Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Enrolado nas palavras e no medo de falhar...


Medo!
Que sentimento tão estranho.
Todos o vivemos é verdade.
Muitas são as vezes em que o medo suporta o peso do nosso corpo,
dificulta a acção,
mas estimula a afirmação.
Cativa a adrenalina,
e estabelece o vigor das nossas convicções,
desafia-se a si próprio,
e surpreende-nos nas emoções.
Medo!
Oscilamos na audácia,
e passamos a pensar de mais e agir de menos,
deixamos de sonhar acordados,
e automatizamos a mente,
repetimos as respostas e não experimentamos outras perguntas,
acomodamo-nos nos resultados
e moldamos o tamanho dos nossos passos.
Medo!
Enrolamo-nos em certezas viciadas,
e já quase tudo também  temos como certo.
O pior,
 é quando o medo nos passa a perna,
nos manipula a essência do ser,
e lhe perdemos o controlo.
Aí tanto faz ser o que se é,
porque também deixamos de ser o que deveriamos ser.
Medo!
Só tem o verdadeiro  medo quem é apanhado pelo que se lhe diga,
de resto sem o medo a vida era improvável,
e só com ele se pode percorrer um caminho em linha recta.

Custódio Cruz