Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

No mundo todos somos hipócritas?...Não me parece...


A minha filhota anda no segundo ano da universidade em coimbra e no curso que sempre gostou:

Psicologia

Não venho para aqui armado em pai babádo... até porque esses troféus são mais dela do que meus,mas sinceramente ela de vez enquando gosta de "me provocar"... e sobretudo quando aprende "novas coisas"...vem logo a correr contrariar conceitos que ela reconhece nos ensinamentos que lhe vou concedendo para reflectir...mas pelos quais ainda assim os seus professores universitários a surpreendem(naturalmente...)estabelecendo-lhe novas formas interpretativas...

Bem...a reflexão nunca se esgota...

E isso eu já lhe disse muita vez...

Agora calma aí...

Aquela que ela me contou...de que tinha aprendido à pouco tempo numa sala de aula e em que o seu professor universitário tinha "afiançado" que todos somos hipócritas no mundo... porque no fundo representamos todos também um "papel" como numa peça de teatro(neste caso o da vida)...

Alto e pára o baile...

É certo que me fez estremecer esta sapiência vinda de onde veio,mas fiel ao meu espírito calculista teve logo ali a minha resposta base de sempre:

Isso é muito discutível...

E respondi assim como digo...pelo calculismo prudente que devemos alicerçar sempre que sejamos contrariados nos nossos princípios e conceitos de vida...

Passando à fase reflectiva,respondo agora via blog á minha garotinha mais do que tudo:

Diz lá à Drª ou Dr que te "enfiou essa"...que eu não estou "de todo" de acordo com ela...

Todos podemos de facto "representar" um papel no teatro da vida,mas na verdade a diferença estará sempre na capacidade que temos como desafio de não o fazer de forma "pesada e artificial"...de não "exercer" só vontades... mas sim de lhe "dar sequência lógica"...de não "só" construir a parte física das coisas...mas também desfrutar delas"genuínamente"...

Ora aqui está...

Ser genuíno e fiel a uma identidade pessoal...não deixando que esta se sobreponha a nada nem a ninguém...mas sim... que se encaixe numa estrutura sensata como meio evolutivo de vida... de forma equilibrada e capaz de não nos "asfixiar" num conjunto de acções que não nos identifiquem...

É verdade... e eu sempre te disse...que neste mundo é muito difícil ver e agir tal qual nós pensamos,e por isso... temos muitas vezes que engolir sapos vivos ou fazer pausas á nossa consciência para poder sobreviver...

Mas esse é o mal do mundo...

Esse é o mal que nos coloca para baixo...

Esses são os ensinamentos que nunca se deviam aprender...

Mas pronto se o teu professor te disse isso...também tem a sua razão de ser...na certeza porém que a fundamenta na acção negativista do homem na terra...

De qualquer forma...tens sempre o direito a não te considerar hipócrita... a partir do momento em que de ti se "soltam razões" que sirvam o equilíbrio do mundo...e não o dividam mais...

Pode isto... até também ser capacidade de cedência e adaptação...mas a tua consciência vive leve e solta porque é o contraponto daquilo que não se deve fazer...

Ser hipócrita...na verdadeira acepção da palavra...