Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Perseguindo a felicidade...


"...E até que vim para aqui à 10 anos,onde sou muito feliz..."
Para esta terra?
Perguntou o entrevistador...

Começar aos treze anos,sem percorrer a vida em linha reta,encarar o mundo com a atitude dos corajosos,definir princípios e ser fiel ao sonho de em liberdade encontrar o "canto iluminado".
Olímpio Fernandes,como qualquer ser humano não consegue controlar o subconsciente,e talvez impelido por essa razão emocional,dispensa aqui fazer alusão "a passos" que muitos colocariam logo nos píncaros da entrevista,descreve os palcos de vida que definem no rigor aquilo que foram os verdadeiros troféus,ou seja,aquilo que o descreve dos pés à cabeça,e que lhe deram o sustentáculo para nunca desistir de ser feliz.
Anti-Salazarista por destino,será hoje anti tanta coisa,e tantos mais que por aí andam perdidos e não entendem o "voar de pássaros",conhecendo as prisões da opressão humana,não esquece um passado incoerente com as expressões que até podem ser de esquerda,mas não segundo ele,obrigatoriamente de essência comunista,
Á esquerda,á direita,ao centro,penso eu que reconheço neste(hoje)cabeleireiro de homens,o ser humano sensível à injustiça social,perseverante pelas histórias feitas de equilíbrios,onde o cinismo e as supremacias não têm sentido prático de vida.
Desde que o conheço,ainda continua em débito comigo,pois nunca me explicou muito bem,nem mal,o que é ser de esquerda,direita,ou centro,e isto podendo refletir a prática das coisas no seu modus de vida,mas isso também não interessa nada para "o caso" que aqui me sensibiliza postar no meu Blog,onde um ex.militar do Quartel da Ajuda,se habituou facilmente a entrar à largura da sua porta principal,num dever que lhe foi imposto,mas teimosamente perseguiu os seus sonhos "fugindo quase à socapa" por aquela pequena porta que desemboca numa ruela das traseiras,e que por entre muros encaminha os passos para a calçada.
Pois é meu caro,também eu,e claro,muito mais tarde,lá fui cair,e por isso acredito,que também era a imensa parada que maior gosto lhe dava,pela libertação da alma num espaço á dimensão dos seus mais genuínos instintos.
Ao toque da corneta,me arrepio no tocar de emoções passadas,por entre o fazer a barba a comandantes,sargentos ou magalas,impressionante para mim,é como um homem com tanta história de vida e oportunidades múltiplas,tenha acabado por "desaguar" e encontrar o olimpo dos seus desejos numa terra feita de elementos simples,de conceitos atrevidos na dispensa de etiquetas que qualquer "grande vedeta" não sonharia como desidrato.
É nisto que o admiro,é nisto que valorizo a sua postura,é nisto que se fundamenta alguém que de certo como outros entre chapadas e alguns pontapés de vida,nunca perdeu o tal equilíbrio para que um dia pudesse gritar aos quatro cantos do seu mundo,e para quem mais o queira entender,porque tanto caminhou,e agora pode afirmar com toda a convicção :

"...de que aqui,eu sou feliz..."

Custódio Cruz



Obs: 
Por favor,Olímpio Fernandes, não me volte a perguntar se sou eu que escrevo o que está neste Blog,porque se assim continuar,um dia ainda me posso convencer que poderei também escrever um livro como os demais.