Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 29 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira oito,até podiam só faltar 12...



Água Viva - José Alberto Ferreira


A civilização galga no tempo,numa vontade apressada de elevar o mundo para junto do céu,constroem -se novos caminhos,idealizam-se novas estruturas,concretizam-se sonhos com novos elementos feitos de planos para paisagens multifacetadas,e ainda que o espírito da história cada vez mais diluído seja pela ambição do homem,já o encanto da natureza é fiel no desafio de contrastar no modo e na forma que lhe escolherem como destino.
De "canto em canto", se complementam os "recantos" que a Figueira tem,e se os "caçadores de momentos" atentos andam a tudo o que os rodeia,José Alberto Ferreira escolheu como um dos seus referenciais olhares,os espelhos de "Água Viva",que reflectem no rigor  tudo aquilo que lhe dão a observar,com uma mistura de sabores salgados solidificada à muito no "matrimónio" entre o Rio Mondego e o Atlântico "infiel" a um só amor...
Só com uma atitude silenciosa,José Alberto Ferreira soube captar os factos,as incidências,as precipitações,as reacções,as surpresas de um cenário ímpar onde se soltam "brilhos" tão diversos quanto conciliáveis na vontade com que cada alma os queira abordar.
Contagiado por um sol que por aqui não se vê,mas se revela,persegue aqueles "focos de luz" que rasgam sombras opostas à vontade daquela brisa quente e dourada,que se espalha e faz resplandecer ao longe a serra alongada,e ao perto faz cintilar as pequenas pirâmides de uma salina desenhada em encantos mil,desde os armazéns de sal para purificar,aos caminhos marcados por tantas vezes calcados por "rodopios" que em volta definiram rectângulos de vida que dava,e até talvez ainda dê para sustentar...
Por mais que se esconda o "doce sorriso" do pôr do sol,a sua magia é tal,que nos espelhos faz reflectir a ponte dobrada ao fundo de um rio que a "abraça" sem a destroçar,sem a descaractrizar,nem nunca deixar de a preservar, pela imponência presente e marcante no seio do seu próprio encanto.
Por entre cores feitas de verdade,ficaram a baloiçar "ervas vadias" entrelaçadas em silvas protectoras de margens que por ali estão ao Deus dará,numa mescla de um verde vivo,e de um "amarelo encantado",nos trouxe José Alberto Ferreira,a génese dos tons justificativos dos símbolos  da nossa terra.
Brilhante.
Custódio Cruz.

sábado, 28 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira sete,até podiam só faltar 13...




O céu também é Figueira - Jorge Ribeiro

Todo o "berço encantado" aconchega os sonhos de uma mente viva,por ser livre,por quase num todo ou numa parte poder voar nas asas do pensamento,deambulando feliz e contente nos "cantos e recantos" que à Figueira sobram...
Olhando junto ao rio,ou contemplando à beira mar,poderá Jorge Ribeiro ter palmilhado também a sedução de chegar ao céu da Figueira,escalando até ao alto da Serra da Boa Viagem,se deparou com um cenário tão dantestico quanto maravilhoso,por ali se perdeu e achou,e pé ante pé,avançou num equilíbrio tão sedutor e feito de uma luz que só o horizonte o poderá ter ajudado a definir como limite.
"Ao longe",vislumbro de modo imaginário as voltas que há máquina deram,naquela vontade de acompanhar um abrir de braços,erguer a mente,e voar no tal céu que é nosso e de mais ninguém...
Esta foto arrepia caminhos colados a tudo e a todos,sem pára pente mas de pés bem assentes em terra escura,nada obstou,a que o salto se projectá-se num instinto fictício,onde as curvas e contra curvas por entre as nuvens de nevoeiro,se afastaram e aproximavam com uma tal emoção de júbilo,que até agora nos faz erguer a alma e esquecer por momentos tudo o que ficou para trás,numa soberba sensação omnipotente, que só o cansaço físico nos rouba a vontade de continuar.
Sim,Jorge Ribeiro,eu percepciono a sonorização das hélices,identifico também os movimentos de habilidade de corpos contorcidos ao leme de destinos tão emocionantes,eu "agarro" cada "estrela prateada" semeada por entre aquele nevoeiro transparente,que se espalha de forma única e em tons de um cinza sóbrio,por aquele mar sempre navegável pela paixão de quem lhe quiser bem,eu deixo-me levar pelas pequenas ondas cintilantes,que de mansinho nos amparam um medo que se dissipa em "rendas desenhadas" no areal...
Eu é que agradeço,Jorge Ribeiro.
Custódio Cruz

Ainda um dia algum sacana vai escrever um livro à minha custa,enfim,e eu sempre a passar ao lado de uma grande "carreira"...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

E porque um mais um são dois,troque as voltas ao mau tempo...

Com a previsão de mau tempo para o fim de semana,
eu fazia assim,
ia ao Mercado da Figueira e "experimentava"aquele peixinho fresco da nossa costa,
escolhia fruta da época,uns legumes apetitosos,
umas rosquilhas das Alhadas,
umas gambas para o lanche,
antecipava a compra de umas pantufas de pele natural para o frio que há-de vir,
comprava uma capa artesanal para dar à tia,
enfim...se tal não fosse possível de todo...
subia ao primeiro andar da "Sala de Visitas" e desvendava "os segredos" de um evento feito de 20 olhares muito especiais,
e do qual muito se tem falado,
e quem sabe não levando o cesto de compras tão cheio quanto gostaria,
enchia a alma de "bons momentos" que têm feito sair mais gente a sorrir,
do que a entrar,
do ultimo reduto do POVO...
CNC

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A pedido de várias famílias,aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira seis,até podiam só faltar 14...

João Silva - "...Delicada Tranquilidade..."

Por vezes tanto procuramos,procuramos,que o que o que nos acaba por surpreender é aquilo que "apenas" acabamos por encontrar...
Também neste "momento mágico" que continua a brilhar na "Sala de visitas da Figueira da Foz",João Silva,quis revelar o cunho do seu próprio ser,sendo ele muito humilde como ser humano,soltou-se na moral em que precisa sempre de acreditar,e foi mais além na diferença,que o acabou por catapultar para um desafio onde o risco de expressar um grande resultado,vive paredes meias com o reflexo de um espelho quebrado...
Acredito,que tanto depois de "caminhar",encontrou numa "Delicada Tranquilidade" um rochedo que o marcou pela solidão maravilhosa do seu posicionamento e recorte,e ao qual eu lhe vejo uma notoriedade "figurada",em como assim também o imagino"vivo" na postura,atento nos sentidos ,e audaz na defesa de um território de todos nós...
Vejam bem,"ele" lá está fixando os "olhos no mar",passando a pente fino movimentos que possam ser "inconvenientes" àquela paz de espírito que o João encontrou sobre a perfeição macia de areia lisa,escolhida numa essência distinta,onde outros géneros de pedras ou conchas não têm sentido nem cabimento.
O João,então entusiasmou-se,deu-lhe umas "pinceladas"de audácia,traduzidas nas cores destinadas aos sonhos de ver a vida ainda melhor do que aquilo que ele já é,enquadrando criatividade ao seu trabalho,sem descaractrizar os elementos cruciais da paisagem.
Quando vi esta foto pela primeira vez,logo fiquei vidrado na sua estrutura peculiar,percebi que em fotografia não ir mais além do que só a realidade "das coisas",é fixar limites padronizados  e assim não a deixar evoluir no "sabor" daquilo que pode estar dentro da alma de cada um.
Não há aqui,na minha óptica e gosto, grandes habilidades que pelo exagero pudesse "espartilhar" o espelho de alto a baixo,mas isso sim,o reflexo de uma alma que facilmente se deixou absorver por aquele céu negro de expectativas debeladas num horizonte liberto,quente e sonhador...
Esta foto de João Silva,é um momento alto desta exposição de olhares quase escolhidos a dedo,e que para quem por ali "passe",se insinua num "piscar de talento" que nos prende na vontade de a poder em outra ocasião "olhar" de novo,e por isso mesmo,porque esta tem sempre muito para dar no pouco "que parece" que por ali anda...
Parabéns João Silva.
CNC

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pronto,agora escrevam vocês...visitando no Mercado da Figueira,20 Autores,20 Olhares sobre a nossa terra...



Por trás de cada foto, um rosto, um autor, a mesma paixão pela fotografia e pela Figueira da Foz.


Alguns segredos da Figueira,

desvendados no Mercado da nossa terra...


Bianca Nerlich, Celso Silva, Cíntia Sofia, Filipe Brás, Jaime Albarino, João Silva, Jorge Ribeiro, José Alberto Ferreira, Luís Cavaleiro, Luís Pessoa, Nestor Santos, Miguel Madureira, Paulo Madureira, Pedro Cruz, Pedro Martins, Rui Paulo Gonçalves, Rui Santos, Sérgio Vieira, Susana Cardoso e Susana Monteiro.

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira cinco,até podiam só faltar 15...

"...Marina ao Luar...", de Jaime Albarino

Este é um retiro espacial que bem conheço,que por vezes preencho pelo instinto com que o meu senso emocional me impulsiona necessidades da busca de"estruturas simples",mas tão capazes de em dados momentos suprimirem lacunas momentâneas provocadas pelas incidências de uma vida que nem sempre as reestabelece por si mesmo...
Por aqui,pisou Jaime Albarino um tal terreno de emoções que não me são estranhas,e ainda que cada ser seja o seu próprio ser,não creio que no acto da captação desta foto,houvesse significativo propósito dos preciosismos de índole técnica tomarem conta das revelações constantes naquele "disciplinado"quadro de brilhos ao luar...
Jaime Albarino,escolhe um ângulo de rigor que nos pode conceder o espalhar da alma,tirar partido sensorial das cores,dos tons,da luz,ou dos movimentos simétricos desenhados pelas presenças físicas inerentes a um qualquer "porto de abrigo",deixando-nos mesmo o desejo de soltar as amarras da reflexão,e perceber logo à partida o quanto por um rio tanto salientar de dia a riqueza da vida,há noite precise paradoxalmente que "a vida" lhe faça o mesmo...
Os seus "cuidados" centram-se particularmente na profundidade cintilante daqueles reflexos de luz alongada e mergulhados numa água fria,escura,mas resplandecente,ainda que perdidos num infinito.
O seus anseios,dominam a vontade de que esta "revelação" possa ser mais ainda do que aquilo que já se conhece,e que fique de bem consigo mesmo,porque o conseguiu com o mérito da sua sensibilidade genuína...
cnc
                                                Querem uma sugestão sincera!
Se não percebem nada do que digo,
também não tem nada que saber,
até ao dia 20 de Outubro dê um saltinho ao Mercado da Figueira,
 e veja,sinta e aprecie por si mesmo...
Quem sabe o que aqui leu até se manifeste alguma coisa de "geito"... 
Quem sabe!

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira quatro,só já faltam 16...

A imagem do lado de cá da foto...



O mundo constroi-se  dia após dia,aperfeiçoando-se no bem ou sendo destruido pela mão do homem,a natureza responde-lhe na mesma medida,intensidade,e num fulgor idêntico quanto aquele que depois se reflecte em nós nas expressões da face.
"Ondas de Areia" de Filipe Brás,trás "à tela" mais do que o facto natural de uma tempestade feita de um manto fino,que galga também mais do que um paredão oposto à sua vontade,e cria no ar a balburdia que cega um destino reproduzido nas pedras frias e lascadas pelo tempo.
Esta alma tempestuosa da vida, fez aparição ameaçadora algures nesta terra de mar inconstante,não sendo estranha há raiz que a criou,surpreende por uma agressividade pautada por contornos tão ameaçadores,que creio só "os verdadeiros homens do Mar" nos possam desmistificar no rigor da razão que a fez brotar...
Filipe Brás,"sacou" tudo o que havia para "sacar",deixou-se emaranhar por entre um vento desafiador de equilíbrios sãos,e partiu em busca da captação de uma"guerra" gerada e disputada em solo apropriado à sedução traidora,para com quem se atreve a cobiçar-lhe o encanto,e a deliciar-se com as suas incidências...
Sim,eu sei,que até não foi tanto assim(coisa de "putos" irreverentes),mas outros também já o disseram e sucumbiram ás mais estranhas e simplórias das casualidades...
O certo é, que valeu a pena,foi profundo de ver e sentir  bem lá ao longe entre o "nevoeiro" o farol como que perdido mas firme na missão para o qual foi criado,e arrepiante mas compensador deixar-se invadir por aquele cenário tenebroso de mar revolto e sonorizado em trambolhões vários,perceber o quanto a espuma branca marca o final de uma investida,mas não dá tempo ao descanso capaz...
Por entre aquele vento denso e feito de farpas que cravam sem dó nem piedade,ainda se "fez luz" a brechas na pedra moldada pela cobiça do homem em chegar mais além,as cores cinzas que ofuscam os projectados caminhos,indiciam finais de ganhos e perdas com compensações por certificar...
O fruto das pressões e depressões desta vida,está aqui bem espelhado na expressão fiel a uma mensagem tão concretizada pela normalidade das contradições do tempo,como se calhar chegando mais além,num aviso "zangado" daquilo que muitos teimam "em mascarar" com a circunstância convencional...
Gostei Filipe Brás,é que gostei mesmo da sua foto...

CNC

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira três,só já faltam 17...

Mais uma escapadela ao primeiro andar da "Sala de visitas da Figueira da Foz",entre o ir e o chegar,medi os passos no entusiasmo de voltar a ter o prazer de olhar os olhares dos outros,de saciar curiosidades só identificáveis muito depois de lá chegar,porque é lá que estão "as descrições dos momentos",é lá que recuamos a par com o autor nas emoções passadas, e que só depois serão interpretadas à nossa maneira, numa liberdade própria,e que nos pertence por direito,e se ainda cada um tem a sua própria sensibilidade e valoração "das coisas",mal está em quem expõe,se não se identifica mesmo em nada com aquilo que resulta do olhar de quem quis saber,nem mesmo até na surpresa,que afinal de contas por isso mesmo foi "algo" que lhe escapou,e nem agora o consegue ou tem humildade para viver...
"Pá grave"...
a vida é feita dessas contradições,
e é por isso que esta "tem muita graça"...

Acelerando o ritmo como em um motor endiabrado,é absoluta a verdade e convicção de que em outros tempos a "velocidade da máquina" seria de certo menor do que a de agora,mas a "impressionante" realidade temporal de cada momento,marca a subjectividade da qualidade de vida vivida por cada ser no seu próprio tempo.
"Figueira no passado e Futuro",a Torre do Relógio ainda lá continua,o horizonte permanece rectilíneo e delimitando a capacidade de sonho com que cada um se pode aventurar,o "deserto da claridade" espreita triste e cabisbaixo na sua imensidão perdida de um areal sem fim,a evolução dá-nos uma cabine telefónica para comunicar,e apenas isso, aquele "coração gelado" esconde a vergonha de quem não acautela o bem de todos,o posto de correios oferece os selos de uma "solidão ainda mais fria no tu cá tu lá"...
Bem,podia ser pior...
Duas máquinas,duas realidades distintas,a mesma marca com linhas a identificar o seu próprio tempo,juntar ou ter a oportunidade de as ver juntas,foi com toda a certeza o "click" que fez disparar o olhar de Cintia Sofia,o título que lhe deu,antevê tanto de crítico como de promissor,deixa no ar o incentivo das razões que possam recordar o passado e desenhar o futuro,mas pergunto eu : 
Caminhando para melhor?
Pois que assim seja,como "o principal brilho" foi a presença dos dois irmãos,o muito que sobra fica à consideração de quem o queira reflectir...
Na verdade,Cintia,nem sei se tenha saudade,ou se me entusiasme pelo futuro,não sei se quero voar nos sonhos da adrenalina,ou aproveitar um ritmo com pausas mais pensadas,eles são os dois amarelos,mas marcam o tempo a que pertencem,e mais do que tudo completam-se na sequência da história que os criou.
Por mim,aqui fica uma reflexão que,não sei bem se foi a que a Cintia me propôs...
O certo,é que "quase" sempre um "caçador de momentos" não deixava de captar a oportunidade que agora nos trouxe,Parabéns Cintia Sofia...


CNC

domingo, 22 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira dois,só já faltam 18...



Celso Silva,trás-nos um quadro de vida onde a "Esperança" se reproduz em tudo o que lhe quisermos observar,no salto de tela em tela,também o desafio das emoções se alteram enquanto o nosso estado de espírito de momento,e neste caso,sente-se naquele retiro dourado o "canto" que tantos precisavam para os momentos que também tanto os poderiam ajudar a pensar em "um novo recomeço"...
Acredito,e tenho a certeza,que nunca tudo o que se trilha na vida são erros de palmatória,não podem ser,mas quando estes aparecem como determinantes no baixo astral das nossas emoções,são aqueles raios de sol penetrantes da alma,que rasgam caminhos onde os novos anseios não se deixam obstruir por nuvens tão densas,negras e ameaçadoras,e até mesmo que desenhadas e marcadas no "nosso rio".
Sentado por ali estaria quem quer que fosse,de certo contemplando aquele fluxo de água dançando em pequenas ondas e embalado por um "silêncio dourado",entregando-se aos sons subtis e motivantes de um desejo de paz,que fosse um novo ponto de partida para um regresso "a casa" mais calmo e convicto.
Ao longe,pisca e sonoriza o farol das orientações para os "navegantes desta vida",entre o caminho em que os olhos se aventuram,encontram-se as margens negras a contornar limites para uma ilusão feita de gente tão diferente,mas com as quais se terá que saber viver,e aí,encontrar o novo ânimo para nunca se desistir,para se continuar a sonhar,pois se foi aquele sol que assim o quis,não poderá vencer a escuridão  daquelas ameaças veladas e ilustradas para uma mente escura.
O que é de Celso Silva,a Celso Silva seja devolvido,na certeza porém de que uma imagem pode levar-nos a mil caminhos diferentes,por mim,encontro-lhe o "ouro de luz" que me cativou no que acabei de escrever,pelo autor,no mínimo espero que nem ele,nem os outros me levem a mal a "apropriação pontual" das suas captações para me sentir bem com aquilo que de mais importante lhe encontro.
Eu sou um leigo nesta "arte da captação de imagens",e assim sendo,afinal em cada coisa que escrevo,só aceito o desafio que me foi proposto enquanto observador atento,traduzindo as minhas emoções mais genuínas,na "Esperança" de também aqui eu poder ser feliz...
Obrigado Celso Silva.


CNC

sábado, 21 de setembro de 2013

Aqui eu sou feliz, e quem de 20 tira um,só já faltam 19...

Inicio hoje o "passeio",
e até gostei de voltar a fazer amigos depois de ter decidido que na vida já me chegavam os que tinha,
por isso vou acalmar e deliciar a alma em cada canto que me propuserem conhecer enquanto perspectivas oriundas dos seus próprios sentimentos,
dos seus atrevimentos,
das suas convicções feitas daquilo que os impulsionou num dado momento,
em uma dada libertação de vontades que cativou uma sobreposição a outros recantos do mundo,
pelo seu mundo,
pelo nosso mundo,
e muito mais por  aquele "cantinho" tão belo e cintilante pelo qual se inspirou o nome sob a sombra refrescante de uma figueira...
Cercado pelo abraço entre o rio e o mar,
e emaranhado em uma maresia que nos espevita a mente e "toca" o coração,
que nos ergue de peito bem aberto até ao alto da serra,
e nos motiva para um pujante grito de uma tal felicidade,
só mesmo descrito naquilo que o leitor possa estar agora a sentir,
e com toda a certeza já preserva desde há muito...
CNC


Sim,Bianca Nerlich,gostei muito das "Estrelas sobre a Figueira",é nas marcantes simbologias que se conta a história de um povo,e foi procurando no seu silêncio que percebi o quanto aquele moinho abandonado pelo tempo,pode conhecer ventos de realidades de vida que fizeram avançar "os contos e ditos" de como se sobreviveu entre o suor das canseiras e os sorrisos dos tributos.
Sabe,gostei de me encostar àquela madeira de outro tempo,sentir as sombras refrescantes e fitar aquele encanto ainda que envelhecido,ligar o enquadramento das velas sobre os campos libertos como que na procura de um horizonte imaginário,sentir o ranger do que resta,e esperar que não deixem acabar o que falta...
A sua captação parece-me que não objectou só a casualidade do objecto,mas enquadrou-se  isso sim,na curiosidade de um passado que nunca morre de todo,pois aquelas rodas perseguidoras do vento,ainda não desistiram de explicar porque eram fieis nos movimentos articulados com as velas de pano,que em "asas" fixas num bico de segurança,davam azo a um movimento triturador onde o gamelo pudesse soltar o milho,e amontoar a farinha branca.
Se outras estrelas há na sua proposta,só se for também no reforço do sentido crítico pelo abandono daquela mesa e bancos de madeira que poderiam hoje funcionar melhor para um bom piquenique,ou então,o brilho sempre presente daqueles pinheiros mansos que continuam com a verde esperança de que alguém olhe pela paisagem de que fazem parte,e onde o moinho é figura de proa.
Sabe Bianca,se o objectivo foi criticar o estado de coisas e invocar a história,então o título por tanto de subjectivo até pode ter sido bem conseguido,até porque penso e como já fiz referência,que a foto tem um contexto bom de mais para não se complementar em ambos os propósitos,e se esse foi o seu lema,parabéns Bianca Nerlich...
Ups...as estrelas brilham no céu...e com a subtileza dos seus encantos iluminam a foto no seu todo...
CNC

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Alguns segredos da Figueira,desvendados no Mercado da nossa terra...

Parece fácil  mas não é,
mesmo quando se gosta "o trunfo" não é maior,
logo nascem as primeiras perspectivas,
argumentam-se os primeiros passos e caminha-se em direcção ao desejo.
Cada um pensa saber do que é capaz,
mas não deixa de ter presente que tem ali o desafio de uma única escolha para uma só "nascente de emoções"...
O certo acredito eu,
é que cada um também não exclui a verdade pura de um qualquer tipo de exposição social,
sabe que é colocado à prova,
mas facilmente se liberta de desmesuradas expectativas, 
e tudo isso,
 pelo amor a uma arte que o transporta para muito mais longe do que  a vontade de apenas e só vencer o que quer que seja...
Eles estiveram lá,
dando com as suas presenças mais brilho ainda a um enorme "foco de luz" que hoje iluminou o Mercado e a Figueira da Foz...
Estão todos de parabéns,
os elogios foram mais que muitos,
e agora aquele perfume feito de maresia pura vai continuar um mês a fio para contentamento de quem ama verdadeiramente a nossa terra...
Obrigado "mágicos do nosso tempo"...

Foi um verdadeiro curropio de gente anónima e não só, aquela que ocorreu à inauguração deste valoroso e marcante evento.
Cá de baixo,voltaram-se a centrar atenções na mesanine circundante do novo Mercado da Figueira,havia curiosidades múltiplas em redor de toda aquela acção que misturava passadas frenéticas com ajuntamentos socializantes,que hipnotizava almas de espanto e as agarrava com a força do talento,da inspiração e da alma irreverente dos seres que marcam a subtil presença naquilo que fazem,e por isso,até nem precisam necessariamente de estar por perto.
Muitas figuras conhecidas,e outras nem tanto,afinal o espírito de um Mercado Tradicional na verdadeira acepção da palavra,uma manhã e uma tarde para não esquecer e se repetir nos próximos trinta dias,na certeza porém,de que quem se decidir por "galgar" a escada de acesso,fará uma viagem à dimensão para o qual se propuser,assim saiba "parar" por momentos e tentar captar as mensagens que cada belíssima tela de fotografia nos pode provocar no arrepio da nossa capacidade emocional.
Aqui todos podem ser felizes,assim saibam sorrir para a vida como estes 20 olhares nos estão a sugerir como filosofia para além daquilo que é menos bom...

Expressões
Foi aquilo que menos faltou,que o diga o Dr.Ataíde quando se deparou com a foto do Pedro Agostinho da Cruz,onde um tal Miguel Adão,efectua pirueta acrobática no desafio que travou com uma onda por excelência,e que lhe deu tudo para se arrepiar a si mesmo e distribuir por todos o capricho da sua imaginação,num devaneio tão audaz,quanto de uma enorme pureza artística.
Para o Mauro Correia, foi um serrar de dentes,talvez pensando que para aquilo não esperem contar com ele,já para o Presidente da Câmara foi sentir alguma identificação com uma paixão que o seduz desde há muito,mas muito longe de concretizações com aquele grau de desequilíbrios audaciosos.
Para o Pedro Cruz,foi esperar para ver,e depois captar aquilo que ele já antevia possível num "ganda maluco"...
Afinal uma expressão pode dizer tanto,não pode?

Arriscado,
digo-vos também eu que é sonhar,
olhar para um espaço e projectar um palco de exposição do que quer que seja,
é preciso ter ideias sempre a fervilhar,
idealizando o possível e o impossível para só depois os destrinçar...
Assim como que sonhando por alto, 
para por mais que caiam as expectativas a queda nem se faça sentir...
Para isso, 
existem seres de uma dinâmica inata,
capazes de sorrir para o que querem,
e não se entristecerem de todo com o que não conseguem,
os ponteiros do relógio avançam, 
mas eles já lá estão na frente para o que der e vier...
No fim,
tudo se concretiza sem mácula possível,
pois a dedicação e o entusiasmo de alguém que se entrega na paixão de uma causa,
deve sempre ser agradecido sem pretensões comparáveis...
Parabéns Mauro Correia.
CNC

Hoje todos os caminhos vão dar ao Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz.



Por trás de cada foto, um rosto, um autor, a mesma paixão pela fotografia e pela Figueira da Foz.



Todos e cada um deles à sua espera, hoje dia 20 de Setembro às 10:30, no Mercado Municipal.

Bianca Nerlich, Celso Silva, Cíntia Sofia, Filipe Brás, Jaime Albarino, João Silva, Jorge Ribeiro, José Alberto Ferreira, Luís Cavaleiro, Luís Pessoa, Nestor Santos, Miguel Madureira, Paulo Madureira, Pedro Cruz, Pedro Martins, Rui Paulo Gonçalves, Rui Santos, Sérgio Vieira, Susana Cardoso e Susana Monteiro.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bob Marley e Mitchell Brunings,próximos na alma e colados no sentimento...



As emoções nunca se repetem na plenitude de um sentimento único,mas podem ser de tal modo compreendidas e sentidas por um semelhante que desencadeiam aproximações no rigor de uma expressão tão identificativa que "quase assusta" o comum dos mortais.
Quando tal se nos depara enquanto choque de perfeito espanto,não há que ficar conformado ou ter receio de enfrentar ilusões onde até parece que o sobrenatural se assume finalmente no contexto de vida a que pertencemos,de facto e quando isso acontece,o melhor mesmo é que se deixe que o regresso ao passado comece por tomar conta de nós,que se compare e avance até na perspectiva projectada de uma qualquer reencarnação de alma por nunca esquecida,ainda que seja de todo prudente não se deixar logo cativar por cultos de explicação complexa, e expondo-se isso sim,à racionalidade dos factos e dos sentimentos subjacentes,mesmo que vagueando de forma momentânea em aquilo que são idênticas aproximações a "algo" que nos deixa confusos,mas incrivelmente felizes ao mesmo tempo. 
Bob Marley,foi Bob Marley,Mitchell Brunings,é Mitchell Brunings,e por isso de certeza que algo se vai encontrar nas diferenças que também por isso mesmo os aproximam na alma,mas ainda assim,os colam preferencialmente na sincronia da mente,sem que para isso até se tenha que forçosamente classificar o melhor e o pior,aceitando com naturalidade e em primeiro lugar a sequência de "brilhos" que a vida humana sempre nos reservará na procura das explicações e pontos de vista que podem aproximar uns,e afastar outros.
Aqui,temos esse exemplo claro,de uma semelhança de talento construído no óbvio,e aconchegado pelo inegável,num encanto que assemelha as palavras,os sons,os gestos e as filosofias,e mais do que isso espelha o "face to face" de dois seres humanos irmanados em ideais similares,mas muito mais ainda  "tocados" por um intimo de emoções soltas e capazes de expressar o verdadeiro sentimento da Liberdade de um ser...

Custódio Cruz

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Passado com a bola aos saltos...




Salamanca,o segredo para um época inteira...

(Uma foto e meia dúzia de letras saudosas lançadas numa liberdade total)


Um grupo de bons amigos,parece que foi ontem,o portão bem ao fundo,aqui contornávamos o Colégio e entrávamos numa porta lateral...
Depois a escada,chegávamos a um "ale"onde estavam sofás,logo ali uma porta,o corredor,e os quartos...
Conversas e mais conversas de fim de tarde e princípio de noite para aproximar personalidades,objectando "construir"o companheirismo para uma época no seu pleno início.
Sinal para jantar,toca a descer as escadas,saciar a fome,mais um bom momento de descontracção e aproximação entre todos,depois era de novo galgar a escada,fazer sala no tal "ale mágico" durante um bom e largo tempo...
A noite caía e surgia a ordem de recolher aos quartos,o treinador dava a volta de quarto em quarto "semeando" o descanso progressivo, disciplinado,mas tranquilo e sem pressões obsecadas... 
Depois ainda,e com as emoções ao rubro em diversão preliminar para a última etapa do dia,continuavam os artistas da bola com alguns "piropos provocatórios" entre si,ainda que o cansaço os fizesse render..
A pouco e pouco a espalhava-se o silêncio para "descanso dos guerreiros",ainda que aqui e ali teimasse a demorar mais uns breves segundos,enfim,por uma gargalhada atrevida ou de circunstancia silenciosa,próprio de quem sentia aqueles momentos de forma tão especial e única que se calhar até tinha medo que o tempo corre-se muito rápido nestes dias sob.terras de Espanha...
Bom,mas depois,bem depois o silencio ganhava terreno e colocava os sonhos no "campo de jogo",eu abria a porta do meu quarto e sentia que os "vadios" já por ali não estavam,tinham partido à procura da "antecipação" de uma felicidade muito desejada...
Eu logo de seguida sentia a ordem para fechar os olhos,iluminava a mente sem contar e a pensar como poderia colocar "os meus amigos" felizes ao outro dia,o tal dia do verdadeiro jogo.
Nem vou corrigir este texto,vou deixá-lo assim,como nasceu quando olho para fotos como esta,sem rodeios artificias e sentindo-as através do coração,e também daquilo que foi a minha filosofia para vos querer sempre bem a todos sem excepção,e sentir da mesma forma como agora vocês sentem a nostalgia desta viagem que nos abria portas para o nascimento de uma verdadeira família para a vida... 
Desde 1982 até dizer adeus à Naval,uma história repetida em muita coisa, diferente nos protagonistas,mas muito igual na essência com que foi criada esta oportunidade única...
CNC

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sem nunca desistir...

Canjala da vitória..

O cerco continua,
mas o encanto pela verdade cresce forte e em direcção ao céu,
cortam-lhe os braços,
atrofiam-lhe os sentimentos,
mas a alma fortalece pura e capaz de segurar os mais almejados desejos...
À sua volta,
 já pouco ou nada sustenta a razão do ser,
e apenas se olha no espanto daquilo que estão a ver...
Eleva-se o sonho para além do sol,
florescem as pontas protegidas na vontade de vencer,
desbravam-se horizontes nunca antes caminhados,
liberta-se a seiva da vitória aos olhos de quem a queira perceber...
Bem no alto,
a luz contrasta com a cor,
e espalha de novo a áurea da vida,
de tudo o que esteve ganho e se perdeu,
emerge doce e de novo o sorriso da vitória...

Custódio Cruz 
21h30m
11/09/2013

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

20 autores,20 olhares e tantos outros para os interpretar,e não só mas também...


Entre 20 de Setembro e 20 de Outubro de 2013,têm os figueirenses e os "fiéis" ao Mercado da Figueira a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre esta terra de encantos mil,onde a sua beleza natural se expõe a quem a queira tocar,compreender,e sobretudo sentir enquanto um admirável retiro da alma.
Por aqui tentarão 20 olhares dar-nos a conhecer o quanto tantas vezes são confrontados com a solidão quase consumada de "um céu" com rio,mar e serra,mas ainda assim com também tanto por tão esquecido,e sobretudo desvalorizado por "gente desatenta" que se aconchega a um "sol" que os ilumine sem o esforço dos providenciais olhares à sua volta.
Estes 20 "mágicos da vida",que uns penso conhecer,outros nem tanto,e ainda sobre os outros apenas arrisco em os definir pelo que nos apresentam,vão também e de certo transportar-nos para as novidades de como com os seus encontros repetidos com momentos inevitavelmente presenciais,se podem sempre ver de uma forma diferente,se assim o quisermos,nos atrevermos,e mesmo o objectarmos na procura do encontro único.
Confesso,estou expectante,ansioso e entusiasmado,por tão perto do meu mundo poder na companhia do som dos meus passos e da luz do meu silêncio,dar liberdade aos meus olhos,deparando com a mensagem proposta ou mesmo apenas exposta,e caminhando ao encontro daquilo que sempre define a personalização dos "caçadores" dos momentos da vida.
Para mim,ainda farei sobrar por legítimo direito,a procura de muito mais do que aquilo que me queiram mostrar,sendo que não nego essa viciante pretensão na forma como sempre gosto de abraçar a "tela da captação",pois ainda que não sejam minhas,também me podem pertencer.
Sim,é isso,mesmo que não o diga a ninguém...
Dependendo...

No "Mercado da Figueira",entre 20 de Setembro e 20 de Outubro de 2013.

Esperamos por si...

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Porque gosto de dizer o que sinto,o que vejo e o que sei...


As regras de uma verdadeira família bem espelhada nesta foto,
três faces numa só,
sem que nenhuma se imponha a quem quer que seja,
a felicidade bem visível e misturada com um orgulho tão simples quanto Deus ensinou ao mundo,
um destino feito de uma prática fácil e traduzida na junção de uma palavra apenas com quatro letras.
Procurem outros essa palavra, 
e a vida de certo lhes sorrirá como ao meu ex.pupilo CNC. 

Grande Abraço PALHINHAS(Ex.Naval)