Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Águia continua a sobrevoar o Leão para lhe sacar "o poleiro"...


Gosto de Futebol,afastei-me das emoções que vivi e protagonizei durante tantos anos,mas o desencanto de vicissitudes imprevistas,parece afastar-se da minha alma,e hoje,como ontem,resolvi de novo ir ao café ver mais um joguinho,e se ontem era o meu Sporting que estava em causa,hoje era o Benfica de familiares e amigos meus,que se expunha ao desafio dos conceitos e sensibilidades que corporizam a visão que tenho sobre uma modalidade,que espero nunca me largue até aos últimos dias da minha vida.
Depois de já ter observado o Benfica nos primeiros momentos da época,não me entusiasmava o discurso do seu novo treinador,mas sempre salvaguardei que o mais importante era o crescimento da equipa sob a batuta dos seus métodos e posturas,e a verdade é que,acrescido ao facto da regularidade competitiva que ultimamente o clube das Águias tem evidenciado,vi neste confronto com o Moreirense,uma pujança física admirável de toda a equipa,e uma disponibilidade psicológica e táctica,muito inteligentes no controle e leitura das condições e fases de um jogo.
Entre os atributos que uma equipa que sonhe alto,tem que ter para se arvorar a um topo a que só os melhores podem ambicionar,é a capacidade de adaptação tecno-táctica a circunstancias pontuais,como as dimensões reduzidas de um campo como o de Moreira de Cónegos,e aí o Benfica sob abdicar de um futebol mais articulado entre os sectores,para o potenciar de forma mais direta e prática,do que de certo o seu modelo base o exige.
E foi assim,que logo aos 15 minutos da primeira parte,mais com a tal "atitude operária" do que artística,e dispensando-se toques na circulação,se solicitou a abertura de Pizzi,que com peso e medida,centrou para um espetacular cabeçadão de Jonas,e que não deu qualquer hipótese a Stefanovic.
O Benfica comandava,e o Moreirense ainda que abeirando-se de forma descoordenada da baliza encarnada,até poderá queixar-se de um lance à entrada da área,onde Iuri Medeiros foi ceifado para uma falta à qual o árbitro fez vista grossa.
De qualquer forma,eram os da capital que mandavam no jogo,e foi sem surpresa que "o perfume técnico" de Renato Sanches, rasgou as trincheiras nortenhas,com uma diagonal em profundidade,à qual Eliseu correspondeu em esforço,mas com um cruzamento atrasado que fez encher o pé a Mitroglou.
2-0 de vantagem para a segunda parte,pediam ao Benfica o controle emocional capaz para matar o jogo a qualquer momento,e também aí em jeito exímio,a águia sobrevoou tranquila até aos momentos em que Jonas bisa sem surpresa,e
Nico Gaitán confirma um resultado final mais que merecido.
Merecido foi também o golo Moreirense já aos 92 minutos por Iuri Medeiros,a premiar a garra com que se bateu perante adversário de "outro campeonato."
O arbitragem pode considerar-se positiva,ficando a tal dúvida do livre em zona perigosa e contra Benfica,e ainda vai confrontar-se com mais umas quantas comparações com aquele mimo de mão aberta de um Benfiquista a um Moreirense,como que inspirado nos instintos agressivos de Slimani.
Mas volto a reafirmar,o Benfica não precisou de nenhum "colinho" para vencer este jogo.