Jorge Perestrêlo(a minha referência em rádio...)sempre...e para sempre
Sempre soube que sou alguém que faz da sua emoção o melhor "trunfo" para os melhores momentos de vida...
Bem sei também que o grau de emoção é genético, e que assim pode vir da nossa história hereditária,agora o que tenho a segura certeza é que me fui identificando à medida que os meus passos escolheram a minha própria vontade, numa razão directa e retratada em personalidades que observei e observo todos os dias como que alimentando o desempenho que sempre me possa fazer mais feliz...
Jorge Perestrelo quase me fazia rebentar o peito de emoção quando relatava ou comentava um jogo de futebol,quando até tenho quase a certeza que nem ele notava aquilo que conscientemente estava a fazer,e isto pela expressão fiel e única de um cunho que nascia a cada momento,sempre tão igual e tão diferente, sempre tão genuíno e personalizado naquilo que os seus olhos viam ali mesmo à sua frente...
Falar de Jorge Perestrelo não é falar de mim,mas parece,e só não é porque ele foi de facto único e eu nunca podia ser igual a ele,até porque também ninguém é igual a ninguém..
Dentro das mais e menores valias de cada um,deve-se sempre desenvolvê-las e limar pelo que somos genuínamente e não por aquilo que se objecta ser enquanto cópia comportamental ou filosófica de quem quer que seja.
Eu não sou cópia de ninguém,mas sou muito do Jorge Perestrelo...
As referências ajudam-nos a perceber que não andamos sozinhos no mundo,e que por isso mesmo também ainda que nos atraiam influências,sempre temos o nosso espaço sem constrangimentos de qualquer espécie,podemos ser nós também a chorar e a rir por outros que encontrámos,e não ser obcecadamente convencidos que só o fazemos nós e mais ninguém...
Sim,sou convencido,sim acredito que o senhor Jorge Perestrelo também era convencido,convencido pelo mundo que o rodeava na forma como o olhavam,o respeitavam e lhe admiravam a sua audácia de ser ele mesmo na descontracção de uma existência com caminhos para os quais nem tempo tinha para escolher,e tudo porque o que fazia nascia e acontecia naquele dado momento,sem se preocupar com o bom e o mau,pois este só existia para os que tivessem do lado de lá.
Apenas sabia que era livre com as emoções,e para ele isso chegava perfeitamente,era amado e odiado por isso mesmo,por fazer o que queria e bem lhe apetecia,na procura única de desfrutar dos limites dessas mesmas emoções...
Jorge Perestrelo,sempre e para sempre...
A minha referência radiofónica...
Custódio Cruz