Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sábado, 3 de março de 2012

O universo das casualidades...



"Casualidades",
pressupõem-se serem poucas...
Poucas por isso mesmo,
por serem casualidades...

Um pequeno baú daria decerto para as guardar,
até porque é o "excesso" que sempre nos enrola na ficção...
 E aí a ilusão ganha corpo,
alimentando-se das desconfianças...
dos feitios...
das dúvidas...
dos cansaços...
dos desgastes...
da libertinagem ou escravidão da mente...

São como olhares repetidos ou instintos fixos com pouca predisposição para aceitar o óbvio...
Mas nem sempre o tempo só passa,
e a verdade absoluta confirma a sua inexistência nos cruzamentos do mundo...
Repetem-se os resultados que nunca se terão descodificado na verdadeira essência do ser,
e a ficção deixa de ter sentido e é colocada em causa...

As conclusões acontecem agora mais certificadas na razão directa com que se distanciam de tudo aquilo que é ilusório...
É como "pequenos fragmentos que se encaixam" e passam a "engordar" uma realidade
que fica demasiadamente condicionada e explode na clarificação de sorrisos tão brilhantes quanto doentios...

Cai um silêncio nascido do constrangimento
e morre o branqueamento artificial...
Como que num último desespero de notórias inseguranças
soltam-se gargalhadas estridentes mas ocas de seguementos que as consolidem...

Entre tanta loucura e mentira escasseiam as respostas certas
e sobram apenas os efeitos nocivos...
O mundo acorda com estrondo
e vira-se o feitiço contra o feiticeiro...

Custódio Cruz