Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Entre o céu e o inferno...



Matilde Pinto é autora desta foto.
Não a conheço,e só sei que é amiga de um amigo meu,que sentiu num dado momento a vontade de registar "algo" que não queria só para si...
O título da foto dou-lho eu:
"Entre o céu e o inferno..."
De pés bem assentes no molhe norte da Figueira da Foz,o que terá sentido esta protagonista da arte de fotografar?


Bem no alto,
o céu está limpo e dourado num encanto único,
ainda que outra face se espalhe violenta,agressiva e impiedosa mesmo perante um "paredão de lamentos" que talvez se seja capaz de interpretar...
O céu afinal existe,
mas o inferno é vizinho do seu encanto,
o brilho do sol consegue romper as "amarguras do tempo",
mas a "raiva" é o contraponto de uma mistura explosiva "onde a luz e a escuridão" se reproduzem na verdadeira essência da vida...
Sem uma, 
a outra não existe,
sem o "desafio" não encontramos a razão porque o mundo é tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo,
 e à luz dos olhos de cada um...
Sem "o céu" não poderíamos sorrir,
sem o espectro "do inferno" não colheríamos o arrepio de uma emoção que nos destrinça "o bom e o mau" daquilo que conseguimos que seja para nós, 
e se possa estender aos outros...

Sem a Matilde, não teria eu escrito mais este amontoado de letras,que valem o que valem,mas me transportaram para a vontade da expressão dos meus sentimentos...
Que são meus...mesmo que poucos os apreciem...

Custódio Cruz