Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 21 de março de 2015

"AS SOMBRAS"... E O FUTEBOL...


Não foram "as sombras" que me fascinaram no sonho,
antes pelo contrário,
foram os coriscos emanados de uma bola redonda que me conquistaram o coração.
Mas a vida tem destas contradições,
pois enquanto "essas sombras" nos tentam adormecer a alma,
a luz que nos deslumbrou no fascínio do voo,
presenteia-nos com contornos  tão silenciosos e nostálgicos,
que sem contarmos,
se insinuam fieis os sons estridentes das ilusões conquistadas.
Tanto faz o arrepio daquele remate estrondoso que colocou em ebulição um estádio inteiro,
como o passe geométrico que acertou simetrias nos caminhos da vitória...
Tanto interessa relembrar aquele pique que bateu ansiosos recordes na procura do golo,
como a enorme defesa que levantou uma plateia no impulso inspirativo de um jogo,
que ou se ama,
porque se conhece,
ou se adora,
pelo que trás de novo...
Nunca por nunca,
acredito que "as sombras" possam matar o futebol,
porque o brilho da paixão é eterno,
e em ultima instancia,
prevalecerá o seu instinto,
com a bola de novo a saltar livre nas "ruas do povo",
e a sua verdeira essência a espalhar-se numa magia que não se compra,
não se vende,
mas apenas se desfruta com o improviso que o viu nascer...


Custcruz