Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mais de 44 mil dias depois,a história continua,(Parte ll).

Vem de longe a história do Mercado da Figueira,vem de longe "algo"que para os Figueirenses é verdadeiramente mais do que só o tempo que perfaz o caminho entre o nascimento de ontem e a sua realidade de hoje,mais de 44 mil dias depois,a história vai continuar,esperando todos nós os que amamos a Figueira da Foz de alma e coração,que nunca por nunca haja a veleidade e o atrevimento  de quem quer que seja,em colocar em causa a essência ou mesmo a efectiva existência de um espaço de eleição nas suas mais genuínas tradições e virtuosismos que o distinguem como uma das já poucas pérolas preciosas que identificam uma cidade,um concelho,e um povo que se apaixonou em respirar a maresia do mar,ou em se deliciar com a dança de um rio que percorre muitos quilómetros para beijar a foz de uma figueira que é o mel do nosso contentamento.
Hoje foi a (Re)inauguração do Mercado Engenheiro Silva,em Dia de Aniversário e ainda que sem os festejos afectivos da circunstância,descerrou-se uma placa comemorativa da intervenção física,e que já aqui a classifiquei em uma outra oportunidade,de muito boa em termos gerais,assim saibam os concessionários adaptarem-se aos seus novos espaços e realidades específicas,e ao mesmo tempo,que do lado dos responsáveis pela obra, haja também a humildade que faça agora colmatar algumas deficiências funcionais,que naturalmente são da sua responsabilidade,e por isso têm a obrigação de com outra sensibilidade as tentarem corrigir para bem de todos.
Chegou depois a altura dos discursos,que a partir da "mesanine"alicerçada em primeiro andar,se espalharam(?) pela instalação sonora do espaço,aludindo as entidades responsáveis a uma satisfação e orgulho em uma obra,que tem o eco credível de todos aqueles que têm visitado o nosso Mercado.
Ainda que os convidados oficiais "estivessem de esguelha" para o povo,que cá em baixo tentava perceber as emoções vindas de cima,lá se foi ouvindo por uma instalação sonora com um som mal distribuído técnicamente pelos cantos da casa,alguns pontos referenciais(como no discurso do Dr.João Ataíde),de alusão à homenagem de uma figura(Engenheiro Silva) como o patrono histórico deste Mercado,e ainda ao significado não só afectivo desta intervenção de fundo,mas também objectivamente às necessidades de natureza estrutural e técnica.
Acho que ouvi isto que aqui reproduzo,sem ter certezas absolutas como gostaria de ter tido,e se tenho esperança de não estar a faltar de todo à verdade,foi porque me refugiei (a espaços) no corredor interior e circundante aos módulos,e onde se ouvia muito melhor.
Depois descerrou-se a placa comemorativa,e ainda o som dos aplausos não tinham findado,já os jornalistas corriam para obter declarações de gente marcante desde sempre no Mercado da Figueira,que motivados pela presença dos Autarcas ali mesmo ao lado,proferiram palavras de verdadeira sinceridade e sentimento profundo,como aliás é apanágio das gentes simples daquele Mercado.
Nos "restos" que sobram do Jardim Municipal,criou-se um repasto para a raia miúda,que se divertiu toda a tarde,deliciando-se com febras e sardinha assada,bem regados por tintos e brancos,e o respectivo acompanhamento musical para um pé de dança a preceito.
Um dia de festa para mais tarde recordar,e que se espera seja também o princípio de uma nova etapa que solidifique para sempre o Mercado Engenheiro Silva,como a verdadeira "Sala de Visitas da Figueira da Foz".

Custódio Cruz