Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Para Rui Veloso,neste País não há "estrelas no céu"...tem graça,que há muito também eu as procuro mas não encontro...


Rui Veloso retira-se dos palcos

por João Céu e SilvaOntem
Rui Veloso guarda a guitarra no "armazém" onde estão algumas das 80 que possui
Rui Veloso guarda a guitarra no "armazém" onde estão algumas das 80 que possuiFotografia © José Manuel Ribeiro/Global Imagens

O cantor de "Porto Côvo" suspendeu a sua carreira há três dias, após um último espetáculo. Desfez a banda que o acompanhava e não aceita mais concertos para os próximos tempos. Ao DN afirmou: "Vou parar."
É com estas duas palavras que anuncia na entrevista a inesperada decisão. Motivo: "É muito difícil para mim aceitar a realidade do país. Fico à espera que isto um dia tenha compostura e volte aos valores básicos da vida" que Rui Veloso considera terem-se "perdido algures nestes últimos 30 anos de grande confusão e de desrespeito total pelos portugueses". No "caldeirão" nacional de situações que repudia está também uma crítica feroz à busca do sucesso promovida por concursos televisivos: "A música é para todos, mas nem todos são para a música."
A nível da crise nacional e da situação política e económica vivida pelos portugueses, diz: "É natural que os portugueses estejam baralhados e que adotem comportamentos próprios de quem foi cobaia."
O cantor garante que faz uma paragem sem fim à vista e que por agora quer estar com os filhos e os amigos, viajar e arrumar a vida: "É uma procura para voltar às raízes e uma reavaliação - que todos fazemos numa determinada altura de modo a saber o que a vida realmente é."