Afinal a vida foi,é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à reflexão equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos...
Perceber que refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo daquilo que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros,caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...
Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos,e ajustados apenas e só para nós próprios...
Fazer crescer é educar e tentar ser amigo,é procurar limar com valores acrescentados os passos próprios de uma imaturidade pela qual quando jovens naturalmente passamos,e ou se está bem atento,ou então ficamos apenas por nossa conta,e isso pode ser muito perigoso...
Sinto sinceramente que os "meus" me olham com a admiração de quem foi livre de escolher o seu próprio caminho,com responsabilidade e dispensando cópias comportamentais,mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio"eu"...
Só se vive uma vez,e tirar originalidade a um ser,é limitar as emoções que estavam reservadas para cada um,e isso eu penso que não é justo...

Custódio Cruz

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...

Aprender com a nossa sombra,e fixar os olhos em outras...
"...No dia em que me silenciarem a voz,não me apagarão os gestos,no dia em que me aniquilarem os gestos,nunca farão esquecer os meus sentimentos..." CustCruz

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Um homem sem referências...é um homem sem rumo..."(CNC)



Jorge Perestrêlo(a minha referência em rádio...)sempre...e para sempre



Sempre soube que sou alguém que faz da sua emoção o melhor "trunfo" para os melhores momentos de vida...
Bem sei também que o grau de emoção é genético, e que assim pode vir da nossa história hereditária,agora o que tenho a segura certeza é que me fui identificando à medida que os meus passos escolheram a minha própria vontade, numa razão directa e retratada em personalidades que observei e observo todos os dias como que alimentando o desempenho que sempre me possa fazer mais feliz...
Jorge Perestrelo quase me fazia rebentar o peito de emoção quando relatava ou comentava um jogo de futebol,quando até tenho quase a certeza que nem ele notava aquilo que conscientemente estava a fazer,e isto pela expressão fiel e única de um cunho que nascia a cada momento,sempre tão igual e tão diferente, sempre tão genuíno e personalizado naquilo que os seus olhos viam ali mesmo à sua frente...
Falar de Jorge Perestrelo não é falar de mim,mas parece,e só não é porque ele foi de facto único e eu nunca podia ser igual a ele,até porque também ninguém é igual a ninguém..
Dentro das mais e menores valias de cada um,deve-se sempre desenvolvê-las e limar pelo que somos genuínamente e não por aquilo que se objecta ser enquanto cópia comportamental ou filosófica de quem quer que seja.
Eu não sou cópia de ninguém,mas sou muito do Jorge Perestrelo...
As referências ajudam-nos a perceber que não andamos sozinhos no mundo,e que por isso mesmo também ainda que nos atraiam influências,sempre temos o nosso espaço sem constrangimentos de qualquer espécie,podemos ser nós também a chorar e a rir por outros que encontrámos,e não ser obcecadamente convencidos que só o fazemos nós e mais ninguém...
Sim,sou convencido,sim acredito que o senhor Jorge Perestrelo também era convencido,convencido pelo mundo que o rodeava na forma como o olhavam,o respeitavam e lhe admiravam a sua audácia de ser ele mesmo na descontracção de uma existência com caminhos para os quais nem tempo tinha para escolher,e tudo porque o que fazia nascia e acontecia naquele dado momento,sem se preocupar com o bom e o mau,pois este só existia para os que tivessem do lado de lá.
Apenas sabia que era livre com as emoções,e para ele isso chegava perfeitamente,era amado e odiado por isso mesmo,por fazer o que queria e bem lhe apetecia,na procura única de desfrutar dos limites dessas mesmas emoções...
Jorge Perestrelo,sempre e para sempre...
A minha referência radiofónica...

Custódio Cruz