Hoje dizem que é o teu dia,
já eu nunca senti a diferença para os outros...
Mas se um tenha que ser,
pois que brilhe tanto ou mais,
e me afague como nunca o deixas-te de fazer...
O tempo passa.
e é em ti que cada vez mais me revejo,
na procura da luz dos teus olhos,
lanço fieis os meus ao que sinto e me ensinas-te...
Mãe,
estás aí,
não estás?
Eu sei que sim,
já que o silencio é uma página enorme de um livro por decifrar,
pois diz-nos o que queremos,
se ao espalhar da alma não esquecermos como foi,
se ao tocar do coração percebermos aquilo que nunca pode deixar de ser...
Que filosofo louco tu crias-te,
mas sempre entendes-te na teimosia de um só ser,
alertavas-me para os trilhos malfadados,
mas sorrias do atrevimento de um só momento...
A coragem só nasce e se afirma ao longo da vida,
e se tu tanto soubeste o que isso era,
como me poderias negar o destino que me desenhava o sonho...
O sol não desiste de brilhar,
ainda que o coração se entristeça de quando em vez,
como sempre lá estás quando te procuro,
e encontro a paz para um novo recomeço...
Sou forte,
muito forte,
vá-se lá saber porquê...