Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Leão entre o brilho e a escuridão,perde-se "na surpresa" da derrota...


Ainda que os números alimentem a estratégia para um qualquer jogo de futebol,continuo e continuarei sempre a pensar,que é na postura de cada jogador,e em articulação com os dados tecno-táticos disponíveis,que os grandes feitos se expõem enquanto êxito de quem consegue ser mais constante ao longo de um jogo.
O Sporting da primeira parte,foi soberbo,palmilhou a rota dos 14 milhões de forma inteligente e sagaz,colocando-se no terreno de forma disciplinada e consistente,e ainda,e mais do que isso,com uma postura emocional onde os índices roçavam "os píncaros de uma lua" envolta em brilhos de uma ambição,que lhe permitia exibir no embate com o CSKA,os predicados capazes de o transportar até com alguma facilidade para a fase de grupos da Liga de Campeões.
Com um setor defensivo muito forte nas marcações,nunca abandonando a dinâmica de controle na ação dos avançados contrários,mesmo que aplicando a controversa(para mim) postura em linha,nada nem ninguém os conseguia superar no jogo aéreo,e muito menos nos confrontos diretos assumidos,ou recuperados nos desiquilíbrios estratégicos. 
Ligava de forma quase perfeita o desenvolvimento das suas ações ofensivas por entre os seus setores,revelando uma enorme personalidade na circulação de bola,onde tanto fazia valer uma "quebra de ímpeto" que também tanto manietava o adversário na possibilidade da recuperação do esférico,como "explodia" a espaços calculados,em objetivas incursões sobre a baliza contrária,que aliás lhe fez valer o golo de uma esperança quase certa,em relação àquilo que com esta primeira parte tudo fazia querer.
Mas,e quando um "mas"surge tão categórico no contraditório,tudo pode mudar como "do dia para a noite",e pior do que isso,se alicerçado por um lance de bola parada,em um princípio de segunda parte desastrado por oscilações inesperadas,e ainda agravado pela ajuda de uma mão que desta feita não foi a de "Maradona",mas a do Doumbia,digamos que só restava saber até que ponto Jorge de Jesus já tinha solidificado o seu discurso ganhador na mente de um grupo,que para ser campeão do que quer que seja,tem que saber lidar com o revés traumatizante da contrariedade.
Retirar o moralizado Gutiérrez(marcador do golo),para colocar o codicioso Slimani,até poderia afigurar-se como uma "jogada de mestre",se naquele canto cortado ao contrário,a bola não tivesse saído fora,e o golo do Argelino tivesse sido validado.
Mas,e este "mas" teve mesmo um outro alcance prático,na medida exata em que  o Sporting da segunda parte,nada teve a ver com o da primeira,e com a frieza impiedosa de Doumbia na concretização,e a descoordenação principalmente psicológica de um Leão moribundo,fez cair por terra um sonho a que nem "Jesus conseguiu valer".
Para a história fica o protagonismo de um "carrasco" que (b)dombiou "o leão" a torto e a direito,e o colocou a tentar refletir como João Pereira e colegas de flanco não conseguiram estancar o caudal no contra-pé,por confrontados em piques para os quais ou se tem pernas ou não se tem,correndo-se o risco de na teimosia das apostas,se revelarem um handicap que se pode arrastar cimentado na ilusão de nomes,mas com resultados práticos que se podem repetir e fazer comprometer o futuro de quem ambiciona ao mais alto nível.
O mais grave no entanto,foi que pouco desta história se espelhou na primeira parte do jogo,e como volto a reafirmar,por agora o custo desta discrepância de atitude custou 14 milhões,mas no futuro,ainda poderá honorar muito mais os cofres de Alvalade,se o crescimento das expectativas não se solidificarem em uma maior regularidade de atitude ao longo de um caminho que se quer enquanto um trilho de ambição convicta. 

Quanto a Liga de Campeões,para o ano há mais,mas para isso tem que se tentar de novo lá chegar...