O "futebol natura",tem por força dos escroques materialistas que o invadiram por presunção ou frieza de factos,perdido na destreza espontânea com que se alicerça o deambular do sonho,aquele que nasce com as emoções precipitadas no momento,e oferece a quem se expõe,gestos(relíquias)reconhecidos por quem sente e ama um desafio nascido na rua,onde a maior vitória,está na captação "a olho vivo" de uma empatia que não dispensa os virtuosismos do treino,mas muito mais do que isso,preserva a essência do jogo.
Hoje,vislumbro sorrindo triste,por principalmente na "formação de jogadores" assistir a construções de "super equipas" que apenas defendem as suas balizas para não sofrerem golos,e onde se esquece o arrepio da diferença entre a "matemática do ser",e a "liberdade da alma".
Entre os novos treinadores e dirigentes,lá se vão amontoando preocupantemente os "doutores e engenheiros do futebol",que se apaixonam principalmente pelos seus umbigos,e se convencem mesmo,que depois,nada mais do que um "empresário de papelão" para colmatar as frustrações que estes,e os seus respetivos meninos,não preencham na falta do brilho artístico que os distinga entre quem por lá pode passar,e quem por lá pode semear o seu encanto...
Ser-se uma boa equipa no equilibro das ações dentro das quatro linhas,é o fruto de um trabalho pensado,que se deve erguer numa pirâmide onde não se ignore "quem se esconde",e se incentive quem pode dar muito mais,pois no futebol como na vida,se em criança não se desfrutar da "alegria"(pedagogia) de viver entre as conquistas e as derrotas,não é no pico da escada que lhe vão dar essa oportunidade.
Assim,vou vendo por aí grandes promessas a crescer pouco,e o Futebol a perder muito.
Custódio Cruz