Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 18 de junho de 2013

Mercado da Figueira,entre Deus e o Diabo...

Não,comigo não existem hipocrisias,gosto pouco ou nada de bajular quem quer que seja,e apenas tenho como certo o sentido de justiça que jamais abdicarei por aperfeiçoamentos limitativos da minha consciência.
Se o Dr.João Ataíde terá falhado em ter feito promessas em 2009 que não vai conseguir cumprir até Outubro de 2013,terá esta constatação de ser observada,analisada e justificada sob.dois prismas perfeitamente distintos,e assim,se arriscou em sonhos que a priori seria de difícil concretização,terá revelado audácia na predisposição,mas pouco realismo no conhecimento "dos terrenos" que iria calcar para materializar um mandato o mais perto possível do êxito que catapultasse a sua consciência de dever cumprido..
Depois de confrontado com esse eventual erro de cálculo,teve seguramente de fazer opções que servissem a sua estratégia de brilho,e mais do que tudo,que fossem ao encontro dos interesses de natureza pública.
Falar sobre o seu mandato na generalidade,ainda aqui vou ter muito tempo,assim como de quem se propõe a fazer melhor no futuro,mas hoje só vos trago uma comparação que bem pode ilustrar a preceito o mérito ou não das suas concretizações enquanto líder de uma equipa,por uma obra que possa ter servido a Figueira e os Figueirenses.
Não irá repor o Coreto,mas ao invés concretiza a dita obra de requalificação do Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz,como tal,pode reforçar-se o mérito de que entre um objectivo e o outro,e deparando-se com a particularidade de possíveis intervenções nestes espaços físicos de enorme natureza histórica,e onde estão muito presentes sentimentos do mais profundo valor para os figueirenses,convivendo ainda com um cenário de crise económica na Autarquia,no País e na Europa,mesmo que entre avanços e recuos,hesitações e oscilações,entre pressões e convicções,valeu mais a obra do Mercado do que vinte coretos no actual jardim municipal,e isso, tenho eu como certo nas convicções que me dominam.
Afinal que significado teria a recolocação do Coreto num Jardim Municipal literalmente assassinado na esmagadora das virtudes que lhe davam a fama e o proveito de um recanto tão belo quanto acolhedor da alma de crianças e adultos,que por ali,ora experimentavam as primeiras emoções da vida,ora se caminhavam num silêncio reconfortante,e para um fim que se poderia apresentar quando quisesse.
Depois de muitas histórias que ficam para a história deste novo respirar do Mercado Eng.Silva da Figueira da Foz,entre vencidos e vencedores de "batalhas" que escreveram um livro de emoções que traçassem o destino que pudesse fazer sorrir com a maior expressividade a história,as tradições,as cores e as emoções genuínas que não se querem perdidas nunca na vida da "Sala de Visitas da Figueira da Foz",prefiro afirmar que são muitos os vencedores,desde o menos barulhento ao mais espalhafatoso,do mais ambicioso ao mais comedido,e até do mais errante ao mais assertivo.
O Mercado da Figueira está lindo,está com a mais conseguida presença de caractrísticas que expressam e volto a referir, a sua génese,a sua face,e os trajes de cor e claridade que enchem a alma dos figueirenses e o coração de quem nos visita,entre portugueses e estrangeiros,que assim fidelizam a Figueira da Foz como um destino,e não só como um ponto de passagem.
Quanto a aspectos de índole funcional que contrastam com a generalidade da dita e brilhante face,acredito eu que se lança um desafio de enorme reflexão,ou os engenheiros apesar de não lhes retirar os méritos do que está bem feito,continuam a achar que percebem muito mais do que leram nas Universidades,dando prioridade a estéticas excessivas e que se revelam de mau gosto,recusando-se por essa presunção infantil a fazer uso da humildade no  pisar de terrenos e dar atenção a quem por lá está,e por isso sabe muito melhor do que precisa e como o deseja na mais objectada funcionalidade,ou então,volto eu com as minhas desconfianças,e mesmo com facas distribuídas no lombo,alerto os sobreviventes desta odisseia,que se preparem,pois o último capítulo deste livro sobre a história do Mercado da Figueira,está para breve,e tanto pode ser tenebrosa,como e por acreditarei sempre,será o princípio da queda de um sistema que sobressai no actual panorama social de forma bem negativa e cínica para com os mais desfavorecidos.
Vai uma aposta ?

Custódio Cruz