Índios,Leiretas,Esgueirões,Buarqueiros ouTaraus,são gente que habita em terra com a alma virada para o mar,instintivos por natureza,são fruto do meio que os viu nascer,vivem e pensam livres trilhando destinos nem sempre limados,são refletivos e corajosos pelas histórias que os acompanham,frontais e desafiadores,como as ondas que insinuam desfechos nem sempre previsíveis no brilho que as orienta,solidários e amigos, para com quem mais do que os queira conquistar,os encontre no que são,e os convença do que para além disso podem ser.
Um desafio inigualável para quem o queira confrontar,uma luta entre o formal e o genuíno,ou o pragmatismo e a aventura,bem retratados nas posturas que nestas entrevistas nascem como em qualquer outro lugar,ou oportunidade,sem subterfúgios de qualquer espécie,e onde a pureza dos sentimentos se impõe num "cara a cara" que arrepia só quem mesmo gosta,por cada vez isso lhe ser mais ausente no dia a dia,ou então não gosta,por clara inconveniência hipócrita.
Com isto,não quero nem posso dizer que estas gentes do mar não sofram dos "males do mundo",mas como se "distraem" mais que em outros poisos,assumem como o "Lambreta",os vícios(amadores)de uma verdadeira família do futebol,infantiza-se com um orgulho justo,a persistência na continuidade do futebol sénior federado,como o vinca o Fábio,criticam pela voz destemida do João Camarão,a falta de investimento estrutural nos "peixeiros",acautelando o Rui Camarão,na honra de o serem,mas sem depreciações provocadoras que os tirem do sério.
E mais ainda,porque o João Vasco não foi de modas,e "sem defender" o enorme talento que tem,ainda que não se deva incomodar com o eventual "cheiro a peixe" que lhe insinuam,podia ter tido mais arte na finta que o coração lhe fez,e ter ocultado "as minis" ,do "passe" que se queria,e lá está,ter calculado como ele bem faz dentro das quatro linhas,um rumo de conversa,que melhor concretizá-se a "jogada da vida".
Para terminar,ficou na retina a projeção serena,introspetiva e humilde "do marinheiro" Vitor Hugo,e para fechar com a "chave de um tal ouro puríssimo",saliência para aquele levantamento de bola executado ao longe,e já depois do fim do jogo na areia,de um "puto" que assim rematou na certeza inegável,de que ao amor puro pelo Futebol,por estes "cantos de sonhos" também existe muito talento por potenciar,e para cada vez mais ser visto com "outros olhos"...
Posted by ReporTv on Segunda-feira, 20 de Abril de 2015