Lindo domingo de sol,mas mais do que isso,uma boa oportunidade para tentar acalmar iras que cada vez mais vão crescendo no meu íntimo,e não me venham dizer que o mal é meu,porque não é,pois se o fosse,fui suficientemente ensinado para ser humilde,e com essa atitude sempre por perto,saber de certo somar nos prós e nos contras,o reconhecimento capaz para uma mudança ajustada ao bem de todos,e do meu próprio estado de espírito.
Neste belo dia de inverno,aconcheguei-me solitariamente num repouso da Esplanada Silva Guimarães,fitei o Mercado Provisório,e logo me saltou para a mente os tempos que por lá passei,de repente,lembrei-me das críticas que hoje são mencionadas na continuação daquele espaço enquanto obstrução do horizonte,e se não invalida nem deslustra para intenção com que serviu,é verdade que a decisão de o retirarem agora,é mais que válida,e pertinente na defesa das belezas que nenhum empresário pode materializar na cobiça de as levar de cá,e eventualmente armazená-las no seu quintal económico.
Meu Deus,obrigado pela tal mente que me concedeste,pois cada vez mais sinto o quanto esta não me trai,e ainda que do coração já não possa dizer o mesmo,sempre lhe encontro o perdão para com o que ainda assim equilibra a minha consciência,e me faz viver na paz por não prejudicar quem quer que seja
Tudo isto,porque aqueles raios de sol que banhavam o Castelo Eng.Silva,se refletiram em mim com a memória do nome,e em brilhos de preságios populares,que se mantêm vivos por dizerem o que dizem,e não morrerem pelo que escondem.
Eng.Silva,o patrono histórico do Edifício das minhas preocupações,e já desesperos,é mais que certo que também ele e os seus,terão tantas vezes vivido a saga do quanto "...quando uma esmola é grande,o pobre desconfia...",e assim,ainda que acauteladas razões históricas e jurídicas,que poderiam ser suficientes para contrariar o fatalismo das teorias dos entendimentos,talvez não imaginassem o quanto "a cientificação" das letras evoluísse para autênticos "erros" de cariz humanitário,afinal de contas enquanto o cerne que tanto gere o mundo em que hoje vivemos.
Sim,é verdade,tirem dali aquele pavilhão de boas memórias para muita gente,que não um mamarracho,mas não tirem mais nada a quem não o merece,e não pode viver sem o que conquistou honestamente,não se arvorem em grandes interpretadores das leis,descuidando-se "em pormenores" que servem tudo menos a defesa do verdadeiro interesse público.
Mercado Eng.Silva da Figueira da Foz
Sempre e para sempre...