Ainda que projetar uma iniciativa com muita história,e de um clube marcante no panorama do desporto figueirense seja primordial para o momento,muito perderão aqueles que não tenham a abrangência de espirito,para que antes de entrar ou não dentro das quatro linhas,saibam e sintam porque a escolha de uma imagem lhes pode trazer exemplos para a vida,ou como também a devoção e estratégia de um clube,que por nunca se dissociar da alma que simboliza as melhores famílias,nos segreda agora,a verdadeira razão que lhe confere de forma arrepiante a notoriedade das conquistas brilhantemente alcançadas.
Longe vão os tempos,em que este prestigiado Torneio de Futsal,na altura denominado como futebol de cinco,era disputado por entre uns curtos muros,que não silenciavam para o lado de cá a paixão ruidosa de gente,que se identificava no "jogo pelo jogo",e que amontoando-se em redor do palco dos sonhos,motivava fervorosamente os brilhos inatos dos sonhadores,e sempre na perspetiva da vivencia daquele "momento mágico",que estrondosamente assinalava o golo de quem o merece-se,e assim marca-se a diferença.
Cá fora,vivia-se a azáfama dos carros na procura de um providencial e atempado lugar de estacionamento,lá dentro,mas de céu aberto,a festa estendia-se em manhãs inteiras,os dirigentes e os amigos do clube recebiam nos elogios de quem lhos reconhecia,e tudo o mais que depois levassem para a sede,seriam os pecúlios guardados com os pedidos que alimentariam a razão de existir de uma coletividade,que "foi voando" na procura de um "teto desportivo",e conseguiu muito mais do que isso, e no que hoje faz tão feliz uma população que deve a si própria,o bonito Pavilhão Gimnodesportivo que conquistou.
Participar no Torneio de Vila Verde,era aspirar num evento desportivo onde se encontravam as melhores equipas do Concelho da Figueira,era ir ao bar,e desfrutar ainda das incidências distintas da cada jogo,dizer adeus a este recinto social,era mais calmamente trocar também as ultimas palavras junto ao portão de saída,ficando sempre no entanto a promessa de ali voltar.
Os Vilaverdenses,poderão até não ser tão diferentes dos demais,dependendo dos princípios com que se quiser caracterizá-los,na certeza porém,que não esquecem os que melhor os representam,e a escolha de João Pelicano como "padrinho" do evento que em 16,17 e 18 de Junho,se vai concretizar,não é por acaso,mas sim fundamentada numa rigorosa escolha,onde a raiz da sua filosofia é preenchida por um dos seus,e que na vida tem dado provas humanas e desportivas,das quais estes só se podem orgulhar.
João Pelicano,é aquele atleta que jogou futebol em Quiaios,que acreditou em semelhantes a quem as premissas humanas se ajustavam ao ser que o constitui,e assim o fez juntar de alma e coração,a um grupo que sentiu que lhe poderia dizer alguma coisa,dando azo à sua paixão pelo futebol,e mais do que isso,alimentando a sua vontade de enfrentar desafios tão difíceis quanto gratificantes,que de todo lhe preenchiam os desejos.
Por lá,comandou dentro das quatro linhas,por lá, distribuí-o enredos mais vitoriosos do que mal sucedidos,por lá,calcou um trilho a que "os do Bento Pessoa" não foram insensíveis,e nem o poderiam ser,até porque o conheciam a ele e aos outros,muito bem,e naquilo que acabou por iluminar apostas que fariam da Naval 1º de Maio,um clube ainda mais feliz do que já o era.
Falar de João Pelicano,é conhecer o Senhor seu Pai,é contactar com o respeito da postura do seu filho,e se assim fosse possível a quem o quisesse conhecer,seria mais fácil perceber porque o Vilaverdense o solicitou para o apadrinhamento de um Torneio,que vai ter de tudo o que sempre teve para honrar o futebol,a vida e o Concelho da Figueira da Foz.
custcruz