Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 5 de janeiro de 2014

Foi com o coração que Eusébio mais viveu,foi pelo coração que ele nos deixou...


Falar sobre Eusébio da Silva Ferreira,parece fácil mas não é.
Recordar os seus golos,lembrar os seus talentos,voltar a reviver as suas emoções,é algo por demais arrepiante para quem ame o futebol como ele o amou,para quem se atreva a tentar sentir hoje aquilo que em um dia,em uma hora,em um segundo,só ele mesmo nos conseguiu oferecer como resultado da sua genialidade,da sua simplicidade humana,da sua humildade tão pura quanto o jogo que escolheu no enredo de uma bola de trapos,onde tudo era muito daquilo que vai escapar às explicações cientificas,e que com ele também hoje morrem numa só vez.
Este símbolo transversal ao mundo do futebol,ensinou do muito como se deve jogar com a magia de uma bola,elaborou dentro das quatro linhas emoções e reacções a desafios para os quais se teriam sempre de ter respostas diferentes,deixando-nos assim as dicas capazes que nos motivassem a tentar seguir-lhe os segredos,afinal aqueles segredos que acabavam por não o ser,porque ele próprio não sabia,e nem o queria esconder de ninguém.
Se ele foi único?
Todos o somos também se algum dia nos encontrarmos,cada um com os seus valores,e com a sua própria capacidade de saber lidar com estes.
No domínio para o qual o "pantera negra" nasceu,as dúvidas são inexistentes,perante aqueles que lhe "caíram a seus pés",e mais do que isso sucumbiram aos desejos comparáveis enquanto marca de uma tal dimensão,que conseguisse parar "o mundo do futebol" na hora de uma partida de entre os vivos,que deixasse tão consternado e nostálgico mais do que uma Nação,assim como pontos de um planeta por onde a magia se pudesse espalhar como Eusébio da Silva Ferreira o conseguiu.
Quanto àquele ser das meias palavras e das frases menos bem conseguidas,foi bem a imagem de um trilho a que nunca o ser humano deve fugir,até porque na vida se nunca se pode ter tudo,ainda assim,e como a humildade foi grande num reconhecimento não omitido,prevalece e prevalecerá para todo sempre o brilho de um Rei que se impôs no todo do essencial,sem precisar de se inibir com o que quer que seja...
Outros foram,são e serão ecos de quem o merece,e quem a este mundo do futebol pertença,jamais se esquecerá de um relato emocionado onde um golo se soletrou de forma tão arrepiada e orgulhosa,como em um nome tão nobre e tão distinto como o de Eusébio da Silva Ferreira. 
Morreu o homem,mas não morreu o ser,morreu o vulto,mas não morreu o Mito.
Custódio Cruz