Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Uma foto como terapia da mente...


Carlos Carreira,pois...não conheço...
Podem todos aqueles que "vagueiam" pelo mundo quiçá só deixar-se "enrolar" pelo encantamento das cores,dos tons resplandecentes ou ensombrados,das misturas mais quentes ou frias,dos "trilhos" mais ou menos definidos ou abertos à sublime imaginação,por mim,e porque sou eu,o que mais anseio é acertar com os demais e destrinçar os seus enredos genuínos,é aconchegar-me nas suas sombras e tentar captar os seus segredos,é entrelaçar codícia nos seus rastos e entender o mérito das suas sensibilidades,nunca substituo as linhas do coração pelos números das tentativas,enfim,vivo com as minhas perspectivas,convicções,princípios enigmáticos,chamem-lhe o que quiser,e se calhar até por isso mesmo,porque todos temos o nosso mundo...
Ninguém capta e exibe depois, sem a pretensão de uma mensagem,Carlos Carreira inundou os quadrantes da sua ambição alongando a sua objectiva num desafio onda a onda,projectando o quebrar de cada uma delas num caminho espicaçado e desafiador do espírito,galgando sem as amarras da inibição procurou aquele beco mágico e preenchido de sol,ele sabia que só ali estava a firme justificação para os contrastes reflectidos numa tela que também lhe preenchesse a alma...
Depois sim,vêm as misturas momentâneas de um desejo que tanto aquece quanto gela o horizonte, se apaga conformado num destino enquanto página de vida que se repete dia a dia,dando protagonismo a uma sucessão ofuscada pelo silêncio dos cinzas,e pela invasão das densas nuvens que encenam os primeiros momentos de um breu que também tem luz,também nos encanta,e não está assim tão longe das emoções retratadas por Carlos Carreira naquele dado momento,pois uma foto pode nos fazer viver na antevisão daquilo que nunca se esconde.
Para Carlos Carreira,um fim de tarde onde o anseio se sobrepôs ao desencanto de um encontro falhado, e com um "piscar do sol" se ilustrou mais um testemunho do quanto a vida é bela,quando de preferência esta age por si mesmo,e nos revela os talentos que a conseguem encontrar...
Custódio Cruz