Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Nunca sintas o que eu sinto?


A tradução da minha alma...

Não consigo,
não sou capaz,
sinto demasiados suores com a máscara,
prendem-se-me as pálpebras na limitação do espaço,
encaixam-se-me as pestanas em uma só saída,
ofuscam-se os brilhos que nos espevitam os sentidos,
cola-se a face a um limite que o é mesmo,
e não deixa desfrutar da refrescante brisa da vida...

Por aqui testo a vontade de encontrar uma paz prometida,
mas ouço murmúrios ao longe de um amontoado sem destino,
sopro exausto,
e despedaçado na alma,
não resisto,
libertando uma lágrima de raiva por um mundo que tanto se desvia do encanto do sonho...

Revolto-me,
e destruo as costuras do fato,
dou impulso aos braços e reviro o capuz da escuridão,
faço quebrar o elástico,
e arrepio me na dor que o soltou,
anicho-me em um só,
e ergo-me de novo perante a luz do sol...

O instinto não me larga,
e eu não tenho vontade de o deixar,
a felicidade não se apaga,
ainda que cobre alto por cada trilho deste mundo,
não rio todos os dias,
mas sorrio a qualquer momento,
numa contradição entre o querer e o não saber para onde vou...

Eu não sou poeta do tempo,
e nem escrevo páginas com a mestria dos iluminados,
apenas me inspiro nos arrepios de uma liberdade,
que me empele em direção a um horizonte que abrace a pureza dos meus sentimentos...

Custcruz