos nós :

(Que) "...A atitude é o bem de todas as filosofias,e o sonho a estrela que guia os vencedores..."

CNC