Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 27 de maio de 2012

Mercado da Figueira (...mudança...)

Definitivamente a tristeza não tem definição,
os motivos podem ser múltiplos
mas emoções extravasam em arrepios diferentes...
Pode até não ser um fim,
ainda que "tudo" o tenha como certo...
Sobra-nos no meio de tudo isto
e entre as dúvidas e as certezas,
a nostalgia de um passado com um brilho único
e que jamais se apagará da nossa memória...
Chegou a hora de mais uma mudança,
e o Mercado da Figueira desacertou nos sons,
na cor e nos comportamentos...
Estranha...
muito estranha aquela azáfama entre os que acreditam
e os que já têm "certezas nenhumas"...
Por entre sorrisos inseguros
espalham-se ainda assim gritos histéricos,
talvez até porque também ainda respiram,
e tão só por isso...
Entre "estrondos" arrancados no conformismo,
um vazio vai tomando conta daquele recancanto...
Já os visitantes desprevenidos,
entram e saem do reboliço com faces de espanto e alguma perplexidade...
Os motivos são poucos para entender o que por ali se passa,
aceleram a passada na esperança de contemplar o rio
e quiçá captar uma ou outra fotografia que sobra para levarem para casa...
Ao fim desta tarde de Domingo,
ouvem-se os portões históricos a fechar por entre o silêncio que também já não é o mesmo dos outros dias...
Solta-se como que o eco de uma casa vazia,
caem as "cortinas de ferro" de um teatro de vida a rondar os 120 anos de História...
Foi assim o primeiro dia de mais um fim
e para outro fim que ninguém conhece porque ainda não o viveu...
Vamos esperar que seja agradável para quase todos,
já que para todos nunca poderá acontecer...


Custódio Cruz