Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 17 de setembro de 2017

Na procura de um Domingo diferente na Praia da Leirosa,encontrei o que mais desejava...


Amarrado e crucificado pela vida em um mercado onde sobrevivo na aposta de pela dignidade ser feliz,vai chegando ao fim mais um verão,e a mente transborda de ruídos cada vez mais incaracterísticos,e saturada de batalhas criadas por loucos,que entregam a alma ao Diabo,e assim copiam para vencer,mesmo até que saibam que nunca chegarão ao pódio dos distintos.
Passou tempo,mesmo muito tempo,que não dou azo ao meu impulso,e percorro "as ruas" do meu concelho,pego no meio de transporte possível,e respiro fundo pelos trilhos que um dia também me ligaram aos sonhos,solto as amarras,e volto a abraçar espaços onde as emoções são certas,e o brilho se aconchega e reforça dentro de nós.
Cá bem ao longe,fixei-me na Praia da Leirosa,liguei o turbo do meu Fiat Uno,e como antes de bicicleta,fui à procura do que não estava programado,e quem sabe de reencontros que dessem razão à existência que criei em volta de mim,e mesmo que depois exitá-se nos cruzamentos da Cova-Gala,e da Costa de Lavos,o destino estava traçado convictamente,e era a terra dos "esgueirões" que eu queria voltar a pisar,para me afastar de maus pensamentos,e também dar uma nova oportunidade ao reforço do espirito guerreiro.
As portas do campo de futebol do Praia da Leirosa,não estavam naturalmente escancaradas como em outros tempos,e o desejo de ver "in loco" o seu novo sintético,até não foi uma frustração,porque quem tanto tocou com a outra realidade,pode perfeitamente imaginar e sentir agora,a alegria que para lá das divisórias já se espalha e espalhará na alma dos que o sonharam.
Soube depois,que a inauguração é amanhã,mas marquei na minha agenda silenciosa,que não demorará muito que farei questão de entrar pela porta de entrada,e procurar os cantos e recantos que me foquem nos talentos que também outrora captava,para que me encham de novo a alma nos propósitos que mais me realizam. 
Em frente,abalei para fixar o horizonte,e voltar a certificar as envolvências que o completam,e logo ali,me senti livre e a respirar fundo no tocar daquele mar prateado e de braços abertos em uma pequena baía moldada pela areia,peguei nessa liberdade plena,e até quase me tentei a percorrer o pequeno molhe que desenha uma ligação ao outro lado do atlântico.estremeci com as duas balizas de futebol de praia,e imaginei um chuto mais em jeito do que em força,para vencer o jogo da rede,e marcar os pontos da presença.
Quis Deus,dar-me uma prenda de vida,e pelo meio de um tremendo baque emocional,deparar com a presença da Arte Xávega,que só conhecia nas letras,e agora já inúmero nas minhas aproximações ao que também é sentir em realidade.
Olhei,voltei a olhar,desfrutei,voltei a desfrutar,quando decidia iniciar o regresso a casa para escrever estas simples memórias,e já mais liberto do que não me cria lembrar,o grito apareceu de poucos metros,num então Mister,como vai,e o abraço impelido de um dos muitos pupilos que preencheram a minha história,e a deles no futebol de formação.
Depois foi recordar,foi voltar a viver as peripécias dos nossos encantamentos,foi saber muito do que agora se vive naquela bonita localidade do nosso concelho,foi estar casualmente à hora certa,com quem rematou forte na minha vontade de mais fazer valer a ideia,de que quando a duvida toma conta de nós,se lançam os remos ao mar,e no desafio das suas ondas sobre ondas,logo se saberá se ainda por lá restam vitórias que nos sussurrem a esperança do que ainda podemos e somos capazes. 
Que este foi o Domingo que precisava e ansiava,lá isso foi,e agora depois do regresso ao meu Castelo,até já me lembrei que com a escrita deste texto,me voltei a esquecer do que não me queria lembrar,............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................e isso pode ser bom.........................................................................................................................boa noite,.........................................................................................estou com sonoooo.
custcruz