Desde muito novo fui advertido por alguns,de que era muito pessimista naquilo que escrevia e pensava,já outros,e em realidades de vida onde o sonho era arma que catapultava o futuro,me achavam sábio na forma e no conteúdo com que projetava esses avanços.
O tempo foi passando,e sem nunca dar azo a esquecimentos educacionais que me foram legados pelos meus progenitores,sempre me auxiliei para o bom e para o pior,num espelho que tenho lá por casa,e que por fiel tanto se revelar,nunca por nunca o deixarei de consultar no convencimento ajustado para a dimensão das minhas realidades.
Vou sorrindo ou não,por aqui e por ali,mas sempre refletindo a cada momento de vida que assim me favoreça ou não o ego,e no fruto dessa ousadia,procuro construir com as linhas de identidade resultantes,o trajeto que melhor se coadune ao sentimento da vontade que também melhor faça brilhar a estrela dos sonhos que me motivam a mente.
Num dia tão especial quanto o de hoje,tenho o desejo calmo de olhar para o passado,de certificar o porquê de continuar a ter a meus pés um piso escorregadio e traiçoeiro,de sentir júbilo por ainda ser dono dos meus passos,mas mais do que isso,de perceber o quanto certas passagens desta viagem efémera,que por me terem marcado na diferença,me influenciaram no estilo e conceito de vida com que caminho na procura de um êxtase distinto.
As perspetivas,e lá estou eu agarrado ao meu eventual pessimismo,não são nada animadoras,pois o alimento figurativo com que alicerço as minhas convicções,continuam a fazer-me acreditar nos valores que me preenchem,fundamentados na expressão de uma atitude séria e honesta,que só pode ser desenhada na verdade,e certificada na consciência.
Quanto ao resto,a ver vamos como diria o cego...