Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cegueira hipócrita...


Esta noite aconteceu isto,
amanhã vai acontecer de novo,
depois de amanhã irá de certo piorar...
Se houvesse uma catástrofe natural,
montavam-se tendas,
accionava-se um qualquer plano de emergência,
surgiria o oportunismo do "espectáculo solidário"...
Enfim,
saltavam para o palco as figurinhas do costume,
os artistas de gravata engomada,
os trapaceiros das palavras...
No meu país somos um povo de bom coração,
uma gente de pouca ilusão,
uma raça lusitana que diz sempre que não...
Que não,
que não viu,
e que nem sequer reparou...
Fecha-se a porta,
e esquece-se a calçada da rua,
ouvem-se as notícias,
mas ignora-se o frio das pedras polidas...
Pois,
amanhã é um novo dia,
e "eles" já por lá não estão...
De mão estendida, 
protagonizam o outro lado do drama,
a que só os menos pobres tentam acudir...
Os Mercedes não param,
os BMW(s) não abrandam a marcha,
não há tempo para estes "pequenos nadas",
que não promovem ninguém,
não dão prémios de altruísmo,
porque afinal de contas sempre assim foi,
e sempre assim será...
Pois,
mas se calhar mais agora do que ontem,
mesmo do que anteontem,
e de certo muito mais do que aquilo que nunca se viu...

E até quando ?