Foto L.P.
Com as novas obras de revitalização do Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz,abriu-se um enorme corredor que liga a Zona Ribeirinha ao Bairro Novo.Amplo,luminoso,e bem demarcado,revela os preciosismos com que uma engenharia cuidada pode motivar passos que não se percam em becos,e se direcionem retilíneos para uma passadeira da fama,que se liga na perfeição de um espaço mais abrangente,mas que não deixa solucionada a equação com que no futuro almas e tradições possam ou não bater em seu sítio.
O mundo foi,é, e será sempre um palco interpretativo de exercícios de uma enorme competição de mentalidades,umas mais abertas,outras mais egocêntricas,e outras mesmo viciadamente maquiavélicas,que limitadas nas sua intelectualidade existencial,se revelam mesmo como as mais nocivas ao bem comum,e pior do que isso,destruidoras do vínculo cultural que nunca se pode ignorar enquanto embrião de uma alma que quase só quem por cá nasceu,ou se enamorou,se contagia no sentimento único de ser Figueirense.
O Mercado da Figueira,tem uma história tão longa quanto esclarecedora nas vicissitudes em que à naturalidade dos seus encantos,se arquitetaram desde de sempre sombrias intenções de aniquilamento puro e simples,por repúdio a um estrato social barulhento,mal vestido,e pouco formal,longe de uma realidade mais cool e hippy-chique,e que se coadune num "gourmet" de vaidades apetecíveis ao feedback da distinção hipócrita.
Não quero com esta visão objectiva,perder-me no erro que me assemelhe aos prevaricadores,porque afinal de contas,também gosto do silêncio,e mesmo de falar baixinho e escolher as palavras num preceito que intervale olhares cuidados entre gente cautelosa,deliciar-me com posturas a que não me escape os pormenores que se tentem esconder,e assim estimular a indiscrição da mente,em favor das escolhas que mais se ajustarem a uma manhã,tarde,ou noite bem passada.
O tempo também passa,e nem sempre o que parece é,um espaço inaugurado à menos de dois anos,e agora com condições estruturais melhoradas, já é alvo de insinuações de um enfraquecimento que pontualmente até nem é real,mas que incompreensívelmente caminha para esse objetivo,nas razões diretas com que não se acautela,não se projeta,e se encaminha com opções muito discutíveis e estranhas,a uma gestão de acordo com os princípios que deviam objetar a aplicação de uma estratégia equilibrada nos pressupostos que determinem uma evolução que lhe exclua os negativismos do vício,e lhe precipite o desafio das mais valias do tempo.
Quais são as verdades que marcam a atualidade do Mercado da Figueira?
Recolha aqui algumas,ora captando-as na objectividade das palavras,ora deduzindo na intenção das frases,e aposto pela certa,que até os seres distintos conseguirão aproveitar um fio à miada que lhes não é nem pouco mais ou menos estranho,mas que se calhar,será melhor ignorar numa clara presunção estratégica,e quiçá,simular depreciativamente com um sorriso intelectualizado.
Mais vírgula,menos vírgula,aqui me fico por hoje,na certeza porém de que ninguém me calará,como aliás já o tentaram com ações que hoje colocam em causa muitos na degradada democracia do nosso País.
Até à próxima.
Custódio Cruz