Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Hoje é dia do meu padrinho de baptismo...

Já aqui o referi por mais que uma vez que nunca por nunca me motivou por aí além a curiosidade de tentar saber junto dos meus pais,porque razão o Santo António é meu padrinho de baptizado.
Também é verdade que face às evidências históricas da minha humilde família,e à medida que fui paralelamente crescendo e tomando noção do estrato social a que os meus progenitores pertenciam,não seria de todo  fácil à época "arranjar" um daqueles padrinhos que nos "ajudam" para sempre,e pelos vistos nem "um qualquer" que se desse à pachorra de me apadrinhar nem que fosse por um dia.
Enfim,devota à religião católica como minha mãe o era,e sempre eficiente em todo o tipo dificuldades que a vida lhe colocava na frente,amando-me como sempre o provou durante toda a sua vida,foi fácil,e até de certo conseguiu mentalizar o meu pai de que ficava bem entregue a um padrinho que nunca me aparecesse  para me dar prendas,mas ainda assim seria certamente o melhor protector do seu terceiro filho que surgindo fora de congeminações planeadas,seria acarinhado por uma alma divina que também nunca deixaria um afilhado "pobre"... e em maus lençóis...
Água benta na "cabecita",e sem assinar o registo católico lá fiquei eu com o Santo António como padrinho de baptismo...
Não sei sinceramente se ele está arrependido hoje de o ter permitido,mas com o "feitiozinho"que tenho seguido nesta vida,das duas uma,ou já se esqueceu de mim há muito,ou então passa a vida a lançar "bênção sobre bênção" para que eu vá sobrevivendo a um mundo onde cada mais estou um perfeito inadaptado...
Acredito sinceramente mais na segunda hipótese,pois já sobrevivi a dois atropelamentos quase mortais que me fizeram conhecer duas casas de saúde(Casa de Saúde e Hospital da Misericórdia),já senti ódios que me feriram a alma sem dó nem piedade,mas apesar de tudo,caminho digno e de consciência tranquila,já senti algumas vezes a falsidade empurrar-me para um buraco negro,mas ainda assim saltei do abismo muito antes da sua elaboração pragmática,e muito mais tinha aqui a acrescentar do que podia ter acontecido e não aconteceu,e vejam só, para meu bem...
Se sou feliz na vida?
Claro que sou.
Se gosto do padrinho que tenho?
Há medida que o tempo passa acreditem,cada vez mais.
A minha mãe tinha um "dom" que mo confiou na sua partida deste mundo,o meu pai tinha o "espírito" que o despiu para mim quando resolveu partir em busca da sua amada,eu estou por cá para honrar os seus nomes,e fazer jus a uma enorme felicidade,a de Santo António ser meu padrinho por escolha da acção de Deus.
Hoje é dia de Santo António,e por isso para mim é dia de festa...

Santo António de Lisboa
Santo António ou Antônio de Lisboa, também conhecido como Santo António de Pádua, OFM, de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII. Wikipédia
Nascimento15 de agosto de1195,Lisboa
Falecimento13 de junho de1231,Pádua, Itália