Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 17 de junho de 2014

Nunca deviam ter metido a "Dona Inércia" nestas coisas do futebol...

Inércia,foi o maior erro da seleção portuguesa na sua estreia no Campeonato do Mundo de 2014 que se está a disputar no Brasil.
Ainda que viva muito mais desligado de um sonho que um dia também foi meu,e agora até caminhe de espírito mais decepcionado do que sorridente no deve e haver com que deveria ter ficado para agora também dizer como a Dª Inércia que "ganho tanto" como o Ronaldo,a verdade é que ainda assim cada vez que o futebol me "pisca o olho" com a paixão com que sempre o amei,consigo libertar a alma e fortificar convicções desenhadas em outros tempos,e ao mesmo tempo deparar com um rejuvenescimento capaz de contrariar alguns comentadores da treta que por aí vagueiam,e que só abordam o futebol numa perspectiva matemática,ou então de evidências repetitivas que mais não são do que retóricas sem nexo,e perfeitamente desajustadas a momentos que se vivem uma só vez,e que nunca se podem repetir no seu todo...
Mas adiante,que o Carlos Daniel já se calou...
Portugal perdeu 4-0 com a Alemanha,perdeu e perdeu bem,pois nunca uma equipa pode ganhar sobre outra,se logo à partida não tentar controlar as suas emoções,aliás bem "patenteadas" naquele pontapé para frente do Rui Patrício,que se revelou como o primeiro brinde ofertado a uma equipa alemã que apenas jogou o necessário para evidenciar supremacia sobre uma alma lusitana,que haveria também de ter mais um outro "protagonista da desgraça",e que mesmo que já nascido há 31 anos e com percurso assinalável no futebol mundial,continua a fazer jus a um mau feitio preocupante para o seu futuro de vida,e isto se continuar a pensar que é à cabeçada ou ao chuto que se resolvem as situações mais "delicadas da vida"...
Quanto ao jogo,Portugal apresentou-se com a estratégia certa,agora isto não equivale a dizer que a conseguiu "desenhar dentro das quatro linhas",posicionava-se bem, mas não agia com a atitude adequada(inércia),com uma gritante falta de sincronia na ligação entre o sector médio e defensivo,surgia como um "conjunto quebrada em dois",proporcionando desta forma espaços de manobra para o futebol consistente e objectivo dos alemães.
Não se convençam os jogadores de futebol,que uma automatização defensiva em linha,dispensa marcações rigorosas à zona(intensidade),que com este "avanço" para alguns técnicos,bastará por "ali andar" e dar apenas o corpo ao manifesto,pois as melhores equipas serão sempre aquelas que souberem usar se for preciso uma marcação individual nos espaços de um jogo,por um entendimento de equilíbrio entre setores que proporcione uma maior dinâmica de acautelamento da sua baliza...
Foi aqui, que a Alemanha encontrou os caminhos para vencer e golear,agora o meu maior problema mesmo,é tentar perceber se a inércia na atitude foi de postura mental ou física,e se foi com a segunda razão(rasganço/ Fábio Coentrão),com que a decepção tomou conta dos adeptos portugueses,então preparem-se,pois o caminho vai ser breve,e as emoções do jogo não vão contar com "Naus Lusitanas" para dobrar as tormentas que se esperam para se alcançar o pódio...
A Alemanha venceu,e mostrou ao mundo do futebol como uma boa equipa pode fazer brilhar um grande jogador,pois sem se centrar tacticamente em qualquer predominancia individual,acabou por deixar "acontecer" em Thomas Muller três dos quatro golos concretizados...
Depois de estar a vencer folgadamente circulou a bola para se poupar a esforços,e mais facilmente controlar a partida,e um resultado muito prometedor para o futuro.
Portugal nunca podia tentar quase nada depois de reduzido a dez elementos,com Hugo Almeida a lesionar-se e a ter que abandonar o jogo de forma prematura,com o Fábio Coentrão a obrigar a nova alteração imprevista,com o Cristiano Ronaldo isolado num deserto onde nem o apoio exigível chegava,foi ver o Nani perdido entre os desiquilíbrios defensivos e as ânsias ofensivas,e o desgarrado Éder a ter que vir buscar jogo atrás,enfim,apetece-me perguntar:
Alguém viu por ali o Moutinho,o Miguel Veloso e o Raul Meireles?
Bom,quanto ao árbitro,mais rigor menos rigor não teve qualquer influência no resultado,pois o penalty existiu mesmo,e o Pepe tem "historia de mais" no futebol para ser tão passarinho.
A culpa foi da DªInércia,agora vamos lá ver se supera "a falta de pernas", e se os "muchachos portugueses" ainda dão um ar da sua graça...
Até já...
CNC