É hora do "povo" organizar a festa,criar os meios e soltar os gritos espontâneos,viver a vida sem esperar pelas ajudas que o dinheiro impulsiona,ser igual a si próprio,e diferente numa atitude que já foi sua, e que caiu no esquecimento por culpa da indiferença despesista.
Foi fácil saltar de canto em canto,onde o encanto era feito de muito dinheiro com eventos sem alma nem coração,era o que era,e claro que não era nada mau,era fácil e não exigia nada de mais especial que não fosse a presença dos cordeiros,dos submissos a um sistema que garantia festa gorda,mas mal sabíamos que era bem paga por todos nós.
Dava para tudo,até para na refrega de um orçamento premiar uma qualquer elite que agora deixou a tinir um País,uma Região,um Concelho e uma Cidade.
Os tempos são outros,as realidades são distintas, e serão muitos daqueles que "foram ricos"que saltarão para as ruas misturando-se com a populaça,pois não há muita solução para se ser feliz à dimensão dos padrões vividos outrora,quando uns eram uns,outros eram outros,e os demais perfaziam um desenho social definido por três partes que já não há,e nem se iludam que nos tempos mais próximos o voltará a ser.
Os do topo não ensinarão ninguém a aproximar-se,e apenas jogarão com perspectivas falsas para gerir uma crise que também os está a preocupar,ainda que só por razões de instabilidade que lhes podem fazer ruir palácios e privilégios de uma liberdade onde os passos não eram controlados,nem calculados em riscos de qualquer espécie.
Vamos esperar que tudo corra bem, e vamos para a festa na esperança de esquecer mágoas do presente,e quem sabe até podendo acordar ao outro dia mais solto para uma vida que como o reafirmo não está a ser fácil para quem quer que seja.
S.João de "arquinho" e balão,do mar à foz,da serra à praia,noite de emoções mil como que no rasto do brilho da sereia,mergulhando num banho santo que nos liberte a alma no sossego de uma esperança perdida,marchando numa fé que só quem é mesmo povo a sabe procurar sem o preço dos iluminados,mesmo que perdidos num céu de estrondos e assobios arrepiantes,sempre se pode acordar na luz de uma estrela que nos ilumine o sonho para um novo futuro.
Ponto alto na homenagem ao povo vai ser a inauguração do Mercado da Figueira,assim espero que esse espírito aconteça e perdure no tempo,que as lutas entre sensibilidades distintas se unam num só propósito,que os figueirenses rejubilem em uníssono e que o 121º Aniversário deste espaço tão emblemático quanto histórico, tenha apenas e só mais um início para um fim que não se compare com o Parque Cine ou com o Jardim Municipal.
Mercado Engenheiro Silva da Figueira da Foz,sempre e para sempre.