Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 15 de março de 2020

O Coronavírus,o sol e a lua,em uma vida por reflectir...


Para além da consciência que se possa concretizar para com este desafio de vida,quem sabe se no retiro de cena,se catapulte em todos a pequenez que representamos.
O mundo,é enorme,o sol ilumina-o na vontade de o dimensionar num brilho tão possante,quanto em cada dia também se possa abrigar no reflexo aconchegante da lua,e se com uma e outra realidade se completa a existência do sonho,abdicar de reflectir nos momentos precisos,é assumir uma pequenez que é real,mas que conjugada no ser,poderia fazer crescer uma felicidade distribuída por todos.

Hoje,é o coronavìrus,ontem,e por cá,foi o Leslie,amanhã,será o que se semear,sim...porque nada disto é por acaso,até porque na certeza porém,estamos mais próximos da China do que pensamos,menos afastados da Itália do que desejamos neste momento,mais dependentes de "outros mundos",do que queríamos,ou melhor,de outras mentes,que param após a crise,e rapidamente se focam em um só umbigo.
Ruas desertas,consciência concretizada,cenário de guerra reflectido,mas medo,também daqueles a quem afinal a vida lhes promete tanto,mas não os deixa de punir pelo excesso de importância.
Tomem-se todas as medidas adequadas à derrota do coronavírus,mas não se aliem da realidade que afronta o planeta,e que por este caminho,em um outro tempo,continuará a adormecer à luz da lua,mas poderá vir a acolher os raios de sol em um silêncio absoluto.
Pois,já o meu Professor Veríssimo,me dizia que por vezes era pessimista no que escrevia,mas como "...a sábia..." que me trouxe ao mundo,tanto invocou a certeza,"...de que este mundo estava perdido..",resta-me alertar humildemente pela procura de uma verdade,que não dê razão a quem tanto amei e sempre amarei,e que por sempre me surpreender no acerto prospectivo,mais acedo e me tento,na preocupação principalmente daqueles que ainda tanto têm para viver e ser felizes...


Obrigado pelas fotos deste fim de semana,das ruas desertas da nossa Figueira,ao José Figueiredo e ao Jorge José,que por um lado me aliviam pela consciência precisa neste tempo de ameaça à vida,mas por outro,me arrepiam e preocupam no que para além disto se possa seguir.

custcruz