Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 7 de março de 2017

Vale o que vale...Naval 1º de Maio em Seniores pode vir a não descer aos distritais...

Em seniores,a Naval 1º de Maio fez rolar a bola há muito,a época começou,e de lá para cá passaram-se meses a fio,e o certo é,que por força do sistema competitivo hoje em dia adaptado á competição do Campeonato de Portugal,não se esgotam facilmente as oportunidades de salvação,até para uma equipa que só agora conheceu o sabor doce da vitória. 
Assim,subalternizados outros objetivos justificados,a opção passou por reduzir os condicionamentos mentais,dando azo ao aproveitamento possível de uma reta final,onde a honra de cada interveniente,aliada à vontade férrea de quem se dedica ao serviço deste clube,faz corporizar como que um ultimo instinto de ambição na procura daquilo que pode parecer impossível,mas quem sabe,não será mais do que uma outra história,que se somará a outras tantas que fazem orgulhar quem é Navalista de alma e coração. 
Acreditar é preciso,e nem as crónicas jornalisticas que mais não são do que opiniões aceitáveis pela experiencia capaz de quem as descreve,poderão ser handicap para se deixar de confiar,pois mais do que a sorte que se teve neste jogo,talvez na surpresa,se tenham esquecido de duas ou três oportunidades por parte dos Navalistas,que matariam o jogo,e isto já no segundo tempo,e que poderiam ter desenhado um resultado,ainda que injusto,por um desnivelamento competitivo de 2-0,a favor dos da Figueira da Foz. 
Hoje,vou de todo alicerçar uma crónica fundamentada mais nas incidências proporcionadas pela mente,e menos "pelas dos pés",porque quem lá andou dentro,sabe como ninguém as diferenças de níveis emocionais que se precipitam em cada altura da época,e assim,é pertinente rebater,e volto a referir,ainda que respeitando,a tendencia para os impulsos convencionais,e sem fugir à verdade dos factos,de que se o Alcanenense deve a si próprio alguma falta de acerto na concretização,também não foram tantas as vezes aquelas que o podem ou devem transportar para o protagonismo do azarado. Prefiro,não por tendencia pragmatizada,mas por impulso natural de quem ama o futebol,e lhe privilegia o tal instinto capaz de se interpor à lógica de um qualquer favoritismo,elogiar e enaltecer mesmo,aquela sequencia de dois lances,onde o central Jourdan,comete um primeiro erro na tentativa de desarme a um adversário,abordando o desafio individual de forma desequilibrada,e por instabilidade emocional,mas num rasgo de talento e atitude extraordinária,recupera terreno,e intervem no ultimo instante,em que a finalização contrária conferiria estragos definitivos para a sua equipa. 
Ele conseguiu,e com isso receberia enormes aplausos,se aquele palco estivesse repleto á sua volta,e mais do que isso,provou mais uma vez a si próprio,o quanto é um bom jogador,na razão direta com que venceu o confronto com o de Alcanena,mesmo depois de como já o disse,de quase o ter perdido. 
Quanto ao Guardião,Tiago Colaço,que veste de verde há pouco tempo,e tem no Igor um valoroso concorrente para a posição,provou o porquê,mostrando uma serenidade tão "gélida" quanto ativa em cada lance,aliado a primores técnicos que de certo lhe rasgarão horizontes na carreira, que acredito sonha no futebol. 
Abriu o livro,logo no inicio da partida,segurando em voo e com uma defesa espetacular,um golo certo do adversário,que só não o foi,porque ele estava lá para isso.como aliás esteve durante todo o confronto,em que "soltou as armas de um guerreiro",onde até nem faltaram "nas costas da equipa",as palavras gesticuladas para com os seus colegas,quer na correção ou marcação pertinente dos adversários,ou mesmo na motivação coletiva do grupo.
Porque ele defendeu para "uma casa de família",a Naval teve sorte? Muito mais do que sorte,é o Bernardo e o Toca,já não terem medo de serem felizes,e apesar de ainda também serem juniores,revelarem de uma forma convincente a atitude tática e individual,que Marinho Serpa,lhes terá exigido,não dando veleidades aos adversários,e com isso,ajudando a controlar o caudal ofensivo contrário,e que muito por eles até nem foi nada do outro mundo. 
A primeira parte,claramente nos trazia uma Naval ainda que motivada,a fazer uso de um rigor privilegiado na defesa de espaços no primeiro e segundo terço do terreno,e ao invés,não conseguindo materializar as ligações com o ultimo terço.
O jogo era insuficiente em termos ofensivos,e ameaçava "uma resistência" bem conseguida,e comandada por Sérgio Grilo,que tanta vontade mostrava em avançar na procura do sonho,mas não podia,para beneficio de tudo o que ganhava no ar,o que tentava impulsionar na construção,e fechar a sete chaves em caminhos para a sua baliza. "Sentia-se" o apoio do Patego,que não virava a cara à luta,e se esgotava em coberturas defensivas,mas dali para a frente,não se pode dizer que o Flavio e o Rodrigo,ou o Gabriel e o João Silva,não lutassem nos propósitos que mais convinha em termos de atitude,mas o certo era,que Samba,andava desamparado,por a equipa não revelar atrevimentos,nem tranquilidade na progressão para a baliza contrária. 
Veio o segundo tempo,e Marinho Serpa,lançou "as trutas",esperando que "a pescaria",com Maltteo e Yakan,fosse o mais dinâmica possível,para dar uma outra dimensão ao ataque Figueirense. 
E olha se foi,só não viu quem não quis,o jogador que é Yakan,estrondoso no pique,predestinado na atitude em profundidade,moldado na capacidade de choque, e criativo no um para um,conseguiu em conjunto com o Matteo,de características ambiciosas e limadas tecnicamente,criar a ligação que faltava entre sectores,e tornar mais agressivo e intencional o futebol verde e branco.
Com esta impulsão ofensiva,toda a equipa ganhou,e claro,o "cota" Sérgio Grilo,que ainda bem que foi certificado em tempo de formação na linha avançada,e que agora por força do seu espirito regrado ao longo da vida,quer der dentro,quer fora do campo,até brilha em jeito de "Luisão",atreveu-se como só ele sabe,a mandar aquele estoiro cá de fora,dando a vantagem à sua equipa,e que se haveria de manter até final,também com a ajuda derradeira de Xavier. 
O Naval / Alcanena,tem um resultado ajustado,e mesmo que o empate não escandalizá-se ninguém,venceu quem marcou,não sofreu quem o não deixou,não venceu,quem não controlou as suas emoções,e por isso,meus caros,foi melhor quem o conseguiu. 
A bola ao poste do Alcanena? 
Olhem,da próxima vez tirem-no de lá,e assim a bola já nem entra nem vai ao lado... 
Bom,3 pontos já cá cantam,e para continuar,e conseguir o pressuposto milagre,prefiro que os jogadores,equipa técnica,e dirigentes,continuem como aqui o fizeram,acreditando no que existe,e investindo no que são capazes,porque de milagres está o mundo a precisar em muito,mas não creio que tenha ajustamento em jogos de Futebol. 
A arbitragem,esteve bem,e como saliência para essa evidencia,não digo nem mais uma palavra.
custcruz