Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Francisco Murta distingue-se no Voice Portugal,a Figueira orgulha-se,e o País fica com um genuíno expoente no canto...


Tudo se desenrolou como previ,os quatro eram mesmo os melhores,ficando qualquer um deles na antecipação com um inicio de sonho que os levará,e se continuarem fieis à busca de tudo o que têm dentro de si,ao mundo dos notáveis,e ainda que dos ensinamentos nunca devam abdicar,só completarão o segredo na ascensão,se sempre deixarem soltar tudo o que são,e mais do que isso,o que sentem na procura das suas próprias surpresas.

A Marta,sempre e ao longo do programa alternou o pragmatismo técnico e postura comedida,com brilhos impressionantes na liberdade com que usava o seu instrumento vocal,em "detonações" emotivas que a levavam a píncaros arrepiantes,e que mais reafirmam a condição evolutiva que persegue,e promete desenlaces distintos na sua trajetória no canto.

O Carmona,acredito ainda hoje não tenha acordado de todo de um sonho repleto de conquistas que o elevaram às estrelas mais desejadas,em soma das potencialidades enormes praticamente amadurecidas nesta experiencia,mas que no entanto não deixaram de marcar uma diferença com também uma realidade ligada entre o que que humildemente almeja,e a dimensão de um coração sempre presente em cada ato de vida.
A sua simplicidade hipnotizada no sonho voltou a transbordar nesta ultima gala,e mesmo que a sua mentora(Mariza Liz) na atuação conjunta "o puxá-se para fora de si",vê-se que estamos perante uma promessa enorme,onde o lugar à inibição quando ocupado pele personalização,dará ao mundo da musica,alguém que vai encantar com o desafio do seu eu,em oferta a quem o ouvir.

O Francisco Murta,é para mim a maior surpresa deste Voice Portugal,e mesmo que eu seja figueirense,e até um inculto nestas matérias,sabe quem me conhece,que respondo por sensibilidade,que sonho em me cruzar com emoções diferentes,audazes,e capazes de me convencerem no que valem,e não no que hipocritamente se estabelece "por cores" ou conceitos de solidariedade estúpida.
Desde a primeira Gala,este jovem cantor teve o dom de fazer suster a respiração a quem o ouviu,de lhes fazer firmar os olhos em cada característica sonora,onde a distinção dos sons eram por sua conta,e em frequências,alturas e intensidades distintas,"desenhando ondas sonoras" num timbre em que todos baloiçavam e se encantavam em arrepios que até cansavam,mas se esperava tivessem o mais longe possível do fim.
Genuíno,de entrega total a uma luz que o completa,não disfarçava a ansiedade em saber no que é que afinal aquilo tudo iria dar,revelando assim,que para além do que conseguir ele não vai desistir de ser o melhor,e o tempo o dirá,e aí seremos mais a ter a razão do nosso lado.
O Daniel,venceu,porque também não deixa de ser puro no que faz,intocável na sua postura em palco,envolveu-se determinado e confiante com o público,elevando os seus dons ao que se deseja,não se preocupou em muito com as referencias enquanto pecado,ouvi-lo aqueceu a alma,e transportou-nos para um dos melhores "estreitos das emoções".
Sentiu-se á sua volta,o cativar dos experientes,desde as opções nas vestes de gala em gala,até à promoção do Marketing adequado a quem no futuro de certeza pode ser uma mais valia para outros que não apenas ele.
Senhor de um instrumento vocal possante,até lhe calhou bem na prestação com Micael Carreira este não estar nas suas melhores condições vocais,pois assim,ele "rasgou" de alto a baixo em alturas e intensidades emocionais,que por mais que se repitam,nunca por nunca se esgotam na vontade de as ouvir.

Eu gosto de canto,e um dia até também já cantei no Casino da Figueira,fiquei em segundo lugar,atrás de um espanhol com o "Chiribi pórópó",como a minha Mãe só me ensinava coisas simples,expus-me com a canção da "Rosinha do meio",aquela do "vem malhar o centeio"...tão a ver?
Acabei por optar pelo futebol...o outro sonho...e sim,fui feliz...
Pois,outros tempos,onde os sonhos nunca se esgotavam,e faço votos para que agora a nenhum destes concorrentes,e porque não ficaram em primeiro,se deixe de acreditar no quanto um segundo,um terceiro ou um quarto lugar,é uma porta escancarada para um atrevimento fácil,num desígnio que pode com muita certeza levar ao mundo da musica a felicidade de fazer sorrir quem lhes captar os brilhos.
Quanto aos 1ºs...a ver vamos quem os vai somar por mais vezes...