Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 24 de novembro de 2013

Como o improvável se tornou realidade...


Paraste desiludida,
afinal de contas cansada de levar tanta porrada...

Sempre pronta a criar ilusões,
silenciavam o sentido da tua pureza,
iluminada por um brilho concretizado no sonho,
cravaram-te pontapés com um jogo que não era o teu...
Admiro-te,
 porque resistes o tempo todo a enredos tão maquiavélicos quanto insípidos na essência do jogo...
Adoro-te,
 pela magia imprevisível com que ao troçares com "outros" me fizes-te gargalhar emoções de vitória plena...
Entre o que querias e para onde te empurravam,
deambulavas tu em trajectórias que davam golo fora dos tempos previstos,
e nesse fim tão irónico,
piscavas-me com a esperança que nunca nos haveria de abandonar...
Bem sei que ninguém está a perceber o que só nós entendemos,
mas também o que mais interessa foi os amigos que ganhámos...
Olhar para ti nesta foto,
 é também sentir o brilho do sol antes do jogo começar,
é saber o quanto aquela manhã ou princípio de tarde mexeu e ainda hoje mexe em arrepios de saudade,
é lembrar de novo aquela correria depois do golo que nos enrolava a todos entre lágrimas de um contentamento tão forte e solidário...
E mesmo que nem sempre assim fosse,
éramos num só e só contigo que se erguia a fé com que dobrávamos a tormenta da derrota...
O tempo passou,
e o presente por aí anda quem sabe com outros tantos desenhos que nós continuamos a não saber colorir...
Tenho saudades tuas,
tu ficaste e eu vim embora,
tu continuas a dançar no "geito" com que te quiserem escolher,
já eu,
 expectante por aí ando para ver até onde tudo isto chega...
Definitivamente,
será muito pouco provável, 
que o improvável se volte a tornar realidade...

Custódio Cruz