Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Recomeços...



Nunca o vazio me assustará,
porque é no meio do silêncio que melhor me preencho,
jamais desistirei de sonhar,
porque é do nada que se recomeça...

A imensidão arvora-se entre o tudo e esse nada,
aquele nada que até pode ser muito,
e o tudo que pode ser tão pouco...

É a ilusão que nos pode fazer perder,
é o que somos que nos pode fazer ganhar,
é o que queremos que nos pode surpreender...

Tu aí que de tão simples achas o que te digo,
aceita humildes estas minhas convicções,
e ainda que não te percas por tão pouco,
não excluas o que a partir daqui podes construir...

Não vivas como eu vivo,
mas não me apagues só por querer,
sem ti eu não sou nada,
mas sem mim não chegarias aqui...

Sorri,
se é essa a vontade que te assiste,
pois no vazio me preenchi,
e agora já não estou só...

Obrigado,
por me teres lido até ao fim...

Custódio Cruz

domingo, 21 de dezembro de 2014

Porque a vida é feita de recomeços...


Daqui para a frente,também o Natal nunca deixará de ser o que sempre foi,brilhará o amor para quem o sente em todos os dias do ano,resistirá cintilante a hipocrisia dos que mudam facilmente o ritmo das suas emoções,soltar-se-ão sorrisos onde a tolerância se assume como o gesto mágico que sugere a reflexão,prevalecerá o sonho de que depois de cada volta em torno do sol,o ser humano mais se aproxime de si próprio,e do que precisa para caminhar em conjugação com o seu semelhante.
A fé,alimentará a esperança de que as mãos dadas se somem firmes na intenção de espalhar a Paz no mundo.
A vida,é feita de recomeços,e eu desejo a todos os meus amigos e não só,que em alguma oportunidade façam uso da subtileza do perdão,para ajudar a conquistar a verdadeira essência da mensagem de Natal.

Um bom Natal,
para todos e sem excepção.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Caminhando...




Em silencio te recordo,
caminhando rumo ao horizonte imagino a tua presença a cada canto,
sei que por aqui vagueias,
por aqui nos observas,
mas escondes-te num destino ensombrado pela ausência dos alaridos doces...

Não seria por ti que assim o é,
mas são os sonhos que também assim o determinam,
a tudo nos aproximamos,
menos à força sentida de um abraço que nos faça reconhecer a alma...

Mesmo com asas para voar,
não quero desfazer o laço que se alonga para além da vida,
e ainda que hoje já saiba tudo o que me ensinaste,
continuo a não saber nada do que és capaz,
pois esse é o segredo que um Pai nunca revela...

Como foi bom ter um Pai,
ter alguém que liderou a nossa impetuosidade,
que manuseou  os nossos sentimentos,
que limou os princípios para os fins dos bons entendimentos...

Saudade,
é uma dor que se espalha à nossa volta,
e uma luz que nos espevita para longe do nosso alcance...

Amor, 
é a virgula que nos aproxima de quem queremos,
e o desejo,
 a frase que nos consola para sempre...

Amo-te PAI...

Custódio Cruz

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O Atletismo,a Figueira...e um novo recomeço...



Foram muitos anos a cruzar-me com figuras da nossa terra,e a entrelaçar os seus brilhos dedicados com resultados admiráveis num panorama de ausência de estruturas físicas,e mais do que isso,de total insensibilidade para com uma modalidade enraizada desde sempre na Figueira da Foz.
Nunca percebi porque se passava ao lado de evidências tão claras,e não se valorizava com investimentos mais que justificados a verdadeira paixão pelo Atletismo,onde homens como Fonseca Antunes,"desenhavam" os seus sonhos na Figueira,nos Vais,em Vila Verde,em Santo Amaro da Boiça,e em muitos mais outros "cantos" do nosso concelho.
Passado tanto tempo,discute-se à luz dos graves equívocos estratégicos no desporto figueirense,o porquê de não se ter equacionado a verdadeira concretização de uma pista de atletismo,e mais sei eu,que pela "passerelle" da Avenida 25 de Abril,foram,são, e serão muitos os políticos que diariamente concretizam as suas caminhadas,e que curiosamente sob o meu maior sentimento de espanto,nunca se tenham condoído  com esta figura que agora se vai homenagear,e pior ainda,com os seus atletas,que no lusco fusco da areia do deserto da claridade,e na calçada dos passeios irregulares,se treinavam e treinam para alimentar a enorme vontade de dar argumentos à pureza dos seus legítimos anseios.
Nunca é tarde para se reconhecer,mas foi fatal não corporizar o equilíbrio de sensibilidades como forma de servir as escolhas que em qualquer comunidade nunca se devem subalternizar em favor de outras modalidades,mas pelo contrário,se podem alimentar enquanto caminhos de sonhos possíveis e legítimos para quem nasce muitas vezes com estruturas inatas para galgar,e não pontapear,para lançar, mas não encestar,para correr,e não remar...
Vai ser homenageado um expoente do Atletismo da Figueira,mas acredito que para o professor Fonseca Antunes,o maior premio com que o podem agraciar,será criar-se um ponto de partida para uma reflexão profunda em volta da construção dos pressupostos estruturais,que finalmente dimensionem uma história futura,bem mais segura,e capaz de servir os campeões da vida que se sintam bem a perseguir os sonhos de sapatilhas calçadas.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Nos extremos do mundo...


A vida é bela,
e ao que muito esconde,
só lhe chegam os que a amam na verdadeira acepção da palavra...


Custódio Cruz