Estive presente numa das últimas reuniões de Câmara de 2015,como à muito por lá não apareço,estava curioso em assistir aos tipos de abordagem que iriam ser interpretados pelos eleitos,e isto relativamente a certos pontos previstos na ordem de trabalhos,que se têm revelado e à vista dos cidadãos,tão estranhamente adiados numa resolução que defenda o primordial interesse público,e sobretudo na urgência exigível para com a segurança de quem pode ser atingido em alguma situação imprevista no tempo,mas eminente no espaço.
Direi que,é perfeitamente escandalosa a passividade de que se tem feito uso em termos de exigências legais,para com o mamarracho Edifício o Trabalho,onde as quedas de vidros,e de outro tipo de estruturas degradadas,continuam a revelar-se ameaça de monta para quem utiliza as suas artérias circundantes,e ainda por cima numa zona que muitos apelidam de zona nobre,mas que por fruto de estratégias insensíveis à paixão pela Figueira,vem morrendo de forma arrepiante,no sentimento daqueles que por cá nasceram,e são fieis a uma história que lhe direcionasse o engrandecimento constante,e ao longo do tempo.
Estranho para mim,e no debate,foi a resignação dos intervenientes,face àquilo que até pela voz do Presidente da Câmara,Dr.João Ataíde,não pode,nem tem margem de reflexão interpretativa da lei,para executar uma solução evolutiva,e isto,face às apostas no direito legal,por parte do grupo associado ao Banif,proprietário daquele espaço comercial.
Resumindo,e não sei se baralhando,nem a reconhecida habilidade interpretativa do atual presidente da Câmara da Figueira,confere capacidade para desmembrar um processo que simplesmente está bloqueado,ou melhor,parado,e à espera que o proprietário resolva as suas crises,para depois,e sabe-se lá quando e como,possa luzir uma estrela que ilumine um sonho que já foi sonho,se tornou em pesadelo,e agora se tenta reabilitar numa ambição ao qual o mofo não será problema para quem não pesca o Rio Mondego,não se perde com a Praia da Figueira,e pouco se entusiasma com as vistas da Serra da Boa Viagem.
Mas enfim,isso são contas de outro rosário,que com o tempo se destrinçará na revelação da perfeita colonização que estão a fazer desde há muito à nossa terra,e onde figuras que a simbolizavam,não resistiram à força do euro,num trajeto de decadência moral,bem à imagem de uma comunidade Europeia,que caminha para o perfeito colapso social.
Divagando agora um pouco,e em volta de mais umas quantas casualidades de vida,quem sabe se o negócio amigo entre o Banif e o Santander,alarga vistas ao Edifício o Trabalho,onde se um é proprietário falido,e os dois têm interesses nas ruínas da vergonha,e até quem sabe também,incentivados por misturas africanas,já tenham algum projeto solidificado para a ligação entre a frente ribeirinha,e o Bairro Novo,com benefícios para o comercio local,e onde a renovação do Mercado por parte dos espanhóis da S.José ,que em tempos substituiu os seus irmãos da Fadesa,possa luzir mais ainda,enquanto obra de insuspeito valor.
Bom,vamos esperar para ver,pois com uma dinâmica solucionada para aquela zona da Figueira,pode a proprietária do antigo prédio do gelo,que está bem "encostadinho" ao Mercado Eng.Silva,motivar o seu esposo a dar um salto de Angola a Portugal,e acabar com a vergonha em que este edifício também se encontra.