Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

domingo, 25 de maio de 2014

Interrogações refletivas...


Por montes e vales se espalha o que me resta das emoções,
conformadas num vazio onde já se não reconhece nada para além do muito que nos pertence...
Tombado no mundo me sinto caído mas não derrotado por ninguém,
estendido na mente desfruto das certezas que poucos entendem,
mas são "esses poucos" que são tanto e o suficiente para me sentir poderoso para além dos que podem...
Irei acabar na miséria?
E isso o que importa?
De que foi feita a vida antes daquilo que hoje existe?
De dinheiro?
De grandes casas?
De grandes carros?
De grandes títulos?
Então onde estão todos os que o conseguiram?
Não os vejo,e pior do que isso não os sinto,deixaram tão pouco que ninguém os ouve,não marcaram ninguém,não deixaram nada por entre tantos onde poucos se distinguiram...
Sim,poucos,porque ouve alguns que se juntaram àqueles que ainda assim tinham também pouco dinheiro,viviam em casotas miseráveis ,andavam a pé, e não eram reconhecidos com livros concretizados com o vazio das mensagens...
Que importa ter amigos aos trambolhões,se tão fácil o é num mundo onde só por si rola a hipocrisia dos sorrisos,onde ninguém fica certo de nada,e onde ninguém é amigo de ninguém...
A vida não é só o que parece,mas muito mais se certifica no que se oculta,e enquanto o epílogo não se precipita,só uma certeza resta e não incomoda,que os olhares não se dispersem, e estejam presentes na companhia de um contraditório que não se odeia tanto assim...

Custódio Cruz