
terça-feira, 31 de maio de 2011
Mercado da Figueira da Foz...120 anos depois...

É verdade que nem sempre as histórias se repetem,
e também é verdade que os políticos da Figueira da Foz acredito são gente séria e honesta,mas como dúvidas são dúvidas:
Por favor,dia 21 de Junho esteja em nome da Figueira da Foz na Reunião de Câmara aberta ao público pelas 10 horas,vamos ajudar a cuidar da Sala de Visitas da Figueira da Foz...
Viva a Figueira da Foz !..
domingo, 29 de maio de 2011
Difícil ?...é ser pobre monetáriamente...mas rico em personalidade...

sábado, 28 de maio de 2011
Pensamento do dia...
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Figuras que se encontram ao longo de uma vida...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Gentes do Mar..no CAE até 12 de junho...(parte II)

Foi a 3ª vez que fui ao CAE...
Sempre de forma o mais anónima possível...mesmo que nem por isso tenha qualquer razão muito especial...mas apenas também por um método que configura um silêncio que gosto de experimentar...abordando o que quer que seja à minha maneira e com a minha própria sensibilidade...
Exponho a minha atitude na procura de um estilo único e cultivado por alguém...começando por me abstrair de um mundo...e procurando a porta de um outro...que me conceda as emoções de uma possível aventura...que até me possa repetir referências já conhecidas...mas se possível me traga também algo de novo...
Foi como viver uma viagem...fui como ser "Gente do Mar" durante aquele espaço de tempo...foi como ser pescador porque é afinal o que somos...e mesmo que seja uma vida dura...é libertadora e mesmo capaz de nos aliviar e proteger dos olhares dos outros...
E isto...segredou-me logo de início a introdução do tio do Pedro...fazendo-me acreditar ainda que era o mar da Figueira que se iria invocar ...e que na sua opinião ele era limpo...como a alma da sua própria gente...
De repente...estou no meio de um amontoado de redes...de agulha em punho remendo a teia do meu sustento...e nem sequer me sinto incomodado pelo fato de oleado que tenho vestido...nem pelo"comparsa" que ao meu lado de fatinho de treino...só me dá uma mãozinha na pega da rede...deixando a outra no bolso que nem um distinto doutor...
Respiro feliz aquele aroma intenso a peixe...não torpeço nas bóias pelo volume e peso das minhas galochas...e também não me deixo encadear por aquele foco de luz que projecta os caminhos de um espaço pequeno...mas que se tem que saber dividir por todos...e ser solidário por uma causa que também é a de qualquer um de nós...
Família...uma pequena grande família...de volta do tacho se saboreia uma suculenta caldeirada...se faz a pausa dos guerreiros antes do ataque final...se desabafam confidências vividas em terra...como que receando que possam ser as últimas palavras de uma vida que ninguém quer perder......
Afinal de contas...temos que ser um por todos e todos por um...a caminho daquele imenso mar tão vazio de gente...mas tão cheio daquilo que será a luz dos nossos olhos...mesmo que nos riscos de emoções mais desequilibradoras...por um ondular de um mar ameaçador e que poderá precipitar a fragilidade desta embarcação...que se espera seja a mesma...que nos poderá levar de novo para terra...muito felizes e contentes...
Depois de um último olhar introspectivo sobre outras famílias...que em outras "cascas de nozes" têm o mesmo destino e missão...ficamos a postos num silêncio contido...em diálogos calmos e serenos num lusco fusco do cair de mais uma noite...que nos traz também o inicio de uma outra aventura...preparada num rigor que não nos deixe falhar...e assim não nos faça perder o tempo precioso para mais uma vitória no mar...
Solta-se um grito daquele convés aconchegado...de um homem experimentado...até pela certificação do seu olhar decidido...e mesmo prespectivada na calvice e rugas que lhe preenchem a testa e a cara...e ao que de certo se poderá acrescentar muitas histórias de mar...
Mas não há tempo...vamos abalar que se faz tarde...já navega aquele "pontinho brilhante" que com muitas redes em tons de um verde esperança...persegue então o sonho de uma boa safra...
Aconchegam-se os gorros e tapam-se as orelhas daquela brisa gélida...faz-se um compasso de espera para um arranque que parece que fez parar o tempo...
Mas não...solta-se bruscamente de novo uma ordem do mestre...e logo corro num pique de velocidade só apanhada pelo engenho e arte do Pedro Cruz...
Era um pedido de ajuda...por uma articulação colectiva de uma providencial postura dinâmica...de quem perto estava de chegar ao "campo de batalha"...e se iria abeirar da hora de soltar as redes...iniciando o engodo com uma armadilha que nos enchia de expectativas...e no final nos completou no orgulho de uma missão que tinha tanto de arriscada...como de pertinente e gratificante...
Dei por mim no meio de gritos de emoção...olhando de soslaio para os meus companheiros de viagem...despenteados e de lágrimas nos olhos...exprimiam solidárias um sofrimento que já tinha passado...
Abraçados num só destino...iniciámos a viagem de regresso a casa...e muito depois...nem os gritos aflitivos das gaivotas perturbaram o orgulho numa pescaria que até para elas haveria de chegar...
Cabaz em cabaz se encheram pequenos tanques de muito peixe...se acondicionaram e transportaram para um destino final...que juntariam a soma dos trocos que poderia ser distribuída por todos...
Bem sei que para uns mais...e outros menos...mas na certeza porém que nenhum se tinha furtado ao esforço de mais estes passos em frente...que calariam bocas famintas de famílias que em terra rezavam por amor aos seus...mas também ao meio com que afinal se sustentam todos os dias...
Lembro-me como se fosse hoje...que no final cada um caminhou para o aconchego de um lar que ansiosamente os esperava...
E sem grandes conversas e nem substanciais considerações...se arrumaram mais estas memórias vividas no aconchego do coração...para um dia serem contadas e mesmo que sofridas...carregadas de uma saudade de um mar...que ou se lá fica...ou a nossa mente nunca mais abandona...
Quando dei por ela...bati numa vitrina de vidro...
Olha...olha...lá estão os búzios do tal puto irreverente que me acordou a meio do caminho...mas que ainda assim não me impediu de ter feito a minha primeira viagem no mar...com gente do mar...com a gente da nossa Figueira...da Figueira do António Agostinho...traduzida na objectiva e sensibilidade brilhante do Pedro Cruz...e que mais nos alertou para que tenhamos cada vez mais a consciência...que no nosso concelho existem grandes heróis...que fazem do seu árduo e duro trabalho...o contexto de um livro com memórias que agora tenho...que agora vivi...que agora conheci...e que nunca mais vou esquecer...
Obrigado Pedro José Agostinho da Cruz
domingo, 22 de maio de 2011
Gentes do Mar..no CAE até 12 de junho...(parte 1)

Dito e quase feito...
Pois..."quase"...
Quase...porque ainda assim foram poucos "os tempos" que estive sozinho na sala da exposição,e entre os vários visitantes ainda gramei com um "cromo" de tenra idade, ao qual até achei alguma piada pela sua postura inteligente para a medida da sua natural juventude,que era bem evidente e manifestada nas suas perguntas pertinentes sobre os "sons dos búzios",que para ele eram similares ao sons de qualquer copo colocado ao contrário num ouvido...e por isso,o problema dele mesmo era apenas saber se afinal os búzios nos ofereciam mesmo o som do mar...ou não...
Boa,pensei eu...Parei por momentos de observar as fotografias, e ficando quedo e de costas voltadas amplifiquei o som dos meus ouvidos tomando atenção e como que recuando instintivamente no tempo,onde na minha missão de treinador de futebol jovem era imperioso observar e compreender posturas humanas para depois lhes tentar dar uma nova dimensão ou profundidade objectiva...
A frustração até conseguiu tomar alguma conta de mim,mas tudo só porque desta vez não podia nem devia agir,não fosse eu apenas mais do que um visitante àquele evento,e perfeitamente estranho a um contexto familiar que no meio da sala de exposições se proporcionou protagonizado por um miúdo e o seu pai(primeiro),o miúdo e a mãe (a seguir),e ainda depois e de novo o "raio do puto" mais a avó...
Eu sei que vocês ainda não estão a perceber nada,mas já lá vamos...
Ó pai,o som dos búzios não é o do mar pois não?
Responde o pai :
Ó filho sei lá...dizem que sim...
Diz o puto :
Não é nada,já te disse que se eu virar um copo ao contrário,o som é o mesmo...e os copos não vêm do mar...
Boa,pensei de novo...
Diz o pai:
Tu és um parvo...
O pai sai da sala,e o puto contrariado pela falta de respostas segue-lhe o caminho...
Passado poucos segundos volta o "cromito" pela mão da mãe,e volta a tentar perceber a sua dúvida ou motivação de momento...
Ó mãe os búzios...
E a mãe sem o deixar concluir responde antecipadamente...
Ó filho,isto é uma exposição sobre os pescadores e a pesca,desde que começa até que acaba...
Bem,até que enfim que alguém dá alguma "explicação de geito" ao miúdo(penso eu),mas ainda assim também compreendia a frustração do rapazola,pois também afinal o que ele queria mesmo saber e para começar,era sobre o som do búzio,quanto ao resto seria com certeza para depois...
Logo de seguida a mãe abandonou o espaço sem lhe dizer nada,e ele sozinho por ali ficou,sorrateiramente pegou na caneta,olhou à volta,(eu disfarcei que não o vi),e ele não vai de modas,toca a escrever a sua opinião sobre a exposição no livro de registos de presenças...
De repente,foi surpreendido por uma senhora mais idosa,que deduzi fosse sua avó,e que lhe pegou pelo braço e o retirou da sala,não deixando de lhe dar um "raspanete" com aquilo que ele tinha escrito no dito memorando...
Caminhando forçado e sob a ação de uma tentativa providencial de lição de moral, não deixou no entanto de ripostar...
Olha,o que eu lá escrevi foi só a minha opinião sobre a exposição e mais nada...
Fiquei revoltado,não contra a criança mas contra a falta de "senso no mundo" para se educar o futuro,pois foram notórias ali carências educativas nos próprios pais para motivarem a reflexão em quem mais precisa...
Afinal de contas,porque não lhe explicaram que o "som do búzio" até podia ser o que ele quisesse,desde que também percebe-se que se o dizem é para ser respeitado como base para as suas próprias descobertas...
Assim,talvez ele até tivesse passado da porta e tivesse também olhado uma única vez para cada uma das 17 fotos expostas,e consequentemente feito muitas mais perguntas,e quiçá a tarde teria sido mais bem passada...
A verdade é que ele lutou por um início de "aventura" naquela exposição,mas nunca passou da vitrina inicial(onde estavam os tais búzios ponto e agudos),tão belos quanto enigmáticos,e representativos de certo de uma mensagem à qual não foi ajudado a captar...
Revoltado,e na minha opinião numa trajectória educacional com um resultado futuro de mais um ser humano prepotente e mal educado,descarregou as suas frustrações naquele pedaço de papel e tinta de borla, que servia para deixar uma opinião sobre os sentimentos vividos com esta experiência que ele não foi ajudado a sentir...
Bem,eu continuei a viver "As Gentes do Mar"até à fotografia 17,e acabei uma hora e um quarto mais tarde aquando da chegada à tal vitrina,que por mim guardei para o final...
Sim,já sei,estou ou fui exagerado no tempo de observação,mas como levei um livrinho de apontamentos(porque gosto),e também porque tenho sempre receio de me esquecer de alguma coisa,previligiava assim os "tópicos emocionais"que são só meus, e de mais ninguém...
Chegou o tempo de deixar uma mensagem ao autor,e deparo-me com a tal opinião do miúdo,classificando a exposição(que ele não viu),nem ninguém como já o referi lhe ajudou a ver,de uma grande porcaria...
De forma traquina,mas já calculista e mordaz,assinou,desconhecido...
Tinha pensado eu em escrever "algo simples" sobre o que tinha sentido naquela viagem a um mundo diferente, e no fundo o que tinha acrescentado ao dia e tempo que escolhi para a visualizar,mas depararo-me com outras emoções imprevistas que afinal já dizem alguma coisa sobre o trabalho do Pedro Cruz exposto no CAE até ao dia 12 de Junho...
É que reflectindo concretamente sobre o incidente,aquele garoto já não saiu dali igual a quando entrou,como alguém já nos terá deixado em pensamento e de forma acertada...
Sinceramente,ando preocupado com a forma como hoje em dia se educa,esquecendo a essência das coisas mais simples,e que são os principais alicerces do que podemos ser depois...
É por estas e por outras que sou dos que ainda pensa,que o "carinho" é fundamental para com quem cresce,que uma "boa palmada" na hora certa não fará mal a ninguém,desde que compensada com argumentos pedagógicos que façam crescer mentes que um dia terão que lidar com o bem e com o mal...
Já neste caso dava eu a "palmada" sei eu bem a quem,e os elogios no meio de tudo isto vão para a avó,que se calhar não sabendo da história que se passou,perdeu a oportunidade de desculpar mais o neto e menos os pais...
Ainda assim,grande avó,que lhe pegou no braço e lhe proporcionou a lição de não ser parvo mesmo que de forma mais inocente do que culpado...
sábado, 21 de maio de 2011
As minhas emoções de momento...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Não...ainda não fui ver ...mas vou de certeza absoluta...só ainda não sei quando...(feitios...)

Tenho destas coisas todas as vezes que me apetecer...e se justificar para com aquilo que não me deixa ficar indiferente...
Para além do mais...o Pedro Cruz até é um gajo "fixolas"...mas de gajos porreiros está o "meu mundo" cheio...
Quanto ao artista em si ?...
Sei lá...
Deve ser isto...













Acho que são mais ou menos estes os segredos do "gajo"...
Acho eu...
Já não o vejo e nem falo com ele há tanto tempo...
Ok...mas vejo as fotografias dele..
Acho que deve ser por isto...
Até ao dia 12 de Junho não é?...
Só tenho a certeza que estou ansioso por ver...
Mas...como sempre disse...
É por isso que o tipo marca a diferença...
Apanhei-o...
Pois ele não programa a arte...
Simplesmente acontece...
Pois...mas não acontece com qualquer um...
Pronto já não compro uma máquina fotográfica...
Sou maluco não sou?...
Eu sei...
terça-feira, 17 de maio de 2011
Trovoada de quem me quer bem...
entrelaçados na força que sempre os uniu,
espalham sinais que bem reconheço,
por quem os procura
e de novo lhes pediu...
Pai e Mãe são faces doces,
de quem ama
e nunca deixa de amar,
fixo meus olhos no horizonte
e entendo o vosso sorrir e ralhar...
Sempre assim foi,
para quando preciso e por aí me perco,
aquele olhar determinado e convicto
ou aquele silêncio emanado do coração,
Iluminando um novo caminho
e ofertando outra ilusão...
Trovoada de quem me quer bem,
com luz própria
que sei de onde vem...
domingo, 15 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Porque a vida também é feita de coisas simples...

Fui tomar café...e no meu "canto" habitual observava dois casais em alegre cavaqueira...
Entretanto e fora da conversa...uma menina pulava de um lado para o outro...e como que sentindo que todos se estavam a esquecer que ela até andava por ali...iniciou uma correria desconcertante...
Saltava...rodava...e variava de ângulo consoante os gestos que o seu pai fazia no dito cruzamento de palavras e mais palavras com os seus amigos...
Sim...para ela não passava de isso mesmo...e a sua incompreensão era evidente...
É...a miúda até sorria...mas cada vez mais me parecia inconformada com o seu "abandono" no meio de tanto burburinho e "risadas" à mistura...
Vai daí...levantou a voz...e mais do que isso gritou...
Ó pai...qual é a palavra que começa por um D e acaba num O?...
Pelo pouco efeito da sua provocação e sem o eco da resposta...insistiu...
Pai ouviste?...
Qual é a palavra que começa por um D e acaba em O ?...
Bem...aí...o pai respondeu-lhe de forma curta e apressada...na certeza de não se perder no raciocínio...e continuar a "curtir" aquele bom momento de adultos distraídos...
Ó filha...já sei...é o DEDO...
A miúda até não se incomodou desta vez em que o pai lhe tivesse de novo virado a cara...
E gritou ainda mais alto...
Enganaste-te...é o DADO..
E esboçou um sorriso traquina...para quem mais não merecia do que uma resposta a preceito e bem calculada no rigor de quem tinha estado a ser ignorada até ali...
Perante este "acerto" da menina...eis que se fez um silêncio entre todos...a garotinha refugiou a cara por detrás da mão...e esperou reacção à sua meia verdade...
Afinal...tinha trocado as voltas ao pai...e fê-lo sempre com os olhos nos olhos...mesmo agora que também todos estivessem calados...
Soltaram-se enormes gargalhadas...e ruidosos aplausos pela simplicidade na verdade encontrada...
O rapariguita tinha conseguido a atenção geral...e assim já mais satisfeita foi ter com um "fiel amigo" que deitado estava no chão...
Fez-lhe festas e encostou-se a ele...como que lhe segredando "a volta" que tinha dado ao seu pai na resposta...
Adormeceu...e nem se apercebeu dos murmúrios com que o Pai a presenteava...
Malandra...dizia ele...já me enganas-te...
Levantei-me...e paguei o meu café...
Passei por eles...e mudo e discreto sorri na satisfação plena...
Caminhando passo a passo e com destino para casa...fui reflectindo na companhia do meu silêncio...e mais convicto fiquei...que mesmo mentindo só as crianças são de facto possuidoras da verdade...
Sim...porque até o sabem fazer...mas nunca deixam a "mentira" escondida numa verdade enganadora...
Cheguei ao meu "Bunker" e ao fim desta noite escrevi este texto...e de coração desejo a todas as crianças do mundo...um soninho bom...e que este nunca as deixe acordar diferentes...porque só assim elas dão força a uma verdade insofismável...
Só mesmo as crianças são possuidoras da verdade...
Bons sonhos...e até amanhã...
Custódio Cruz
quinta-feira, 12 de maio de 2011
A história do "menino" Rui Mendes...

Não era mais do que um início de época...os rapazolas apresentavam-se ao trabalho e o treinador experimentava um primeiro contacto com os jovens atletas...
Estes escutavam com atenção...mas encostado ao varão do campo de treinos ressaltava à vista desarmada um puto de estilo "gingão"e postura decidida...assim mais ou menos como alguém que queria ser homem de um dia para o outro...
Marcava a diferença por uma postura definida em uma confiança nas capacidades que tinha...e até nas que não tinha ainda...mas já julgava ter...
O certo é...que era dos que não enganava...talento e personalidade não lhe faltavam e ambição essa rebentava pelas costuras...
Foi crescendo na Naval como homem e atleta... e uma dimensão qualitativa pautada pelo equilíbrio e saber estar...
Um certo dia...o "menino" deu nas vistas...e convidado rumou até Coimbra para representar a "grande" Académica...
Por lá andou duas épocas...mas na verdade o "Ruizito" não era feliz...vá lá a gente saber porquê!.. A arte e o talento que brotava dos seus pés...não fazia eco nas colinas do futebol...
Ao longe...eu seguia-lhe os passos...e o "menino" decidido e confiante do passado começava a sentir-se confuso...talvez pelas encruzilhadas que o futebol e a vida nos trás...
Então...interpelado de novo por quem não o esqueceu facilmente...foi incitado a regressar a casa...apostando e acreditando numa filosofia já por si experimentada...e que reinava sob a minha batuta no seu clube do coração...
O Rui voltou a sorrir...ao pé dos seus amigos e de quem lhe queria bem...e ainda com a mesma tal personalidade padrão de sempre...voltou a caminhar para de novo tentar o sabor doce do êxito...Estava no entanto mais seguro e moldado pelas decepções que tinha tido até ali...e que foram de certo fruto precioso pelo tempo perdido e ganho ao mesmo tempo a aprender com aquilo que na altura até nos parece mau...mas que nos pode fazer tão bem...
É isso...
Acreditou...e determinado voltou a sonhar...lutou...sofrendo no calor árduo do trabalho...como que acertando os passos trocados de um "tango mal medido"...
Naquele tempo...o Ruizito cresceu no futebol profissional da Naval...fez por merecer e teve a oportunidade que soube agarrar com o "feitio" de um verdadeiro ganhador...mas bem sabe ele que contou com quem com um "dedo providencial" soube arriscar e sem medos de qualquer espécie...o lançou na "Fogueira" do palco dos eleitos...mesmo sendo um jovem de tenra idade...
Como ao longo da minha vida no futebol sempre o disse...e nunca me cansarei de o fazer...que nunca falte coragem para lançar jovens no fogo de um campeonato maior...em detrimento de "ameaças de epidemias externas"de qualidade duvidosa...e num jogo de um vazio identificativo que perfeitamente se dispensa...
Que outras histórias como esta se repitam...e outros "Ruizitos"possam ser felizes e dar felicidade a quem gosta de futebol...e então...serei eu de certo o primeiro a sorrir de contente...
CNC
(Em dia de aniversário do meu amigo Rui Mendes(ex capitão na Naval 1º de Maio)...dedico-lhe este texto já escrito há muito... e agora rebuscado...mas tão actual naquilo que penso e sinto por aqueles que por mim passaram...e também pela forma como ainda hoje vejo... e gostava que se definissem as apostas de jovens no Futebol Português...)
Abraço campeão...e parabéns...
Custódio Cruz
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Troca de galhardetes...na Queima 2011 de Coimbra...
terça-feira, 10 de maio de 2011
As minhas outras emoções na Queima de Coimbra 2011...(2)

Não havia hipótese de deixar de sorrir...ou adormecer um pouco que fosse no meio daquele "ritmo louco" de sentimentos...
Então aquela do estudante todo endrominado...mas muito bem equilibrado e bem disposto...apesar dos solavancos que o carro fazia com arranques e paragens...mas que não o inibiam de gritar a bom som para outro colega:
"...chuta aí outra lata Superbok...colocando-se numa posição que faria grande inveja a qualquer guarda-redes...e como o outro fazia ouvidos moucos...já se estava a passar e a gritar em desespero..."
Bem...valeu outro parceiro que estava ali mesmo ao lado "todo jorra"...e que com muita calma e tranquilidade à Paulo Bento...meteu a mão na sua batina...e como que por encantamento...apareceu com a almejada "latinha"...colocando o colega aos pulos de alegria...como se tivesse ganho a Taça de Portugal...
Enquanto isso...a malta de Direito...fazia juras de devoção...e revelava ruidosamente...que nas próximas eleições :
"...só vão votar...se o MARINHO...deixar..."
No meio e modéstia à parte...de um autêntico "jogo de cintura" que por ali executava com mestria...e mesmo no centro da "maralhada"...fui entretanto surpreendido nos céus...com a exibição de uma avioneta de acrobacias...que arrepiava qualquer um...
Olhei e nem queria acreditar...o gajo que pilotava aquela geringonça...tanto subia a pique...como o fazia em queda livre...
E eu pensava...olhando ao mesmo tempo para um eventual e possível refúgio...
Será que o "artista" que está a fazer estas "manobras loucas" sobre as nossas cabeças...não vai mesmo cair?..
Será que o "gajo" também já cá tinha estado em baixo...e aquela caixa de cerveja Sagres que ali andava ao trambolhão...também já tinha passado pelas suas mãos?..
Pelo sim pelo não...e como já tinha acenado duas vezes à minha Dra...dei ao chinelo escadas monumentais abaixo...e com a pressa...quase tropeçava por causa daquele "tolo"...que ameaçava a minha cabecinha...e cada vez mais galvanizado devia estar...pois a estudantada aclamava-o como o maior da "cantareira"...
Maior uma gaita...dei á sola rua abaixo...e só parei junto à Igreja S.Cruz...onde numa fonte próxima se tomavam banhos refrescantes...e quiçá de grande alívio para "cabeças demasiado quentes e tontas"...
Enfim...era dia de festa...e como nunca tinha visto nenhuma "Queima das Fitas"...fui tolerante para com os excessos que foram mesmo muitos...e valorizei tudo aquilo que significava um dia para não se esquecer facilmente...
E agora...apenas vos digo uma coisa mais e para terminar...treinei no futebol equipas jovens durante 25 anos...e quando era dia de festa...qual MISTER...qual quê...era "desbunda" da grossa...e o resto era tanga...pois quando fosse para trabalhar a sério...haviam de ver a minha cara de preocupado com o que se tinha excedido...
"...Na vida há tempo para tudo...só temos que saber medir as proporções..."
Custódio Cruz
Agora sim...Coimbra teve mais encanto...quando no meu Fiat Uno...(olha...olha...onde é que vai o BMW...)escolhi a hora da despedida...
CNC
Então...se calhar até para o ano...
As minhas outras emoções na Queima de Coimbra 2011...(1)

Foi o tal dia para nunca mais esquecer...
Ouvia falar...mas não imaginava que para além do "sol" que iluminou a minha enorme vontade de estar presente...pudesse até eu fazer um regresso a um passado que só não vivi a este nível e nesta realidade única...mas com o qual facilmente me identifiquei e me retratei nas emoções irreverentes de quem é jovem...e não se inibe de manifestar sentimentos tão excêntricos quanto genuínos...ou tão puros quanto verdadeiros...
Mesmo que regados com muito álcool...com "marcações de grandes penalidades" a que nenhum se furtava...a verdade é que...só determinadas vicissitudes da vida faz o ser humano alterar comportamentos...que não sejam o da exponteneadade,sinceridade e consequentemente o da crítica pura e objectiva...que infelizmente hoje pela "inibição do medo"...já nem nos "carnavais" floresce...enquanto oportunidade providencial de cidadania que deveria ser normal em todas as idades...e se bem que naturalmente amadurecidas pelo tempo...nunca deixassem que o tal medo tolhesse as suas opções mais personalizadas...
Cheguei a Coimbra...e experimentei logo novidades a que a minha quase fatal(espero que não...)desatenção de vida...ia fazendo cometer um erro de palmatória...quando me dirigi a uma banca de venda de flores...e perguntei o preço de um ramo em "tons amarelos"...ou não fosse essa a cor que sempre escolhi como referência pessoal...e não tivesse a zelosa vendedora a preocupação de me perguntar se era para oferecer a alguém de Medicina...e acho que aparecia junto á minha filhota com aquele ramo garboso...mas totalmente desapropriado a quem estava em Psicologia...
Até tremi...e tive pena de mim...
Bom...em tons de laranja e preto...que por sinal também me agradam...lá fui Rua do Mercado acima de ramo na mão direita...Praça da República...e continuando a escalar quase que montes sobre montes...cheguei ás tão afamadas escadas "Monumentais"...
Chiça...custou a subir uma por uma...mas apesar de me ter perdido na sua conta numérica...consegui atingir o cume onde morava o coração das emoções...que haveriam de desaguar de novo...até(para mim...)à Igreja de S.Cruz...
Não utilizei transportes públicos...mesmo que no cortejo a estudantada sugerisse no futuro e para o efeito..."submarinos para todos"...pois essa seria de certo uma ideia que agradaria ao Paulinho Portas...mas não de certo àquele mar de gente que pé ante pé tanto avançava...como marcava o compasso estridente no pontapé inevitável em milhares de latas de cerveja vazias que se amontoavam pelo chão...
Ouve tempo para tudo...até para aquela malta de preto trajados...preencher a folha dos Censos 2010...onde nos confidenciavam que neste Portugal há beira-mar plantado...era normal uma "estimativa real" de 1 trabalhador para 23 Turistas...
Críticos estes meninos...a quem nem o senhor ministro da educação escapou...com foto e tudo...despachando mais 600...como futuros empregados do Pingo Doce...
Já o Cavaco...comandava em caricatura um carro alegórico com um enorme par entre as pernas...mas também com uma cara de enjoado e comprometido...que os faziam tombar inertes pernas a baixo...
Entre um ou outro banho de cerveja...a "alegria" que transbordava de cada carro era tanta...que logo ali se ficou a saber :
"...que por cada uma daquelas portas de acesso...não havia lugar à entrada de qualquer "troica"...o mesmo seria dizer que o FMI...não tinha lugar ali..."
Enquanto degitalizo outra foto...esperem aí que já vos conto o resto...
Se não quiserem...vão andando...que já vos apanho...
Piuuuuuuuuuuu
CNC
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Procurando o beijo...

domingo, 8 de maio de 2011
Especial "Queima das fitas" da Universidade de Coimbra 2011...

sábado, 7 de maio de 2011
Pinceladas "leves" de um quadro de vida...deste cromo que sou eu...aquele gajo de que muitos falam...e tão poucos conhecem...

quinta-feira, 5 de maio de 2011
Momento certo...
CNC
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Um "recado" tipo "apelo"e personalizado na Drª Isabel Cardoso da Figueira Grande Turismo...
terça-feira, 3 de maio de 2011
Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz...entre Deus e o Diabo....

Cada vez mais se aproximam tempos de contra-informação...e por ser minha firme convicção de que a verdade e a mentira caminham lado a lado que nem almas gémeas...confesso que não é fácil como por exemplo lidar com a possível requalificação do Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz...
Digamos que quase todos os dias chega a este espaço uma nova informação...um novo boato...uma nova pressão...um habitual descaramento no jogar pessoas contra pessoas...interesses contra interesses...ou mentira contra a verdade e vice-versa...
Este tipo de situações...mais não são do que as principais bases sustentadoras de uma especulação que tem interesses muito profundos...procurando na parte mais vulnerável de uma sociedade o efeito providencial de uma constante confusão...para atingir determinados objectivos e não olhando a meios para atingir os tais fins...
E enfim...no fundo e ao mesmo tempo brincando também que nem crianças com a vida de quem precisa...e é a parte mais vulnerável da crise que atingiu o mundo...e no caso particular o nosso país...
Nos últimos tempos então tem sido de mais...ele foi a ASAI que depois de ter vindo ao Mercado da Figueira e num outro dia também estava a visitar o Mercado de Buarcos...isto eram dez horas da manhã...mas feitas fáceis diligências para saber da veracidade desta informação...se veio a saber que não estava lá ASAI coisa nenhuma...e que tudo não passava de mais uma manobra intimidatória para com o povo e sobretudo os concessionários do Mercado Engenheiro Silva...
O certo é que concretizado este triste episódio...mais triste foi a notícia da casualidade(mais uma...)de que a ASAI visitou mesmo o Mercado de Buarcos mas só ao fim da manhã...ou seja depois do pressuposto boato...
Seria verdade...seria mentira?..
Seria outro boato posterior...e onde a falta de gelo no peixe teria sido a razão dessa intervenção?
Bom...o certo é que essa informação foi assegurada por concessionários que têm interesses nos dois espaços...
Estranho...não acham?
Hoje à tarde...mais um episódio se consumou nesta telenovela que sinceramente muitos ainda lhe disputam o guião...para lhe dar um final à sua maneira...e no fundo na forma como mais lhe convém...
Agora foi a vez de se voltar à "vaca fria"...e lançar como certo que mais uma vez e afinal de contas...no caso de haverem obras de requalificação...os comerciantes e contrariamente ao já estipulado e perfeitamente definido...já não iriam para junto da Câmara Municipal...mas sim e agora para o "cabo do mundo"...quer dizer...para aquele poço junto ao IPTM...onde o buraco tem tal profundidade...que serviria perfeitamente para fazer o enterro aos concessionários do Mercado da Figueira...
Vinculada esta informação por dois indivíduos que ninguém soube identificar...volto a confessar que fiquei "piurso" com esta possibilidade...e vai daí...toca de ligar ao Dr.Carlos Monteiro...que confrontado com a situação me disse na maior das calmas...
Ó senhor Custódio...então já não tínhamos falado que seria para junto da Câmara?..
Bem...tive que fazer uma pausa...respirar fundo...e claro pedir desculpa por ter voltado a um assunto que estava perfeitamente definido...
Lá fiquei eu mal visto...por causa de figurinhas anónimas que usaram concessionários ainda mais desconfiados do que eu...
Satisfeito já eu andava porque as reuniões sectoriais que estão a ser realizadas com a câmara têm corrido muito melhor...só me faltava a merda daqueles dois gajos para me tirarem do sério...
Maldito pesadelo...perco os meus dois progenitores num só ano...perco uma loja histórica por razões que só eu sei...aparece esta maldita crise que nos assusta a todos...surge uma requalificação de um mercado onde tenho a última "cana de pesca" para sobreviver...e onde a insegurança no futuro está cada vez mais na ordem do dia...
Mas afinal...querem que eu faça o quê?
Que me entregue ao destino?
Que fique parado a ver a banda passar?
Mas afinal quem está maluco?
Sou eu...ou quem quer que faça isso?
Em frente...que não se pode perder tempo...
Mercado Engenheiro Silva...sempre!..
domingo, 1 de maio de 2011
Ser líder...

Tem pessoas que nasceram para liderar...
É...têm que ser muito fortes mentalmente para terem respostas para aquilo que ainda nem sabem quando acontece...como acontece...ou como vai ser...
Precisam de viver nos limites da emoção...procurando respostas para que num dado momento possam resultar...tendo sempre no arrepio da eventual queda...a força emergente de uma forte convicção...e tudo isto por uma vitória que possa surgir...e ter um sabor tão especial que lhes confirma o carisma de quem mesmo que o assuma...nunca o deixará de ser...só porque "alguns" tanto o desejariam...
Ser líder...dá uma grandessíssima trabalheira...mas é por demais gratificante o ser por ser...e ás vezes até nem reparar que o é...
É como uma mola que salta...mas objecta uma trajectória para o lugar onde vai cair...
Ser líder...é qualquer coisa como o que se sente...mas sinceramente nem muito tempo se tem para desfrutar no sabor...pois atrás de uma causa vem outra...depois outra...e nunca mais param de nascer...
Custódio Cruz