Sem dúvida que num lance tão extremo quanto uma grande penalidade,o confronto entre o marcador e o guarda-redes se alicerça fundamentalmente no capítulo psicológico.Ao numero 1,ainda que a sua concentração tenha o privilégio da bola,cabe aprimorar o seu sentido de observação no momento, quiçá prever nos gestos e atitudes do adversário,o cerne da intenção que contrarie as suas ambições,e mesmo que reúna conhecimentos específicos sobre quem se encontra na sua frente,não deixa no entanto de ter presente as variadíssimas hipóteses criativas com que pode ser confrontado.
Ao marcador,reserva-se no outro extremo das emoções intencionais,arquitetar a forma que mais confunda "o atleta voador",e se os seus passos,reações e convicções estão demasiado estudadas,nada melhor que "voar também" para um imprevisto que jogue com a emoção decisiva do "click" que objeta aniquilar a "dança das redes".
Até aqui tudo bem,agora neste caso concreto,é admirável a solução criada,e mais do que isso,hilariante,divertida e mesmo incrível na sua essência construtiva,agora o que me parece,é que a liberdade na interpretação deste jogo de paixões múltiplas,está a banalizar a arte de jogar Futebol,e "estes meninos" que pensam ser eles os novos mensageiros de uma nova era,deveriam isso sim,criar uma nova modalidade que se jogue num circo,onde a altura para a atuação dos palhaços possa ser valorizada devidamente,e já agora,levarem consigo quem nada percebe do amor puro a uma modalidade que se soltou num envolvimento imprevisto sim,mas com regras perfeitamente definidas,onde ninguém é reduzido a nada,e tudo pode ter a capacidade de sonhar,pois se não,que não se prenda o guardião à linha de baliza,e aí, eu queria ver se o mergulho para a piscina resultava no "surfar" da intenção.
CNC