Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Morreu Bernardo Sassetti, o músico que buscava o silêncio ...




Aos 41 anos morreu Bernardo Sassetti, o músico que buscava o silêncio...
Ao que se consta estava no meio de "um vício" que não se aprende...mas que se manifesta à nascença...
Não porque quando se nasça se substitua o primeiro choro da vida...mas porque ao logo desta a necessidade é enorme por um isolamento tão pontual quanto mágico na exteriorização da diferença entre o "eu" de uns e de "outros"...
Era daqueles que são sementes de "um dom" que até se pode "cultivar"...mas por isso mesmo são "só" eles que fazem chorar qualquer pedra também de uma qualquer calçada...
Ao piano compunha e arrepiava caminhos com letras de sonho...e onde vagueava sozinho ou na companhia de quem o conseguisse alcançar...
Eu sei do que estou a falar...e também sou feliz por nesta vida ir encontrando alguns por aí...
Deixou esta vida entre o meio que o criou...e tudo talvez quem sabe por se arriscar em demasia na aproximação "ao sublime"...
Quis de certo mais...e no "encanto da fotografia" descuidou-se numa falésia do Guincho,e caiu...
Caiu o ser humano...mas nunca "cairá" a memória de quem o compreendia e admirava...
Morreu Bernardo Sassetti, o músico que buscava o silêncio ...

Pois é...valemos tão pouco para o tanto que sonhamos...