Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Primeiro de Maio de 2014,um dia tão feliz quanto nostálgico...


Tenho um carinho muito especial pelas coletividades de uma qualquer localidade, porque sei o que estas representam enquanto intervenção para bem das populações. Enquanto as pessoas vivem o dia a dia fora destas, acumulam muitas vezes "detritos emocionais" que as prejudicam, e quando à noite regressam a casa, a ânsia é poder ir até à sede, encontrar os amigos e esquecer os telejornais, conhecer novas pessoas e desfiarem novas perspetivas, desafiarem-se numas boas cartadas e vencerem as preocupações, ensaiarem um teatro de sonhos, ou musicalizarem os seus passos de dança.
Já quando o fim de semana chega, são tantos aqueles que se preenchem de alegria e satisfação pelos méritos puros e despretensiosos do verdadeiro povo, ou porque a bola salta em ilusões feitas de amor, ou porque chegou a hora de dar a conhecer as emoções e identidade a outras freguesias ou aglomerados sedentos de depararem com a novidade cultural. As coletividades desafiam-se no bem comum, merecem de todos nós um respeito que ultrapassa o favor de quem e o que quer que seja, mas que só são realidades doces pela carolice e paixão daqueles que se expõem, e muitas vezes se arriscam socialmente a apreciações injustas e incongruentes. Falar do Gdr Chã , é dar a conhecer o conceito plenamente concretizado de uma coletividade por excelência, onde os segredos do êxito de intervenção social têm rostos perfeitamente identificados e reconhecidos, e por isso mesmo, desta feita não avanço com nomes, porque o respeito que evidenciei no início deste texto, se foca numa equipa que só quem por lá está a pode dar a conhecer. Parabéns Grupo Desportivo e Recreativo da Chã, que a tua vida seja infinita, porque cada vez mais se vislumbram por aí conceitos egoístas, e só a preseverança de quem é fiel aos bons princípios pode florescer e fazer preservar uma vivência socializante sem credos nem diferenças de qualquer espécie.
 
 

Num dia onde os alaridos do povo pontificam um pouco por cada canto da nossa cidade,estranho o teu silêncio, tenho saudades da tua presença festiva, arrepio-me com o intervalar de uma história feita de um vigor que preenchia esta data com brilhos projetados pelo passado,que alimentavam o desafio do presente, e criavam as expectativas de futuro. 
No 121º Aniversário da Associação Naval 1º de Maio da Figueira da Foz, escreve-se mais uma página da quarta coletividade mais antiga de Portugal, e embora sabendo e aceitando a vida com as vicissitudes mais negativas e positivas, ou mais alegres e mais tristes que lhe são inerentes, depois de um trajeto sólido e capaz, nada fazia prever que hoje o futuro esteja tão perdido no horizonte, e mesmo ali não se vislumbre a proa de uma nau que desafiou tantas vezes ondas e marés,com a raiva, o orgulho, e o vício repetitivo de vencer...
Resta a esperança de quem vive, sobra o sonho de quem deseja, confia-se no milagre no qual já ninguém acredita...
Para mim, a Naval é eterna, e só se apagará do meu possível imaginário quando a vida assim o quiser, e não quando eu ou alguém o escolher...
Naval 1º de Maio de sempre, e para sempre !!!
 
Custódio Cruz