123 anos de glória,de serviço e dedicação "à família figueirense",que desfruta das mesmas paisagens,que se cruza todos os dias nas mesmas artérias de uma cidade,de um concelho,mas que por rivalismos bacocos,se divide para além da normal personalização do ser,e se afasta da essência que se manifesta da mesmíssima maneira,e em qualquer parte do mundo,na espontaneidade orgulhosa de se pertencer à Figueira da Foz.
O poder da história,para sempre fará brilhar a coroa da alma Navalista,e nem será por uma menos concentração de olhares,ou de desprezos falsos e imorais,que a quarta Coletividade mais antiga de Portugal,deixará de navegar no trilho dos clubes predestinados para vencer,amontoando assim sombras sobre sombras,sobre os raios de um sol escolhido por e só para alguns,e que por isso nada têm a ver com quem nasceu de entre o Povo,e para o Povo.
A Associação Naval 1º de Maio da Figueira da Foz,não vive mais nem menos do que a normalidade da vida,onde nada nem ninguém se deixa de expor a altos e baixos,e que mais não são do que os desafios entre os picos de amor e devoção,a uma causa que se quer definida e eternizada nessa mesma capacidade de luta.
1º de Maio,é o Dia do Trabalhador,onde nas ruas mais se dispensam fatiotas com gravatas,onde "a gente que é gente",se mistura sem rodeios nem complexos,e assim não terá sido por acaso,que esta data assinala e voltou a assinalar,mais do que um Aniversário,a afirmação prestigiada de um expoente associativo,que por demais orgulha quem gosta de onde nasceu,adotou,ou escolheu...
Em frente Naval !!!
Naval 0 Alcanenense 1,um resultado que não serviu os objetivos de uma equipa que tenta a todo o custo,não descer a degraus competitivos que desmoralizem os propósitos de um clube,que quer dar a volta a um destino que não ajuda a filosofia com que se deve alicerçar uma pirâmide de um todo,onde desde os mais pequeninos aos maiores,se incentive e semeie sonhos que mais enobreçam um clube,e com isso faça a sua parte no fortalecimento do Futebol Português.
Vivo de instintos,e depois de chegar a casa com vontade de por lá ficar,saltei do sofá,coloquei o cascol da Esquadra Verdi,peguei no Fiat Uno,e abalei ao Bento Pessoa,olhei para a bilheteira que estava fechada,e furei pela porta escancarada a quem queria remar para o mesmo lado,daquela equipa,e que sem hipocrisias,me orgulhou pela entrega que durante todo o jogo e perante um adversário que não conhece o sabor amargo da derrota,o voltou a fazer,mas na minha opinião de forma perfeitamente injusta.
Sim,é verdade,o jogo não foi de grande qualidade,mas diga-se,de parte a parte,e se com tanto vento à mistura,a Naval consegui-se gerir da melhor maneira uma primeira parte que levasse um empate que fosse para a segunda,podia com um melhor aproveitamento a favor da circunstancia já referida,e adicionando-lhe o "stress estranho" dos alcanenenses,que mesmo que já tendo a sua manutenção assegurada,tinham no seu treinador um verdadeiro "espalha brasas",contra indicado para os bons níveis de emocionalidade esperados e desejáveis para mais um sucesso que pouco ou nada lhes trouxe em termos de desideratos futuros.
Afirmar que o jogo não viveu de primores técnicos elevados,não é o mesmo que dizer que não ouve aplicação,porque nesse domínio,e no que diz respeito à Naval,a atitude foi visível e capaz,apenas "censurando"eu,e até com algum inconformismo à mistura,que depois de na ultima vez ter visto tanta qualidade na execução das bolas paradas,os atletas figueirenses,não tivessem percebido,que a técnica de marcação deve sofrer ajustes pontuais nas colocações e trajetórias,onde as circunstancias físicas são influenciadas por razões temporais.
E assim,aliado este lapso também a más leituras de jogo e movimentação no ultimo terço ofensivo,menos oportunidades se afiguraram para os tão desejados golos,que estavam mesmo ao alcance dos verde e brancos,mormente na segunda parte,mas que por desconexão de equilíbrios individuais e coletivos,não passaram de ameaços que não apagaram um golo sortelhudo dos Alcanenenses,
João Vasco,foi uma agradável surpresa neste jogo,por tudo o que tentou fazer,e pela tal vontade que foi patenteada também por todos os seus colegas,deu os seus piques de raiva,dando uma profundidade ofensiva à sua equipa,que seria mais previsível de acontecer na segunda parte,mas de certo por razões de ordem física,se "obstruiu" essa probabilidade,tendo sido substituído,perdeu-se esse instinto no lado esquerdo.
O certo é,que a fé continua,e com China a progredir a olhos vistos,e o Sérgio Grilo a deixar no ar,que muito ainda pode dar ao futebol,seja a defesa ou em qualquer outro lugar,e apesar de algumas baixas significativas dos últimos tempos,a Naval,acredito vai conseguir os seus objetivos,mesmo que o astral dos jogadores não ande tão feliz fora das quatro linhas,e só por isso,eles merecem todos elogios no final desta epopeia futebolística.
De todo também me parece justo,e aconteça o que acontecer,enaltecer e elogiar uma Mulher de silêncios,mas de ações decisivas,como acontece com aqueles seres que passam despercebidos,mas não deixam de passar horas em espaços de gestão complicada,e que só os preenche quem tem sentido de responsabilidade e amor ao que faz.
Vera,é o nome,eficiência e dedicação é a postura,e a subtileza que acrescenta ao sonho verde e branco,é a corporização da competência desta grande senhora.
A Naval deve saber reconhecer quem merece,quem passa horas em salas por vezes vazias,atende telefones,preenche oficios,corre a situações de difícil resolução,perde-se cansada nas vicissitudes de missões impossíveis,mas recupera de tudo um pouco,mantendo as linhas que fazem acreditar que no fim tudo vai correr bem...
Parabéns Dª Vera.
Squadra Verdi,os ultras que nasceram para se cruzar,com líderes fortes,e oriundos de famílias de bons princípios,vão com pequenos grandes gestos mobilizando e apoiando quem acham que merece interpretar e ouvir os seus cânticos e incentivos.
Eles não desistem de fazer feliz "os guerreiros do clube",e não tenho dúvidas,que todos os jogadores desta Associação,sócios e simpatizantes,os adoram como a referência de "um batuque" que nunca há-de deixar de soar,porque o Amor à Naval é o estado de alma que nunca abandonam em circunstancia alguma,e querem referenciar e solidificar juntando todos os Navalistas a uma só voz.
Estes não falham,e pelo contrário ultrapassam todas as expetativas para quem tem também as suas vidas para fazer,e outros objetivos para cumprir...
Parabéns Figueira da Foz,
pelo clube que tens
e que tanto te honra...