Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 30 de março de 2015

Pertinente,diga-se em abono da verdade...


Vereadores do PSD apelam a posição intransigente em relação ao Edifício O Trabalho
Na última reunião de Câmara, a vereadora Ana Catarina Oliveira questionou o executivo relativamente às diligências que tem feito junto da seguradora Açoreana, proprietária do Edifício O Trabalho, visto que o imóvel apresenta um avançado estado de degradação, graves deficiências estéticas e amiúde levanta problemas de segurança.
O vereador Miguel Almeida reforçou que a Câmara deve esgotar todas as possibilidades legais para dar uma boa e rápida resolução ao processo, visto que o mesmo se arrasta há demasiados anos. 



Contudo, o vereador defendeu que o executivo, caso não seja bem sucedido, não pode inibir-se de comunicar aos figueirenses aquilo que impede o edifício de ser demolido ou definitivamente requalificado.








Sim,digam lá porque motivo o edifício não é 
demolido ou requalificado.
Afinal,é só abrir a boca,falar de consciência tranquila...e mencionar as razões.
E depois,
se por exemplo foi assinalável uma atitude intransigente para com os proprietários que um pouco por toda a cidade tinham os seus edifícios nestas condições,e hoje os têm recuperados para bem da segurança pública e da estética da cidade,porque uma regra não é acatada do mesmo modo,e pelos restantes?
É que pior do que isso,
"solta-se no ar" uma preocupante ideia de que não existe autoridade autárquica,e que possivelmente outros valores se levantam no meio deste imbróglio. 
E já agora,
ora digam lá,porque o prédio do antigo armazém do gelo do Mercado da Figueira ,está a nas mesmíssimas condições deploráveis,e como que numa sincronia Batistiana,ninguém lhe pega para bem dos objetivos aqui aflorados.
É que segundo se diz,
e haja mesmo quem já tenha a certeza,não será preciso andar muito entre o Gabinete de Urbanismo da Câmara,e um local onde se possa encontrar o dono ou a dona do imóvel.
Enfim,
é que fica mesmo muito perto...

Vá lá,
esclarecer não custa,
o que se calhar custa,
é escolher quem o faça...

sábado, 28 de março de 2015

Penso eu de que...

Na madrugada de hoje,os ponteiros do relógio apressam-se em direção ao sol,depois do mergulho no escuro,insinua-se a vontade de desfrutar na liberdade de escolher entre a hora que nos pede o descanso,e a que nos faz espevitar para um novo dia.Enfim,um pensamento polémico,mas por um estado de alma mais consentâneo com o desafio da vida,onde a artificialidade intelectual não opte só pela frieza dos números,mas preferencialmente respeite a naturalidade das "coisas"...

sexta-feira, 27 de março de 2015

A morte lenta do Jardim Municipal...



Depois do coreto,do lago dos patos,dos peixes multicolores,da biblioteca infantil,da preguiça,do Dr.Santos Rocha,dos aparelhos de diversão próprios para crianças,dos arbustos cuidados que o circundavam,do chafariz higiénico e inimigo da sede,das sombras contrastantes aos raios solares,da diversidade de plantas que mais do que tudo coloriam a alma de cada um,e ainda de muitos mais outros elementos brilhantes e presentes em cada canto do "jardim dos sonhos",chegou a hora,e assim como que por culpa de uma qualquer moléstia de escravelho,que por acaso até nunca por ali "pegou"ao longo das dezenas que perfaziam a idade daquelas palmeiras há dias abatidas e retalhadas aos bocados, para tristeza de quem ali foi feliz,e cada vez mais vê num só canto um amontoado de casualidades que escurecem os sonhos,e iluminam ambições de quem não sente,nem nada tem a ver com a Figueira da Foz ...


Sinceramente,pelos andamentos sequenciais que vão marcando aquele "retângulo de jogo" ,qualquer dia ainda alguém se lembra de ali construir um "majestoso"parque de estacionamento,ou não,quem sabe,pois este é apenas um palpite...


E já agora,quando é que o edifício "O Trabalho" vai a abaixo?

Só espero que não caia em cima do Mercado da Figueira,se não "dass um grande prejuízo",e temos que depois do investimento público último,cometer a salvação do espaço...entregando-o a algum privado...

DASS !!
Espero que não...

sábado, 21 de março de 2015

"AS SOMBRAS"... E O FUTEBOL...


Não foram "as sombras" que me fascinaram no sonho,
antes pelo contrário,
foram os coriscos emanados de uma bola redonda que me conquistaram o coração.
Mas a vida tem destas contradições,
pois enquanto "essas sombras" nos tentam adormecer a alma,
a luz que nos deslumbrou no fascínio do voo,
presenteia-nos com contornos  tão silenciosos e nostálgicos,
que sem contarmos,
se insinuam fieis os sons estridentes das ilusões conquistadas.
Tanto faz o arrepio daquele remate estrondoso que colocou em ebulição um estádio inteiro,
como o passe geométrico que acertou simetrias nos caminhos da vitória...
Tanto interessa relembrar aquele pique que bateu ansiosos recordes na procura do golo,
como a enorme defesa que levantou uma plateia no impulso inspirativo de um jogo,
que ou se ama,
porque se conhece,
ou se adora,
pelo que trás de novo...
Nunca por nunca,
acredito que "as sombras" possam matar o futebol,
porque o brilho da paixão é eterno,
e em ultima instancia,
prevalecerá o seu instinto,
com a bola de novo a saltar livre nas "ruas do povo",
e a sua verdeira essência a espalhar-se numa magia que não se compra,
não se vende,
mas apenas se desfruta com o improviso que o viu nascer...


Custcruz

quarta-feira, 18 de março de 2015

Um legado de luz...




Certificação...

E quando assim for,
são os que ficam que questionarão quem foste,
a um dia dobrar-se-há outro,
e a outro mais poderá brilhar o silêncio de quem não passou por passar...
A vida continuará rumo a um vazio onde nunca te reencontrará,
mas as memórias vivas libertar-te-ão no complemento da alma,
o desejo tomará conta de uma luz que jamais se apagará,
e os que te quiseram ou não quiseram,
farão da consciência aquilo a que nunca poderão fugir,
na certeza porém,
que a dependência terminou na essência que deste a colher...
O mundo é o mundo,
a vida é a vida,
e tu foste o que conseguiste semear...


Custcruz

sexta-feira, 13 de março de 2015

Estranho,muito estranho,coisas muito estranhas,ou não,logo se verá...

Balcão de Atendimento Único da Figueira da Foz
No âmbito da modernização administrativa, o nosso Município candidatou-se a fundos comunitários, para a criação de um balcão de atendimento único. O Balcão de atendimento permitirá concentrar todos os serviços num só local, melhorando o atendimento e diminuindo as deslocações necessárias para resolver assuntos administrativos, assim como pugnar pela desmaterialização dos procedimentos.
O valor global é de cerca de € 432.000,00 e tem uma comparticipação de cerca de 85%. O projecto foi apresentado no âmbito do programa Compete - Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


Foi na sexta-feira,que na presença do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional,Poiares Maduro,se inaugurou o Espaço do Cidadão no Mercado da Figueira,dotando assim a nossa terra com uma infraestrutura "...onde  se garante aos cidadãos e ás empresas um acesso digital assistido e especializado a cerca 80 assuntos variados,de mais de 18 serviços públicos,facilitando a relação entre o estado e os cidadãos",segundo informação,em nota redigida pela  autarquia...".



domingo, 8 de março de 2015

Um dia de compensação para uma realidade dissimulada...


O mundo,poderá até não ser perfeito,mas na sua génese,só pode ter caprichado na essência de cada ser,na natureza de cada elemento que o constitui,no contraditório que pudesse fazer brilhar a áurea da sua existência.
A vida,certifica as ideias,os sentimentos,e a impar dedução que estabelece a diferença entre um homem e uma mulher,naquela evidência sensível que os afasta das semelhanças,e os une na complementaridade.
A história,nem sempre é justa com quem mais equilibra,e que por isso não radicaliza os trilhos conjuntos,reconhece no entanto a subtileza de uma mulher,mas não lhe admite a força,pela simples razão,de que o vício manipula o desafio entre aquilo que é,e aquilo que se devia saber.

Custódio Cruz

sexta-feira, 6 de março de 2015

Algumas memórias gratificantes de um passado com uma bola redonda...



Tudo começava no balneário,entre uma azáfama de silêncios ruidosos crescia um frenesim onde se viviam os últimos preparativos para a entrada no "palco dos sonhos",num cruzamento de olhares irmanados de um só desejo,se fortalecia o nome que há muito se afirmava nas asas da história,mas que sedento por outros feitos,suspirava em nós numa ânsia viciada pelo orgulho da alma.
Nos derradeiros indicativos de articulação de vontades,dava-se espaço à voz que inspirava a medição dos passos,em uníssono se soletrava o "grito de guerra",e de seguida,quase se atropelavam numa correria que batia pés por entre o escuro daquele longo túnel que nos haveria de levar para junto de fieis adeptos,que tanto molduravam um desenho a preceito do estoiro dos limites.

Custcruz 
(82/ 83)Nacional de Iniciados


Nostalgia no Futebol,é olhar para trás e vislumbrar palcos com gente,com emoções distribuídas no olhar de cada um,com sentimentos solidários,com vontades de em cada minuto,em cada segundo,poder reagir às peripécias que de todos tomou conta na perseguição de uma só estrela.
Sentirmo-nos no meio de um estádio,entre bancadas imponentes,num tapete de relva rasa,e desfrutando do esplendor que nos enche a alma,é bom,lembrar outros trilhos ainda que mais ásperos,mas com todos os envolvimentos dessa mesma luz que nos arrepiava a pele,não foi seguramente pior.
Buscar os silêncios buliçosos do balneário,entre o entrar,o sair,e o voltar,desafia lágrimas que só podem não cair porque estamos longe de nós,sorrir feliz com o que se percorreu,é ter a certeza de que todos escrevemos um livro com princípio,meio e fim,em afinal um sentido de vida em que até se pôde escolher,e pouco ou nada se impôs...
Em cada equipa "o rosto" próprio,em cada clube a mesma filosofia,em cada anseio o mesmo sonho...

Custcruz


Impossível esquecer qualquer equipa,e se não as coloco aqui todas,é, e confesso,porque a minha vida tem sido tão complicada por vezes,que "as folgas" por incrível que pareça,não têm sido muitas para vasculhar o meu Baú de recordações.
Tem sido uma luta tremenda entre a essência que me completa em termos de personalidade,e os atritos subjacentes a uma camada de hipocrisia que cada vez mais toma conta do mundo,com a qual não sei viver,não quero,e nem me esforço para a acompanhar.
Bem,mas vamos ao que interessa,com o "pequenote" G.D,Buarcos,foram quatro anos a tentar a subida ao Nacional,quatro 2º(s) Lugares,quatro vezes Vice-Campeões Distritais,quatro títulos perdidos no último jogo,onde por força de um destino estranho,as arbitragens subtraiam com erros de palmatória a probabilidade mais do que justa de se fazer história num clube que nunca tinha estado num campeonato Nacional.
Foi frustrante,é verdade,mas pergunto eu,que significado teve para um clube como o Buarcos,fazer catapultar o respeito de uma imagem de ambição durante quatro épocas consecutivas?
De certo,valeu a pena,tanto mesmo,quanto também valeu a pena ter sido treinador também desta equipa de juniores,que como sempre,foi estruturada cá pela zona,entre "taraus" de Buarcos,"calheiros" de Quiaios,e "outros", dos Carritos,do Casal do Rato,do Alto de Brenha,de Verride,e alguns Figueirinhas,que como não podia deixar de ser,à Vila histórica diziam tanto.
Cada rosto desta foto,também tem uma história,mas ainda não é hoje que vou ter o prazer de as caraterizar e relembrar.
Quem sabe um dia o faça de uma forma mais oportuna,e honrosa,quem sabe...

O Benfica,a Naval...e uma realidade doce...

Era um título de Campeão Nacional que estava em causa,era um campeonato de topo que se poderia conquistar,com vitória em casa sobre o Belenenses,e empate no Restelo,com o mesmo desempenho perante o Torralta de Portimão,só restava um "tal" Benfica,que nos tinha derrotado por 1-0 em pleno Estádio da Luz,anotado com duas bolas aos postes dos verdes e brancos,e com uma exibição de luxo,para nos impedir a chegada à final com o Futebol Clube do Porto.
Perante a mencionada derrota (injusta),teríamos que vencer por dois golos para suplantar o "clube da águia",a Figueira estava espectante com o que iria acontecer naquele Domingo de manhã,e foi sem surpresa que mais uma vez o Bento Pessoa resistia nas costuras com uma enorme moldura humana para viver "in loco" as peripécias reservadas a um duelo entre um colosso nacional,e um pequeno grande clube,que ostentava e ostenta o galardão prestigioso de 3ª Colectividade mais antiga de Portugal.
Com a máxima perfeitamente assimilada,de que" ...O homem que não controla as suas emoções,não é seguramente melhor que o outro...",até se chegou ao primeiro golo com a maturidade de quem percorria uma época onde os medos foram sendo cada vez menos problema,mas como faltava o outro golo,e o tempo passava em favor dos que mais defendiam,"o feitiço virou-se contra o feiticeiro",e a equipa especialista no "contra-pé",deu espaços nas costas,e de forma retilínea,os vermelhos e brancos empatavam já perto do final,depois,bem...depois,já pouco ou nada havia a fazer,e a decepção transformou os "pequenos herois" em almas perdidas no"palco dos sonhos",sem esforço,o Benfica chegou aos 3-1,e vencia mais uma vez à custa de um destino amargo para os Figueirenses.
O Benfica venceu,e a Naval perdeu,então qual foi a realidade doce?
Pois bem,muitos questionavam no princípio do jogo,o que representava em termos de apoio aquela moldura humana para ver um Naval - Benfica,uns diziam que era por ser um jogo com o Benfica,e que a maioria reservava apoio ao clube da capital,e outros,como eu,acreditavam que não,porque foi mais do que evidente durante a época,que mais uma vez e como em outras ocasiões da história da Naval,o Concelho da Figueira tinha abraçado de alma e coração o clube da sua terra.
A prova,chegou com aquele final de lágrimas inesquecíveis,quando o empate se deu,aquele cenário humano dispersou apenas até às portas de saída,abrindo brechas de decepção,que apenas não se adensaram no vazio,pelo anseio de algum último suspiro milagroso que pudesse acontecer,o golpe final consumou-se,e foi um burburinho pontual que fez a festa perante um Estádio praticamente despido do envolvimento majestoso que tinha acabado de viver.
Ficou no entanto ilustrada e confirmada em rigor,a sonhada realidade doce,de que a Figueira e a Naval,se uniam num só propósito,o de elevar a nossa terra aos "pícaros da lua".
Porque em algumas derrotas também se vence,espreito para estas memórias passadas,com um orgulho emocionado,pelos que me completaram nesta odisseia em defesa da nossa terra.


Começou muito cedo,e o querer fazia transcender os desejos,ao rigor nas apostas,havia que se projetar muito mais do que só a arte do jogo,cada ser é um ser,e só tentando compreender "a alma" de cada um, se podia podia jogar com os limites de um todo,e assim,nos aproximarmos daquilo que nem sabíamos se eramos capazes,mas nos seduzia num instinto galvanizado por uma tal ambição,que nos esfriava a barriga,mas nos aquecia as pernas,que nos enchia o peito,e nos fazia voar nas asas do sonho.
Da química das nossas ilusões, soltavam-se "raios subtis"que hipnotizavam olhares,e sem quase se saber porquê,os estádios enchiam num burburinho de doces emoções,e que mais nos faziam fixar num firmamento que nunca se tinha vivido,que nunca se tinha experimentado,mas ainda assim,todos o queriam conhecer.
Meus amigos,se estas minhas palavras forem só isso mesmo,passe-se à frente,e não se incomodem com os meus hipotéticos delírios,se nos trilhos da escrita lhe encontrarem o entendimento,então desafiem-se e sigam em frente,quem sabe apostar naquilo que aparentemente não se vê,possa ser um segredo como o era para nós.
Terá sido este o ano da despedida?
Confesso,que quando aceitei este desafio na margem sul,o fiz por diversas razões,mas sem dúvida,que a minha teimosia em contrariar quem me quer mal, se revelou motivação de fulcro para que o sol do futebol, voltasse,e mais uma vez,a fazer brilhar um rasto que como sempre foi,e sempre será,terá o desenho que eu bem quiser,e bem entender,e se o risco era de novo um clube pequeno,mais aliciante e desafiador se revelava a minha vontade de dar um "pontapé à meia volta" em "compradores de consciências",e abraçar aquela luz de um sonho que sempre construí na força das minhas genuínas convicções.
Não caí,com as previsões dos pacóvios ,mas sim, reforcei uma imagem capaz de não negar nada do passado,e constituir pesadelos presentes que os afrontam como que por encantamentos ardentes,e aos quais não lhe conseguem apagar a fúria...
Vencer mentalidades,foi "o maior arrepio" que aqui tive, e que também mais desejei,unindo jovens envoltos numa história que dividia os "leirós" e os cova-galenses,e que hoje por lá continuam,mais amigos do que nunca,e com resultados sempre melhores...
Foi mais uma equipa onde para além dos citados,a alma Figueirense foi só uma,com jogadores da Figueira,de Quiaios e da Serra da Boa Viagem,a caminharem num abraço que ainda hoje o sinto de forma gratificante.
Obrigado malta,por não me deixarem cair...
Se um dia volto?
Olhem,lembram-se daquele meu sorriso distante?
Vá lá,fiquem bem...


Depois de ter chegado "ao céu" de verde e branco,desci à terra para recomeçar de novo,à terra onde nasci,onde provei para mim mesmo que a sorte também se constrói,também se conquista,e também assim nos faz retomar os trilhos para os quais estamos predestinados.
Foram cinco anos com grandes emoções,a escrever as páginas de um livro que também um dia poderei vir a lançar,para dar a conhecer como com pouco se pode fazer tanto,e com a força dos sonhos se pode chegar "ao céu" as vezes que quisermos.
Fica a promessa...


Depois de uma partida,o regresso,com direito a Taça e tudo mais...
Olho para os caminhos que já percorri,e cada vez mais os "maus momentos" se diluem na certeza do que de bom me amparou na sorte de ter encontrado seres humanos tão presentes na minha história de vida...
Lembrar cada um destes meninos,é confrontar a memória com as trajetórias que hoje os alicerçam como homens,e neles sentir em cada oportunidade de cruzamento,o sentido de justiça com que raramente sou "premiado" pelos "pavões do futebol".
Ter nos Senhores Tó Valadas e Bento,o apoio para este regresso à Naval,foi a cereja no topo,de um sonho que me fez regressar a casa,e me haveria de ligar mais ainda ao meu clube do coração.
Obrigado a todos,e tenham como certo que jamais vos esquecerei...



Já as mães gritavam que estava na hora,já os pais se abeiravam da janela com cara de poucos amigos,mas caramba,era só mais uns toques,era sentir a despedida de um dia em que a redondinha nos tinha sido mais uma vez fiel,era "cortar nela" com um amor capaz de a fazer brilhar como nunca,era fazer bailar uma sombra que libertava os últimos sorrisos,as últimas gargalhadas,os últimos suspiros,os derradeiros arrepios de uma Paixão que nos há-de acompanhar também até ao último dia das nossas vidas.
Então,até um dia destes,quem sabe os que amam verdadeiramente o futebol se voltarão a reunir.
Quem sabe...


Custcruz

segunda-feira, 2 de março de 2015

Não se aponta que é feio...


Inseguro,impreciso,assustado,desorientado,muito daquilo que carateriza um verdadeiro mentiroso,ainda que falte certificar judicialmente esta imagem do senhor Zeinal Bava,nas evidências exibidas na comissão de inquérito ao BES.
A final de contas,estamos em Portugal,onde para além do mais do que tudo,a Justiça age na procura de uma verdade demasiado teorizada,e assim a modos como que,onde todos estamos a ver o mesmo,todos percebemos que não existem dúvidas,mas também todos sabemos que eles sabem responder em consonância com uma hipocrisia artística,por arquitetada na traição da língua portuguesa.
Amontoam-se os casos,e os exemplos,onde a vergonha sai de cena,porque afinal de contas,é imprudente na justificação de troféus que avaliados na graciosidade,retiram brilhos que inspiraram a compra de um fato novo,a elaboração de um sorriso a preceito,e quiçá até,a concretização de um "livro de vida",que esgote prateleiras onde "mãos amigas" acautelaram o cintilar da figura ímpar.


Um líder,é um líder,e só por isso é escolhido entre os demais,assume responsabilidades também em equipa,mas sabe,ou deve saber,que cada ato que conceder,não pode escapar à consciência que foi eleita para presidir.
O premiado era visível no contexto social,e por isso,foi distinguido,a equipa que o escolheu reuniu os pressupostos que justificavam também a sua eleição,mas quem assume o protagonismo da entrega não pode descuidar-se com omissões.
É que assim,é um virar de disco,a tocar o mesmo,ninguém sabe de nada,ninguém pressupunha o que quer que fosse,ninguém imaginava que tal pudesse acontecer.
Como tal,se calhar até não haveria nada a apontar,porque até há uns tempos atrás,apontar era feio,ainda que se tenham mudado esses tempos e vontades,e os mentirosos e os outros,cada vez mais ganhem expressões nos números,que hoje justificam uma sociedade perfeitamente desequilibrada e injusta.
Quanto ao resto,poucos vão presos,porque os "bodes expiatórios" são escolhidos num critério que não cause de todo o alarme público.
Enfim,o circo tem que continuar...ou não...quem sabe...