A construção do Mercado Municipal Eng.º Silva Guimarães, entre 1889 e 1892, veio responder às necessidades impostas pelo desenvolvimento portuário, comercial, industrial, e social (com o crescente afluxo de veraneantes), que se fizeram sentir no último quartel do século XIX (BORGES, 1991, p. 8).
Na realidade, esta centúria ficou marcada, na Figueira da Foz, por uma conjuntura de expansão populacional, com fortes reflexos urbanísticos. Um dos mais significativos foi a construção do Bairro Novo de Santa Catarina, que organizou toda uma área da cidade, e cuja iniciativa se deve à Companhia Edificadora Figueirense, fundada em 1861 por Francisco Maria Pereira da Silva, que havia vindo para a Figueira da Foz com o objectivo de desenhar a carta hidrográfica do porto, a fim de se proceder ao assoreamento da barra (GAMBINI, IPPAR/DRC, Processo de Classificação, 2002).
Foi exactamente no aterro criado por este assoreamento que se ergueu o novo mercado, cuja designação é uma homenagem da cidade ao engenheiro responsável por tão importantes obras. O início do processo de construção do mercado teve lugar em 1889: na sessão camarária de 5 de Junho debateu-se a questão e em Agosto já se encontrava disponibilizado o montante para as fundações do edifício (IDEM).
O imóvel foi inaugurado em 24 de Junho de 1892, e a concessão cedida primeiro a Guilherme Mesquita e, logo depois, à Companhia Progresso Figueirense, que a conservou durante 85 anos. Em 1977 a exploração do Mercado passou para a competência da Câmara Municipal.
A sério?