Sete anos depois,sete meses,sete dias,sete horas,sete minutos,sete segundos,e não consigo encontrar o espaço que separa o nosso amor,e pelo contrário.minha MÃE,cada vez mais se aproxima uma estrela de uma luz tão intensa,tão brilhante,tão protetora do que fomos,do que somos,do que nunca por nunca deixará de ser...
Repito vezes sem conta os teus afetos,e a falta que me fazem,por entre alguns sussurros cruéis que te acusam de uma proteção desmedida,pois quem sabe,amar não é igual para todos,e esta repetição de apelos sejam a diferença que estes nunca conheceram...
Não sei,e nem quero saber,pois é assim que alimento um brilho que um dia me levará para junto de ti,que cumprirá a promessa que em um tempo me ensinaste,enquanto fé inabalável por um fim em que seremos sempre nós a conquistar,e na elevação do que somos,venceremos na vontade eterna de quem nunca nos largou...
O nosso poema,será o sinal que nos guiará ao reencontro tão desejado,e por isso,sempre o soletrarei em cada esquina de vida,para que saibas onde estou,por onde caminho,para onde me dirijo,sem nunca me perder do cordão umbilical que de todo ninguém o dividiu,naquilo que o coração quer,e nós não o sabemos dispensar...
Mãe
Espalhou-se no tempo,
e esvaziou-se no imenso ar...
flutua no vento
e sinto que a estou a tocar!..
Já não a vejo,
nem aqueço essa ilusão,
apenas sei
que a encontro no meu coração!..
Nunca de certo perder te vou,
por doces lembranças que ninguém detém,
este silêncio ninguém mo tira,
e assim perto de ti...
sempre estarei...
Como um manto branco estendido na mente,
tão doce e amargo,
tão frio e tão quente...
Num gelo de sombras fito teus olhos escondidos,
naquele olhar...
que apenas se sente...
Por aqui estás
e por ali andas...
Numa breve brisa que sei de onde vem,
como sempre foi
e sempre será,
o carinho de minha mãe!..
Custcruz
Até já...