Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 11 de setembro de 2012

"Gestos" jornalísticos,ou jornalismo a sério ?


In Diário de Coimbra de 10 /09/2012

Dei ontem(como quase sempre)uma vista de olhos aos Jornais,e procurando na especial atenção tudo aquilo que tenha a ver com a Figueira da Foz,eis que,uma reportagem longe das objectivas que motivam "batalhões", me ressalta à vista e à mente, soltando-me de imediato e de forma paralela a reflexão de como é bom fazer-se também o que o nosso "coração" nos pede...
Sei lá...e até talvez não tenha sido isso que aconteceu,ainda que como certo tenho eu, que este tipo de entrevistas com "gente simples" e com vidas de um enorme conteúdo na capacidade de gestão do dia a dia,nos podem enriquecer de uma forma decisiva para o tanto que muitos procuram com dissecações carregadas de uma intelectualidade desonesta e que já enjoa...e que logicamente não nos trazem nem soluções,e muito menos alguma esperança de ver o mundo mais feliz...
A Bela Coutinho fez o seu trabalho,baseado nas suas emoções profissionais,e isso é o que mais interessa,seja a mim,ou a qualquer outro tipo de leitor que chega por exemplo a um quiosque,dá uma vista "nas maiores" e opta prossupostamente pelo "melhor"...

Tirem partido deste exemplo de vida...e tentem perceber,sentir e captar "ensinamentos" que são intemporais,e mais ainda carregados de alguns valores que tanto escasseiam e se assumem como das maiores lacunas na personalização no mundo:

Mesmo sendo-se pobre,poder-se ser livre e fazer o que se é capaz de gostar alicerçando o
aproveitamento das suas capacidades e realidades...

Ter abnegação,ser persistente e ser humilde...
Perspicácia na utilização da "tradição" enquanto instrumento seguro de uma mais valia na oferta de um produto...

Revelar-se feliz sem grandes condicionalismos materiais,porque "com o pouco que nunca teve",lhe é suficiente para não sentir a
cobiça desmedida pelo alheio...

Estamos em tempo de se olhar ainda mais para aqueles que na rua passam por vós,e nem sequer vos suscitam um mínimo de curiosidade e atenção...
Quanto à Bela Coutinho,ainda que lhe dê o mérito da opção jornalística,prefiro refugiar-me na " eventual banalidade" de uma "resposta ambígua"(está na moda),e dizer apenas,que não fez mais do que a sua obrigação...
Esta resposta deu-ma ela mesmo há já uns atrás,e sinceramente serviu-me de ensinamento enquanto sensibilidade profissional,e sobre o qual nunca tinha sequer pensado,e mesmo que até pareça mentira...
Já dizer bem por dizer...nunca me apeteceu e nem me vai apetecer...como concordar com tudo o que esta Jornalística diz ou faz,não é caminho certo da minha consciência,como já não o foi em situações pontuais para com esta senhora jornalista, ou mesmo com outros seus colegas de profissão...
Mas que me agradou desta feita,lá isso é verdade...