Está difícil para os concessionários do Mercado da Figueira se adaptarem a novas regras impostas pela Câmara Municipal da Figueira da Foz,mas também na mistura das directrizes executadas existem algumas incongruências para com este espaço de cariz histórico e tradicional,e onde uma filosofia diversificada de produtos foi desde sempre autorizada por toda a pertinência que assiste à necessidade e ao desejo de quem aqui se dirige.
Apenas fundamentando razões mais uma vez circunscritas às "habilidades executadas" com um outro novo Regulamento dos Mercados Municipais,e onde até eventualmente se limita a tal diversidade tradicional,colocar em causa por exemplo a venda de carvão ou de ovos carimbados,só se pode interpretar como uma forma ingénua ou maliciosa de enfraquecer a oferta,e com isto beneficiar a concorrência que todos conhecem como amigos de estimação da "Sala de Visitas" da nossa terra.
Em todos os grandes espaços comerciais da nossa cidade se vendem estes produtos,até por terem uma apresentação embalada nas normas higiénico-sanitárias permitidas,e que assim não colidem com também outros produtos expostos.Mas admitindo que este problema é real,apenas seria de providenciar a forma mais correcta de os colocar à venda ao público,pois de resto deixem lá a teoria convencional de que um Mercado Tradicional só serve para valorizar os produtos locais,e ainda que de todo o deva fazer,e para não se extinguirem outras valências de índole sócio-cultural,nunca se deve depreciar a competitividade comercial,e isto para sobrevivência capaz de um último reduto de um povo que viu nos últimos 10 anos destruir património de uma afinidade que só pode mesmo ser sentida por quem gosta da sua terra.
Quanto aos eventos de riqueza cultural,até já estamos muito bem servidos,ou será que não?
Quanto ao aumento de Taxas e Licenças,já se fazem contas mesmo antes de dinamizar os espaços vazios,isto quer no piso 0,quer no piso 1,e ainda que a actual conjectura social seja desesperante para a maioria dos cidadãos,vamos ver que sensibilidade e poder de cálculo coloca em prática o executivo camarário.
Para o piso 0, negaram-se várias propostas logo a seguir à conclusão das obras,argumentando-se o facto de se estar próximo de eleições Autárquicas,e não ser correto dar seguimento a um processo dessa natureza,posteriormente continuam interessados à espera do "timing ideal" para o lançamento de um espaço onde se possa dar seguimento ao investimento.
Já quanto à Loja do Cidadão,das Águas da Figueira,das Finanças,etc,etc,etc....POIS !!!
Por agora vamos ficar por aqui,
e ao mesmo tempo esperar que "o bom senso" seja "edificado" com a reflexão de todos,
que a caneta desenhe o FUTURO DO MERCADO DA FIGUEIRA
mas não se hipoteque a sua essência histórica e tradicional...
Discipline-se,
dinamize-se,
mas não se copie o triste trajecto existencial do Mercado de Coimbra...
Investir dinheiros públicos
para daqui "a uns dias" ver o espaço desertificado e em uma agonia previsível,
é que não...
O 2º Capítulo da História do Mercado Eng.Silva começa agora,
quanto o 3º ,
bem...
esse fica para depois...
Custódio Cruz