In Diário de Coimbra de 10 /09/2012
Dei ontem(como quase sempre)uma vista de olhos aos Jornais,e procurando na especial atenção tudo aquilo que tenha a ver com a Figueira da Foz,eis que,uma reportagem longe das objectivas que motivam "batalhões", me ressalta à vista e à mente, soltando-me de imediato e de forma paralela a reflexão de como é bom fazer-se também o que o nosso "coração" nos pede...
Sei lá...e até talvez não tenha sido isso que aconteceu,ainda que como certo tenho eu, que este tipo de entrevistas com "gente simples" e com vidas de um enorme conteúdo na capacidade de gestão do dia a dia,nos podem enriquecer de uma forma decisiva para o tanto que muitos procuram com dissecações carregadas de uma intelectualidade desonesta e que já enjoa...e que logicamente não nos trazem nem soluções,e muito menos alguma esperança de ver o mundo mais feliz...
A Bela Coutinho fez o seu trabalho,baseado nas suas emoções profissionais,e isso é o que mais interessa,seja a mim,ou a qualquer outro tipo de leitor que chega por exemplo a um quiosque,dá uma vista "nas maiores" e opta prossupostamente pelo "melhor"...
Tirem partido deste exemplo de vida...e tentem perceber,sentir e captar "ensinamentos" que são intemporais,e mais ainda carregados de alguns valores que tanto escasseiam e se assumem como das maiores lacunas na personalização no mundo:
Mesmo sendo-se pobre,poder-se ser livre e fazer o que se é capaz de gostar alicerçando o
aproveitamento das suas capacidades e realidades...
Ter abnegação,ser persistente e ser humilde...
Perspicácia na utilização da "tradição" enquanto instrumento seguro de uma mais valia na oferta de um produto...
Revelar-se feliz sem grandes condicionalismos materiais,porque "com o pouco que nunca teve",lhe é suficiente para não sentir a
cobiça desmedida pelo alheio...
Estamos em tempo de se olhar ainda mais para aqueles que na rua passam por vós,e nem sequer vos suscitam um mínimo de curiosidade e atenção...
Quanto à Bela Coutinho,ainda que lhe dê o mérito da opção jornalística,prefiro refugiar-me na " eventual banalidade" de uma "resposta ambígua"(está na moda),e dizer apenas,que não fez mais do que a sua obrigação...
Esta resposta deu-ma ela mesmo há já uns atrás,e sinceramente serviu-me de ensinamento enquanto sensibilidade profissional,e sobre o qual nunca tinha sequer pensado,e mesmo que até pareça mentira...
Já dizer bem por dizer...nunca me apeteceu e nem me vai apetecer...como concordar com tudo o que esta Jornalística diz ou faz,não é caminho certo da minha consciência,como já não o foi em situações pontuais para com esta senhora jornalista, ou mesmo com outros seus colegas de profissão...
Mas que me agradou desta feita,lá isso é verdade...